28- Quarta - Evangelho - Lc 6,12-19
Jesus nunca subestimou a sua
missão. Ele sabia da grande responsabilidade que era escolher, dentre muitos,
os doze apóstolos que seriam os continuadores da sua obra aqui na Terra.
Portanto, Ele subiu à montanha para em oração ao Pai fazer o discernimento. Quando
desceu Ele estava seguro de que os seus escolhidos eram aqueles à quem o Pai
havia destinado para pôr em prática o seu projeto salvífico. Até Judas teve o
seu papel específico no plano de salvação de Deus Pai. Muitas vezes nós também
rezamos, fazemos o discernimento e no primeiro sinal de que algo não vai muito
bem, nós começamos a duvidar da nossa oração e do direcionamento do Senhor.
Fica para nós o exemplo: Jesus ainda não sabia que entre os escolhidos havia um
traidor, mas nunca duvidou de que fez a escolha certa segundo a vontade do Pai.
Para muitas coisas na vida nós nos preparamos, nós nos
aprimoramos, nós nos adestramos. Porém, nas tomadas de decisões nós nos
confundimos e não temos o mesmo cuidado. Agimos por impulso, por sentimento,
por preferências pessoais. Jesus veio ao mundo não apenas para nos salvar da
morte eterna. Ele veio nos ensinar a viver a vida em harmonia com o pensamento
de Deus e, assim, descobrir o que é ou não agradável ao Pai a fim cumprir no
mundo a missão que nos é proposta.
Ele nos instrui sobre o que fazer antes de tomar qualquer decisão,
de resolver qualquer problema, de escolher, de fazer opções, enfim, antes de
enfrentar as multidões. “…foi à montanha para rezar. E passou a noite toda em
oração a Deus,” a fim de escolher os doze apóstolos a quem Ele entregaria a sua
Igreja. Ao amanhecer Ele já sabia o que fazer: entre muitos Ele escolheu
somente doze. Unicamente depois de escutar o Pai foi que Jesus tomou a
iniciativa de reunir os seus discípulos e fazer a escolha conforme o Pai lhe
havia segredado. Será que Jesus escolheu os melhores, os mais preparados, os
mais capazes, os mais obedientes? Dentre os doze, haviam traidores, descrentes,
pretensiosos, nenhum deles era exemplo de santidade. Porém, Jesus tinha a
convicção de que aqueles lá eram os eleitos do Pai e por isso não relutou em
chamá-los.
Muitas vezes nós também nos prostramos aos pés do Pai e pedimos
orientação para a nossa caminhada. Falta-nos, no entanto, a paciência para
esperar o fruto das escolhas que fazemos sob a orientação do Espírito. No
primeiro contratempo nós já estamos nos decepcionando e nos frustrando, achando
que fizemos as escolhas erradas e culpamos a Deus pelos acontecimentos. Jesus
sabia que na sua Missão Ele teria que enfrentar dificuldades também com os seus
escolhidos. Sabia que estaria lidando com homens cheios de defeitos, mas mesmo
assim não desistiu e foi com eles, até o fim. Precisamos também nós, estarmos
firmes e convictos em tudo quanto nos for revelado pelo Pai, em oração.
A sua Palavra é a garantia para confirmar o que Ele nos
confidenciar durante a oração. Não tenhamos medo de confiar na força do
Espírito Santo quando precisarmos de orientação. Jesus é o nosso modelo, o
nosso Mestre e com Ele nós aprendemos a viver, sem temor, o que Deus nos mandar
fazer.
Quando nós também subirmos à montanha para orar estejamos certos
de que lá o Senhor nos dará a orientação segura para que possamos descer e
enfrentar a multidão e até os traidores com serenidade e segurança. O que você
faz quando tem que tomar uma decisão importante: pede o conselho dos homens ou
o conselho de Deus? Você se reúne com alguém em oração para fazer suas opções
de vida? Você pede ajuda a pessoas que têm intimidade com Deus? Você costuma
orar pedindo discernimento para suas ações? Quando você reza e as coisas não
acontecem de acordo com o que você esperava, qual é a sua reação? Você confia
que o Senhor sempre dá o direcionamento seguro mesmo que haja algum contratempo
em algum momento? Peça ao Senhor a graça da perseverança na oração.
O seu irmão, em Cristo Jesus, envia-lhe a benção do alto.
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