05 de Abril - DOMINGO - Evangelho
- Jo 20,1-9
Padre
Queiroz
Ele
devia ressuscitar dos mortos.
Hoje
é o dia da Páscoa. A ressurreição de Jesus é o mistério maior de todo o ano
litúrgico, mistério que celebramos todos os domingos na Santa Missa. É a
verdade nuclear do cristianismo e a razão da nossa fé esperança. É também o
ponto mais alto da vida de Jesus, nosso salvador. A ressurreição de Jesus é
fonte de vida nova para todos nós. “A mão do Senhor fez maravilhas; exultemos
de alegria!” (Salmo responsorial)
A
ressurreição de Jesus transcende a vida material, por isso não dá para ser
comprovada “cientificamente”; pertence ao âmbito da fé, que é sobrenatural.
Entretanto, a nossa fé na ressurreição tem fundamento sólido; baseamo-nos no
testemunho dos Apóstolos e das mulheres, para os quais Cristo ressuscitado
apareceu várias vezes, ou se manifestou através de anjos. Essas experiências
deram aos discípulos a segurança absoluta de que Jesus, a quem tinham visto
morrer, estava vivo e presente entre eles. E assim continua até hoje.
A
ressurreição de Cristo nos enche de alegria e nos leva a ser suas testemunhas
em toda a nossa vida. Nós, pela fé, vemos e experimentamos o invisível e
transcendente. E também testemunhamos, convidando todos a ressuscitarem com
Cristo. “Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição.
Vinde, Senhor Jesus!”
Maria
Madalena “viu que a pedra tinha sido tirada do túmulo”. Essa pedra não foi
removida só do túmulo de Jesus. Ela foi removida da nossa vida. Ela simboliza
tudo o que impede a nossa realização e felicidade. Todos os males, inclusive a
morte, foram sepultados junto com Jesus, e destruídos para sempre. A
ressurreição já nos está garantida, e ela não é uma realidade futura apenas, é
presente: “Se ressuscitastes com Cristo...” (2ª Leitura)
As
pedras do nosso caminho foram todas removidas. Podemos ter a cabeça erguida e o
sorriso nos lábios. Essa é a atitude pascal.
Todos
nós encontramos pedras em nosso caminho. Grandes e pequenas. Não precisamos
mais nos preocupar com elas, porque Deus é providente e na hora certa as retira
do nosso caminho.
Todos
nós encontramos pedras em nosso caminho. Às vezes aparece, em vez de pedra, uma
muralha. Neste caso, a nossa melhor atitude não é ficar dando cabeçadas na
muralha, mas procurar a brecha, uma saída. Porque Deus não permite barreira sem
brecha em nossa vida. Sempre há uma saída. Pode ser que levemos alguns
arranhões, mas sempre dá para vencer.
Havia,
certa vez, um cientista que era um dos homens mais cultos e estudados do seu
país. Ele era conhecido mundialmente, devido aos seus livros e publicações na
internet.
Um
dia este senhor foi visitar um parente pobre, que morava em um sítio. O seu
parente ficou feliz, e toda a família saiu de casa e foi passear pelo sítio com
o ilustre parente cientista.
Eles
tinham de atravessar um rio, onde havia uma pinguela. Mas o cientista não teve
coragem. As crianças, a vovó, todos iam e vinham na pinguela para lhe dar
coragem, mas não adiantou. Tiveram de voltar para trás.
Jesus
ressuscitado, não só remove todas as pedras do nosso caminho, mas nos dá
condições de passar em qualquer pinguela; não só isso, mas de enfrentar
qualquer tempestade. “Cristo ressuscitou e nós com ele, aleluia!”
Maria
Santíssima encontrou também muitas pedras em seu caminho. A primeira veio logo
na Anunciação: “Como acontecerá isso, já que eu não convivo com um homem?” Mas
o anjo logo retirou essa pedra: “O Espírito Santo descerá sobre ti...”
Quando
S. José queria deixá-la, foi outra pedra. Mas Deus interveio e, através de um
sonho, revelou a José o seu papel no mistério, acalmando-o.
As
sete dores foram sete pedras, e foram todas removidas. Que Maria nos ajude a
também removermos todas as pedras que aparecerem.
Ele
devia ressuscitar dos mortos.
06 de Abril - Segunda - Evangelho
- Mt 28,8-15
Padre
Queiroz
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