QUARTA FEIRA DA 3ª SEMANA DA PÁSCOA 22/04/2015
1ª Leitura Atos 8, 1b – 8
Salmo 65/66,1 “Aclamai a Deus, toda a terra”
Evangelho João 6, 35-40
Esta semana o evangelho de São João vem nos questionando sobre que
tipo de Religião é a nossa, qual é na verdade a prática da nossa Fé. Ter e se
viver uma Religião é ter um relacionamento com Deus e a reflexão tem seu
enfoque justamente nesse ponto: como é o nosso relacionamento com Deus e como
deveria ser. O evangelho não é uma lição de moral que Jesus no passado deu a um
grupo do Judaísmo que o rejeitava, mas é uma palavra atualizadíssima para a
nossa vida. Muitas vezes, por orgulho e prepotência, ou por comodismo,
meditamos o evangelho e pensamos “Puxa, meu vizinho, meu marido, minha esposa,
meu colega de serviço tinha que ler isso...” Mas não é no vizinho, no filho ou
filha, esposo ou esposa, que o Espírito Santo quer aprofundar a palavra de
Deus, mas sim em nós que o refletimos.
Havia um grupo de Judeus que estavam seguindo Jesus, quase
convictos de que ele era o Messias, é a este grupo que em toda esta semana
Jesus vem fazendo uma ampla catequese sobre a sua pessoa e missão. Era difícil
para este grupo romper com a tradição de Israel e ficar só com a Fé em Jesus
Cristo. A mesma dificuldade tem hoje muitas pessoas que são indiferentes à Fé
Cristã, ou olham o cristianismo com desconfiança. Talvez nosso erro como
evangelizadores e missionários, é falar ás vezes de maneira excessiva sobre o
nosso Movimento ou Pastoral, ou sobre a instituição da Igreja, e muito pouco
sobre quem é Jesus e a sua ação libertadora que conduz o homem a Salvação.
A Instituição vai passar, o Movimento e as Pastorais também
passarão, mas o Reino de Deus do qual Jesus é o anunciador e Edificador no meio
dos homens, esse é perene. Jesus ao falar de si, que desceu do Céu, promete
algo inédito para quem Nele crer: a Ressurreição no último dia e a Vida Eterna!
A Instituição com todos os seus rituais e Sacramentos, sua organização
hierárquica, deve ser sempre um sinal desta Vida Nova, os Sacramentos
sinalizam, indicam, mostram, motivam, fortalecem mas precisam ser assumidos,
vividos e celebrados por todos os que crêem em Jesus Cristo.
Eis o grande problema daquele grupo de Judeus radicais e
tradicionalistas :Viam Jesus, sua pessoa, suas ações a favor da Vida das
pessoas, mas não acreditavam que ele trazia algo mais forte e poderoso do que a
Velha Instituição do Judaísmo. A pessoa de Jesus, sua missão e modo de agir,
está sempre em conformidade com a Vontade do Pai, nossas ações, gestos,
atitudes e palavras, devem sempre estar de acordo com o Evangelho, em comunhão
com Cristo e segundo a Vontade de Deus. Qualquer estrutura, até mesmo
religiosa, se não estiver nessa linha do serviço e da Fé genuína no seu Senhor
que é Jesus, corre sim o risco de ser opressora. (Diácono0 José da Cruz –
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim SP – E-mail cruzsm@uol.com.br)
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