06 de Abril - Segunda - Evangelho
- Mt 28,8-15
Ide
anunciar aos meus irmãos que se dirijam para a Galiléia. Lá eles me verão.
Durante
a oitava da Páscoa, a Igreja continua a celebrar a ressurreição de Jesus, que é
a sua maior festa. A oitava é como que o grande domingo continuado. A ressurreição
de Jesus não foi só um momento histórico, mas o ponto mais alto da história.
Toda a história humana, inclusive a morte, encontra sentido na ressurreição.
O
Evangelho de hoje contém dois episódios: O primeiro é a aparição de Jesus as
mulheres e o pedido dele: “Ide anunciar aos meus irmãos que se dirijam para a
Galiléia. Lá eles me verão”. Isso porque foi na Galiléia que Jesus começou a
sua vida pública. Os discípulos devem agora seguir o mesmo caminho que seguiram
com ele, caminho que agora é seguido por todos os discípulos de todos os tempos
e lugares. “Eu estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo”.
A
caminhada que Jesus fez com os discípulos em sua vida pública, da Galiléia,
passando pela Samaria até a Judéia, foi uma amostra da nossa caminhada de
cristãos.
Os
discípulos estarão sempre reunidos em Comunidade, participarão das Bodas de
Caná, terão longas caminhadas, apaziguarão pessoas, farão o sermão da
montanha... Mas também serão humilhados, incompreendidos e levarão até
bofetadas. Em todas essas situações, o que vale é a perseverança, a fim de
chegar à ressurreição, passando pela cruz.
Alguns
discípulos certamente preferiam ficar em Jerusalém, curtindo a festa com Jesus
ressuscitado. Mas ele responde: Não! Vocês também têm de conquistar a vitória
como eu conquistei. Eu lhes dei o exemplo para que façam a mesma coisa que eu
fiz.
Claro
que as situações são outras, mas sempre encontramos na vida de Jesus alguma luz
para nos guiar.
O
pedido de voltarem para a Galiléia, além do grande motivo apresentado no sábado
santo, é também porque os discípulos são de lá e agora devem testemunhar a
ressurreição de Jesus no seu meio.
Se
pegarmos uma caneta e a segurarmos em pé sobre uma mesa, e encostarmos várias
canetas nela, formaremos uma pirâmide de canetas. Entretanto, se tirarmos a que
estamos segurando, todas as outras cairão.
O
perigo, na ausência de Jesus fisicamente, é de acontecer algo semelhante com os
seus discípulos. Entretanto, ele garantiu: Vocês não vão cair, porque eu
estarei junto, segurando a barra, até o fim dos tempos. É outra forma de
presença, entretanto mais abrangente em termos de tempo e espaço.
O
segundo episódio é o suborno das autoridades aos guarda do túmulo, pagando-lhes
alta soma de dinheiro para dizerem que os discípulos de Jesus foram durante a
noite e roubaram o seu corpo, enquanto eles dormiam. A mentira é furada porque,
se os guardas dormiam, como sabiam que foram os discípulos que tiraram o corpo?
Mentira tem perna curta.
Entretanto,
a verdade testemunhada pelos discípulos foi mais forte e venceu: “Cristo
ressuscitou e disto nós somos testemunhas”. A vitalidade da Igreja é o maior
testemunho da ressurreição.
Certa
vez, uma senhora muito pobre foi ao açougue e disse ao açougueiro: “Vim
pedir-lhe um pedacinho de carne para fazer uma sopa para o meu marido que está
muito doente. Não posso pagar. Mas, desde já, Deus lhe pague!”
O
açougueiro, que costumava zombar dos católicos especialmente das senhoras que
vão muito à igreja, resolveu brincar com ela e disse: “Está bom. Vou escrever
em um papel “Deus lhe pague” e por balança. O que pesar, eu lhe dou em carne”.
Imediatamente escreveu e pôs na balança.
Era
daquelas balanças de dois pratos. A mulher ficou triste, achando que não
levaria nada. Mas, por sorte, a abalança travou e, por mais que ele colocava
carne do outro lado, o prato não descia e a balança ficava caída para o lado do
papelzinho.
O
homem levou um susto, arrependeu-se da brincadeira, consertou a balança, e ele,
que não costumava ajudar ninguém, deu dois quilos de carne de primeira para
ela.
Com
Deus não se brinca! Jesus ressuscitado está vivo no meio de nós, provando cada
dia esta sua presença.
Com
certeza, quem mais se alegrou com a ressurreição de Jesus foi a sua Mãe. Por
isso lhe pedimos: Nossa Senhora da Glória, rogai por nós!
Ide
anunciar aos meus irmãos que se dirijam para a Galiléia. Lá eles me verão.
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