Sexta-feira, 30 de Outubro de 2015
Romanos 9,1-5: O Espírito Santo confirma meu
testemunho
Salmo 147: Glorifica o Senhor, Jerusalém.
Lucas 14,1-6: É permitido ou não curar em dia
de sábado
1Jesus entrou num sábado em casa de um fariseu
notável, para uma refeição; eles o observavam.2Havia ali um homem
hidrópico.3Jesus dirigiu-se aos doutores da lei e aos fariseus: É permitido ou
não fazer curas no dia de sábado?4Eles nada disseram. Então Jesus, tomando o
homem pela mão, curou-o e despediu-o.5Depois, dirigindo-se a eles, disse: Qual
de vós que, se lhe cair o jumento ou o boi num poço, não o tira imediatamente,
mesmo em dia de sábado?6A isto nada lhe podiam replicar.
Comentário
A
hidropisia é um acúmulo anormal de água. Enquanto a circulação normal de
líquidos favorece nossa saúde, o acúmulo a coloca em risco. A água que
consumimos não fica parada. Hidrata, tonifica e dá vida. Porém, se não realiza
sua missão, se estanca, nos afoga. Isso era o que se passava com a
interpretação da Lei naquele tempo. A Lei existia para ser como a água, como
fonte de vida. Devia transformar a vida do povo, tonificá-la e fortalecê-la. Ao
contrário, o estancamento conduzia a um estado deplorável de conformismo e
imobilidade que ameaçava a própria existência do povo. O hidrópico curado
representa essa parte do povo disposto a fazer a terapia da água que flui, da
Lei que inspira, da vida que se transforma. O hidrópico devia vencer as
limitações de uma interpretação demasiado estreita e fundamentalista da Lei,
para poder colocar-se em contato com a fonte da água viva. Se com frequência
estamos dispostos a acomodar a lei às nossas necessidades, quanto mais esforço
interpretativo devemos fazer para que essa lei não se converta em um laço que
nos afogue. Jesus aplica assim um princípio de interpretação que leva o ser
humano par a vida plena, em lugar de detê-lo nos recôncavos das rubricas e
preceitos intermináveis.
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