SEXTA-FEIRA, 03 DE
ABRIL DE 2015
Isaías 52,13–53,12:
Ele foi transpassado por nossas revoltas
Salmo 30: Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito
Hebreus 4,14-16; 5,7-9: Ele aprendeu a obedecer
João 18,1–19,42: Pilatos o entregou para que fosse crucificado
Salmo 30: Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito
Hebreus 4,14-16; 5,7-9: Ele aprendeu a obedecer
João 18,1–19,42: Pilatos o entregou para que fosse crucificado
COMENTÁRIO
Cada comunidade cristã
conservou uma lembrança particular de Jesus. A comunidade do apóstolo João
manteve por mais de um século palavras de Jesus na cruz, que não aparecem em
nenhum outro evangelho. Jesus encomenda sua mãe ao discípulo amado. Todas as
demais realidades que o acompanharam durante sua atividade missionária haviam
desaparecido: o grupo de amigos, a comunidade de discípulos, a multidão que o
aclamou na entrada de Jerusalém... Inclusive suas vestes ficaram nas mãos dos
soldados. Porém, apesar de ter sido despojado, Jesus ainda tem algo a dar:
entrega sua própria mãe para que seja acolhida na casa do discípulo amado e, ao
mesmo tempo, entrega o discípulo amado como um filho.
O discípulo amado é símbolo da comunidade cristã que continuou fiel, apesar da passagem do tempo e não obstante as inclementes perseguições de que foi objeto. A comunidade cristã acolhe Maria como uma Mãe, como parte da iniciativa de Jesus que quis deixar uma herança imperecível. Esta mútua entrega é o ponto culminante de uma atividade missionária que começou em Caná da Galileia quando Maria indicou ao se filho que o vinho da festa havia terminado (Jo 2,1-12); logo Jesus mesmo se converteu no vinho da novo da festa e em pão de vida (Jo 6,35. Assim, confluem na cruz diversas realidades que permitem compreender a profundidade com a qual alguns discípulos entenderam e proclamaram a vida de Jesus.
A cruz, contudo, não deve ser entendida unicamente como o cenário da morte de Jesus. A crucifixão era a máxima pena imposta pelo império. A cruz era um dos piores castigos que se podia aplicar aos cidadãos romanos. Somente eram crucificados os inimigos do império, dos presos políticos e os rebeldes capturados em guerra. Jesus morte ao estilo dos sediciosos e revoltosos. Ter algum parentesco, familiaridade ou amizade com um condenado à morte de cruz era causa de rejeição social. O testemunho de Jesus fez com que compreendessem que o caminho da cruz não era de opróbrio e maldição, mas uma maneira radical de optar pela justiça e pela paz. A cruz obrigou os discípulos a mudar de mentalidade e a colocar-se do lado dos que assim morriam. Eles propunham como salvador da Humanidade um homem que morreu proscrito pela lei. Enfim, eles anunciavam o “Deus crucificado”.
A presença de Maria durante toda a vida de Jesus não é acidental. Maria participou da mesma sorte do filho. O caminho do Calvário exigiu dela e de todo o grupo de mulheres que o seguiam a máxima resistência ante a dor e a humilhação. A presença de Maria no caminho do calvário não é um feito acidental. É consequência de um seguimento valente e decidido.
Maria não se deu por satisfeita por ver como seu filho crescia e alcançava a maturidade. Ela se fez partícipe da atividade missionária de seu filho. Mesmo tendo que passar por duras dificuldades devido às acusações de loucura, glutoneria e embriaguez, que os inimigos lançaram contra Jesus (Lc 3,20-30). Além da forte exigência de Jesus que colocava o evangelho acima dos vínculos de parentesco (Lc 3, 31-35). Estas dificuldades não diminuíram o seu ânimo. Por isso vemos Maria subir com Jesus ao Calvário. Logo, fazendo parte da comunidade que recebe o Espírito Santo em Pentecostes.
De Maria de Nazaré não somente devemos ter uma imagem idealizada, mas recuperar a imagem que dela nos oferece o evangelho.
O Novo Testamento mostra Maria como uma mulher que cresce em amor e fidelidade ao reino de Deus. Sua palavra não é um monólogo sobre os assuntos domésticos. Ao contrário, sua voz se eleva como uma exigência de justiça em meio a uma situação na qual se perdeu o sentido do respeito pela vida. Por isso, ela no Magníficat nos recorda que Deus está do lado dos humildes e frágeis. Deus quer que toda a humanidade seja livre e cresça em solidariedade. Hoje, Maria os convida a comprometer-nos decididamente com a proposta de Deus. Ela não duvidou em dar uma resposta generosa à oferta de Deus.
