26 de Março de
2015
EVANGELHO DE Jo
8, 51-59
Na verdade as
lideranças religiosas e políticas não aceitaram Jesus. Ele não preenchia os
requisitos que imaginavam que o Messias deveria ter. Um Messias político,
guerreiro, lutador, que pegasse em armas e com poder expulsaria de Israel os
romanos, a paz voltaria, tudo continuaria do mesmo jeito, cada qual com sua
posição, com seu bem estar, com seu status...
Para as
autoridades religiosas, que tinham dinheiro, poder, vida boa, não faltava nada,
para que mudar? Mas o povo, que vivia escravo, sofrido, doente, esfolado pelos
impostos e pelas Leis, queria mudanças e esperava ansioso o Messias prometido
desde sempre.
Como as
lideranças não simpatizavam por Jesus, porque seu discurso não convinha para
eles, tudo o que Jesus falava, eles não entendiam, ou não queriam entender.
Estavam sempre com um pé atrás para retrucar e até ameaçá-lo de morte.
No texto de hoje
quando Jesus diz aos judeus: “quem guardar minha Palavra, jamais verá a morte”.
Eles imediatamente retrucaram dizendo que até Abraão e os profetas morreram,
quem era Ele para fazer tal afirmativa, prometer coisa tão impossível! Acusaram
Jesus de ter um demônio.
Jesus fala
claramente que Ele é o Filho de Deus, que é o Pai quem o glorifica. E
acrescenta vocês dizem que acreditam em Deus, mas não o conhecem, Eu o conheço
e guardo as Palavras d’Ele. Para escândalo e raiva dos judeus, Jesus afirma:
“Antes que Abraão existisse, Eu Sou”. “Eu Sou” recorda o nome Javé com que Deus
se deu a conhecer a Moisés, na sarça
ardente, por ocasião da libertação do povo de Deus do Egito. Jesus assumiu
esse nome por ser Filho de Deus que revela de modo pleno o plano do Pai. Diante disso, eles ficaram irados e quiseram
apedrejar Jesus porque não eram comprometidos com Ele. Ameaçado de morte, Jesus
se retira do Templo e se esconde.
Jesus falava da
vida eterna, daquela de quem vive em comunhão com o Pai. A vida terrena é
finita, mas se praticarmos o amor, a misericórdia viveremos em comunhão com
Deus, aí alcançaremos a vida eterna. Ao
contrário, se deixarmos o egoísmo, a maldade, a descrença mandar em nós, nas
nossas atitudes, nosso modo de ser e viver, romperemos nossos laços com Deus,
gerando a morte eterna.
Vale a pena ser
de Jesus, doar nossa vida pelo Reino de Deus, amar, viver, falar, agir como Ele
ensinou e viveu.
Esse evangelho nos
leva a refletir: como está nossa fidelidade a Deus? Entendo o que Deus quer de
mim? Estou agindo de acordo com a vontade de Deus e a sua Palavra?
Senhor Jesus, que
eu saiba acolher sua Palavra e que ela me faça cada dia mais caminhar em
comunhão com Deus que me ama e que me quer na vida eterna. Amém!
Maria de Lourdes Cury Macedo.
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