Segunda-feira,
23 de Março de 2015
Turíbio de Mongrovejo,
José Oriol
Daniel
13,1-9.15-17.19-30.33-62: Agora tenho que morrer, sendo inocente
Salmo 22: Ainda que eu
ande por vales escuros, nada temerei, porque estais comigo
João 8,1-11: O que não
tiver nenhum pecado, atire a primeira pedra.
1
Dirigiu-se Jesus para o monte das Oliveiras. 2 Ao romper da manhã, voltou ao
templo e todo o povo veio a ele. Assentou-se e começou a ensinar. 3 Os escribas
e os fariseus trouxeram-lhe uma mulher que fora apanhada em adultério. 4
Puseram-na no meio da multidão e disseram a Jesus: Mestre, agora mesmo esta
mulher foi apanhada em adultério. 5 Moisés mandou-nos na lei que apedrejássemos
tais mulheres. Que dizes tu a isso? 6 Perguntavam-lhe isso, a fim de pô-lo à
prova e poderem acusá-lo. Jesus, porém, se inclinou para a frente e escrevia
com o dedo na terra. 7 Como eles insistissem, ergueu-se e disse-lhes: Quem de
vós estiver sem pecado, seja o primeiro a lhe atirar uma pedra. 8 Inclinando-se
novamente, escrevia na terra. 9 A essas palavras, sentindo-se acusados pela sua
própria consciência, eles se foram retirando um por um, até o último, a começar
pelos mais idosos, de sorte que Jesus ficou sozinho, com a mulher diante dele.
10 Então ele se ergueu e vendo ali apenas a mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde
estão os que te acusavam? Ninguém te condenou? 11 Respondeu ela: Ninguém,
Senhor. Disse-lhe então Jesus: Nem eu te condeno. Vai e não tornes a pecar.
COMENTÁRIO
Pessoas
conhecedoras e cumpridoras da lei são as que apresentam a Jesus uma mulher que
segundo a lei deve ser apedrejada como castigo por seu pecado. Os fariseus e
escribas buscam que Jesus se pronuncie a favor ou contra o pecado; não lhes
importa a vida da mulher, pois eles mesmo a marcaram e condenaram com os
argumentos da lei. A Palavra de Deus nos convida a uma reflexão muito mais
profunda sobre nossa forma de valorizar as condições das demais pessoas. Muitas
vezes e talvez de modo inconsciente, nos constituímos em juízes das condutas
dos irmãos e nos cremos autorizados a excluir e condenar. Jesus nos faz um
convite a reconhecer nossas próprias limitações e a olhar com amor a quem
cometeu erros. Somente Deus é o juiz final. E ele sabe escutar, valorizar,
perdoar e, sobretudo, seguir amando sem reservas, com infinito amor. Peçamos ao
Senhor que nos torne pessoas humildes e simples, capazes de compreender as
limitações humanas para além da frieza das leis; e que a misericórdia de Deus
toque nossas entranhas para saber amar e perdoar sem limites.
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