As realidades cotidianas exigem uma atitude diferente ante a realidade. Não podemos deixar-nos envolver unicamente por problemas ínfimos esquecendo a situação de nossa comunidade de bairro. Assim como Maria devemos estar atentos à voz que Deus nos dirige nas situações que exigem nossa solidariedade. Nossa devoção mariana deve crescer na prática da justiça.
O discípulo amado é símbolo da comunidade cristã que continuou fiel, apesar da passagem do tempo e não obstante as inclementes perseguições de que foi objeto. A comunidade cristã acolhe Maria como uma Mãe, como parte da iniciativa de Jesus que quis deixar uma herança imperecível. Esta mútua entrega é o ponto culminante de uma atividade missionária que começou em Caná da Galileia quando Maria indicou ao se filho que o vinho da festa havia terminado (Jo 2,1-12); logo Jesus mesmo se converteu no vinho da novo da festa e em pão de vida (Jo 6,35. Assim, confluem na cruz diversas realidades que permitem compreender a profundidade com a qual alguns discípulos entenderam e proclamaram a vida de Jesus.
A cruz, contudo, não deve ser entendida unicamente como o cenário da morte de Jesus. A crucifixão era a máxima pena imposta pelo império. A cruz era um dos piores castigos que se podia aplicar aos cidadãos romanos. Somente eram crucificados os inimigos do império, dos presos políticos e os rebeldes capturados em guerra. Jesus morte ao estilo dos sediciosos e revoltosos. Ter algum parentesco, familiaridade ou amizade com um condenado à morte de cruz era causa de rejeição social. O testemunho de Jesus fez com que compreendessem que o caminho da cruz não era de opróbrio e maldição, mas uma maneira radical de optar pela justiça e pela paz. A cruz obrigou os discípulos a mudar de mentalidade e a colocar-se do lado dos que assim morriam. Eles propunham como salvador da Humanidade um homem que morreu proscrito pela lei. Enfim, eles anunciavam o “Deus crucificado”.
A presença de Maria durante toda a vida de Jesus não é acidental. Maria participou da mesma sorte do filho. O caminho do Calvário exigiu dela e de todo o grupo de mulheres que o seguiam a máxima resistência ante a dor e a humilhação. A presença de Maria no caminho do calvário não é um feito acidental. É consequência de um seguimento valente e decidido.
Maria não se deu por satisfeita por ver como seu filho crescia e alcançava a maturidade. Ela se fez partícipe da atividade missionária de seu filho. Mesmo tendo que passar por duras dificuldades devido às acusações de loucura, glutoneria e embriaguez, que os inimigos lançaram contra Jesus (Lc 3,20-30). Além da forte exigência de Jesus que colocava o evangelho acima dos vínculos de parentesco (Lc 3, 31-35). Estas dificuldades não diminuíram o seu ânimo. Por isso vemos Maria subir com Jesus ao Calvário. Logo, fazendo parte da comunidade que recebe o Espírito Santo em Pentecostes.
De Maria de Nazaré não somente devemos ter uma imagem idealizada, mas recuperar a imagem que dela nos oferece o evangelho.
O Novo Testamento mostra Maria como uma mulher que cresce em amor e fidelidade ao reino de Deus. Sua palavra não é um monólogo sobre os assuntos domésticos. Ao contrário, sua voz se eleva como uma exigência de justiça em meio a uma situação na qual se perdeu o sentido do respeito pela vida. Por isso, ela no Magníficat nos recorda que Deus está do lado dos humildes e frágeis. Deus quer que toda a humanidade seja livre e cresça em solidariedade. Hoje, Maria os convida a comprometer-nos decididamente com a proposta de Deus. Ela não duvidou em dar uma resposta generosa à oferta de Deus.
As realidades cotidianas exigem uma atitude diferente ante a realidade. Não podemos deixar-nos envolver unicamente por problemas ínfimos esquecendo a situação de nossa comunidade de bairro. Assim como Maria devemos estar atentos à voz que Deus nos dirige nas situações que exigem nossa solidariedade. Nossa devoção mariana deve crescer na prática da justiça.
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