26- Segunda - Evangelho - Lc 13,10-17
O Evangelho de Lucas traz uma mensagem universal, global, anunciando Jesus como o Salvador do mundo; mas faz isso usando de uma linguagem e estilo literário regionais.
As
parábolas de Jesus são organizadas no Evangelho de Lucas de forma a comporem um
todo doutrinário, que pode melhor ser compreendido a partir do entendimento da
cultura da época.
Entre
os Evangelhos, o livro de Lucas é o único que possui a narrativa da cura da
mulher encurvada. Jesus estava mais uma vez ministrando na sinagoga e entre a
multidão estava uma mulher possessa de um espírito de enfermidade havia já
dezoito anos; ela andava encurvada sem de modo algum poder endireitar-se. Vivia
debaixo de um governo maligno. Sua enfermidade era espiritual e refletia no
físico. Suas vértebras se fundiram e era impossível consertar. Hoje temos obras
científicas comprovadas de que as doenças do espírito provocam descargas muito
fortes na estrutura física do homem provocando todo tipo de enfermidades. Quem
sabe na vida daquela mulher a falta de perdão, ressentimentos, raízes profundas
de amargura, foram as brechas para o inimigo trabalhar e lançar a enfermidade.
Não sabemos, pois a Palavra não nos afirma assim, mas podemos conjecturar.
Durante
dezoito anos aquela mulher encurvada estava todas as semanas no templo, ouvindo
as pregações, louvando, ofertando e sacrificando, mas sem nenhuma solução para
o seu problema. Hoje temos muitos vivendo como essa mulher: vida pessimista,
encurvada, oprimida por cargas e fracassos durante anos.
O
versículo 12 nos diz que Jesus viu aquela mulher. As mulheres na sinagoga
ocupavam os últimos lugares, elas não adoravam junto com os homens, havia uma
cortina que separava, mas Jesus a viu, chamou-a e liberou uma Palavra de
Autoridade contra o espírito de enfermidade que a atormentava, e logo em
seguida tocou-a e ela se endireitou e glorificava a Deus. O Mestre a contemplou
nos últimos bancos, na ala das mulheres, sentiu compaixão pela dor daquela
mulher, parou tudo, e chamou-a para frente, a ala dos homens, quebrando
totalmente o protocolo da tradição e diante de todos libertou-a de todo o
tormento.
Em
seguida os religiosos se levantaram contra a vitória daquela mulher, pois não
aceitaram a cura em dia de sábado. Nunca haviam feito nada por ela em todo o
decorrer dos anos, mas quando alguém fez levantaram-se contra. Jesus
defendeu-a! A vida é muito mais importante do que as tradições e ritos. Quem
sabe muitos tem se levantado contra a tua vitória, mas creia que Jesus no
momento certo te defenderá diante de tudo e todos, tu serás justificado pelo
Bom Mestre.
No
versículo 6 Jesus afirma que aquela mulher estava cativa e era “Filha de
Abraão”, ou seja, era israelita, filha da promessa, mas Satanás a havia
escravizado.
Não
é apenas Satanás que faz as pessoas se curvarem. O pecado (Salmo 38:6), a
tristeza (Salmo 42:5), o sofrimento (Salmo 44,25) entre outros, também podem
ter esse efeito. Jesus é o único capaz de libertar o cativo!
Ao
final da história, no último versículo, haviam duas classes de pessoas: os
envergonhados e os que se alegravam com a vitória daquela mulher.
Talvez
você em alguma área da sua vida esteja encurvado. Você não consegue andar
corretamente. Aquela mulher não levantava a cabeça, só olhava para o chão.
Ninguém conseguia ver sua face, andava escondida, cheia de complexos. Mas
quando Jesus chega, Ele muda tudo. Quando Jesus chega o inferno tem que se
render diante do Seu grande Poder. Quando Jesus chega os inimigos tem que
recuar e saírem envergonhados.
Meu
irmão, minha irmã, este é o seu dia. Este é o seu momento!
Levante-se, erga a cabeça e tome posse do
milagre! Jesus está lhe dizendo: “Você está curada. Vai em paz.”
Amém.
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