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terça-feira, 3 de março de 2015

Jesus, como Elias e Eliseu, não é enviado só aos judeu-Canção Nova

9 de Março de 2015 - Evangelho - Lc 4,24-30



Nesta passagem, Jesus, o Profeta enviado de Deus, se compara ao profeta Eliseu e ao profeta Elias; Ele mesmo dá o exemplo de que Elias não fez o milagre para o povo da sua região, ali de Israel, mas sim para uma viúva que era de Sarepta na Sidônia. Do mesmo modo ocorreu com o profeta Eliseu, pois embora houvesse muitos leprosos em sua época, quem foi curado pela intercessão dele foi Naamã, que era sírio (cf. 2 Reis 5).
O povo judeu reivindicava para si o direito de ser o único povo de Deus, o único povo a receber as benesses, as bênçãos, as graças de Deus; no entanto, o Senhor veio para todos e até aqueles que talvez tivessem mais direito de receber os dons de Deus, a graça de Deus, muitas vezes, não os recebem porque se comportam com uma total frieza e indiferença. E por isso, Deus dá os Seus dons, a Sua graça e Suas bênçãos a quem Ele desejar, a quem precisar receber essas graças. Não importa a nacionalidade, a região ou lugar no mundo, todos têm direito a receber a graça do Senhor.
Do outro lado, quando o Senhor diz que nenhum profeta é bem aceito em sua pátria, é bom lembrar o que acontece em nossas casas, pois, muitas vezes, os filhos não escutam seus pais, escutam todos da rua, menos os pais e os irmãos. E utilizam aquela famosa frase: ”Quem é você para falar alguma coisa para mim?”.
Quantas vezes, as pessoas se acostumam com o padre que já tem, com o pregador que já tem, aquele que já é dali, por isso dizem: “Não, nós precisamos de alguém de fora, esse aqui já é nosso, estamos acostumados com ele!”, e assim por diante. Nós, muitas vezes, não sabemos acolher os dons que estão próximos de nós, nem valorizar aquilo que Deus deu a nós e queremos buscar sempre fora aquilo que Deus nos deu. Por essa razão, desse modo vamos enfraquecendo a autoridade e a relação que o profeta, o pai, a mãe e aquele que Deus enviou a nós podem exercer sobre nós.
Porque, devido à nossa exigência de querer sempre o melhor, nós achamos que o melhor é quem está fora, é quem está distante. Esquecemos que o pai, a mãe, o irmão, o profeta, o padre e o pastor que temos são o dom que Deus nos deu. Se soubéssemos aproveitá-los melhor, valorizá-los muito mais, nós receberíamos, por intermédio da intercessão deles, mais graças de Deus do que pelas mãos de qualquer outro profeta.
Valorize o dom de Deus que está perto de você, saiba acolher o melhor que há em cada pessoa! O de fora sempre parece melhor, porque o de fora nós conhecemos a casca e, às vezes, tem tantos limites como os que nós temos perto de nós.

Deus abençoe você!

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