3 de Abril de
2015
Isaias
52,13-53,12 - “Ele tomou sobre Si o pecado de todos nós”
O profeta Isaías
relata com antecedência tudo o que aconteceria com Jesus e como se sentiriam os
Seus seguidores, ovelhas desgarradas. Por isso, esta leitura prenuncia
para nós o sofrimento de Jesus como Servo padecente, desprezado como o último
dos mortais, homem coberto de dores e cheio de sofrimento. Jesus é o
Cordeiro que foi levado ao matadouro e que tomou sobre Si o pecado de todos
nós. Jesus é o Justo que faz justos inúmeros homens carregando sobre si
suas culpas, mas que por esta vida de sofrimento, alcançará a luz e uma ciência
perfeita. Esta foi a missão de Jesus e continua atual para nós. O sofrimento e
a entrega de Jesus são para o hoje da nossa vida e têm efeito concreto na
nossa existência servindo-nos de exemplo quando temos que passar também por
tantos males e injustiças. Olhando para mais além e vendo a glória futura e a
libertação de muitos através do nosso sofrimento é que iremos vencer e ter
sucesso aqui na terra. Jesus ofereceu todo o Seu sofrimento e dores para
que os tivéssemos vida nova. Sem Jesus todos nós vagamos como ovelhas
desgarradas. Todo este trecho se refere ao sofrimento de Jesus, mas também à
glória que lhe foi reservada. Por isso, quando nos aprofundarmos nesta leitura
nós percebemos a glória que está reservada a todos aqueles que se entregam por
amor à causa do Senhor. Aparentemente destruído, fracassado, “na
verdade Ele tomava sobre si nossas enfermidades e sofria, ele mesmo nossas
dores”... “a punição a ele imposta era o preço da nossa paz e suas feridas, o
preço da nossa cura”. Tudo tem uma razão de ser. Os frutos da entrega
de Jesus nós já os percebemos na nossa vida, quando sofremos e esperamos a
recompensa da glória vivida desde já aqui na terra. - Você vê algum sentido no sofrimento por
amor a Deus? Você tem alguma experiência disso? - Qual a mensagem que você tira para a sua
vida do sofrimento de Jesus Cristo?
Salmo 30 – “Ó
Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito!”
Foi essa a oração que
Jesus fez no último momento da sua vida. Abandonado, humilhado, desprezado, mas
confiante no auxílio do Pai. A Cruz foi o leito onde Jesus deu o último suspiro
e se entregou para que se cumprisse a vontade de Deus. Para nós fica o conselho
do salmista: “Fortalecei os corações, tende coragem, todos vós que ao
Senhor vos confiais!
2ª. Leitura Hebreus 4,
14-16;5,7-9 –“ Jesus está a postos para nos acolher e nos perdoar”
Por causa da sua
entrega a Deus, por tudo o que Ele sofreu, Jesus Cristo foi atendido nas Suas
preces e súplicas e entrou no céu como um Sumo Sacerdote a fim de interceder
por todos nós. Por essa razão a obediência de Cristo é para nós um parâmetro de
perfeição que precisamos atingir. Por ter sido provado em tudo, como nós, menos
no pecado, Jesus é capaz de se compadecer de nossas fraquezas. Dessa maneira,
nós não podemos perder tempo nem oportunidade, mas, urgentemente, precisamos
nos aproximar com toda a confiança do trono da graça, que é o próprio Jesus
para conseguirmos misericórdia e alcançarmos um auxílio no momento oportuno.
Jesus está a postos para nos acolher e nos perdoar. Ele é causa de salvação
eterna para todos que Lhe obedecem, assim sendo, a nossa submissão e
dependência dar-nos-ão motivação para que vivamos uma vida condizente com a
nossa Fé na Sua mediação junto do Pai. Mesmo que sejamos os maiores pecadores e
infiéis, Jesus tem o poder de nos libertar. Por isso, permaneçamos firmes na Fé
que professamos e tenhamos a segurança de que diante de Deus nós temos um
Advogado de defesa. – Você alguma
vez se sentiu abandonado (a) sem ninguém para defendê-lo (a)? – Você
sabia que Jesus advoga por você diante do Pai? - Você é uma pessoa
obediente às Leis de Deus? – Você vive conforme o Evangelho de Jesus? – Você
tem se aproximado do Trono da Graça?
Evangelho – João 18,
1-19,42 – “Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo”
Meditando sobre a
narrativa de toda a Paixão e Morte e Sepultamento de Nosso Senhor Jesus Cristo
nós poderemos tirar proveito de muitas mensagens para a nossa existência.
Aprendendo com o Mestre nós também podemos assumir compromissos e atitudes
coerentes com o nosso desígnio e não nos abstrairmos do nosso ideal de vida.
Primeiramente percebemos que, assim como aconteceu na vida de Jesus, há também
um sentido para todas as ocorrências da nossa vida. Jesus Cristo não foi preso
nem foi capturado, pelo contrário, Ele próprio se entregou aos homens para que
se cumprisse tudo o que já estava escrito a fim de que a vontade do Pai se
realizasse. Assim, quando Jesus se entregou aos homens, na verdade Ele estava
se oferecendo ao Pai, pela humanidade. Na narrativa nós percebemos que Jesus
estava consciente de tudo o que ia acontecer e, por isso, Ele próprio
interpelou os guardas, dizendo: "A quem procurais"? E depois
de saber que eles buscavam a Jesus, o Nazareno, Ele respondeu: "Sou
eu"! Nós também precisamos estar atentos (as) para as coisas que acontecem
na nossa vida a fim de percebermos qual é a vontade do Pai para nós,
principalmente nas situações em que temos de enfrentar os desafios. Muitas
vezes nós também temos consciência de que algo precisa acontecer e que para
isso, nós temos que assumir nova postura e novo compromisso, no entanto,
relutamos e não enfrentamos a "fera". Se tivermos confiança nos
planos de Deus para a nossa felicidade e consciência de que Ele precisa de nós
para colaborar na salvação dos nossos irmãos e irmãs, nós também
não fugiremos dos obstáculos e, como Jesus Cristo, nós também nos
apresentaremos diante dos nossos algozes para "beber do cálice" que o
Pai tem para nós. Com a continuação da história nós verificamos que
todas as coisas aconteceram coerentemente com o que já havia sido profetizado
conforme as Escrituras. A Bíblia é um Livro de homens santos e pecadores e
Nela nós nos identificamos quando agimos bem ou agimos mal. O mesmo Pedro que
cortou a orelha do servo do sumo-sacerdote para defender Jesus foi o que
depois, por três vezes negou que O conhecesse. A atitude de Pilatos revela a
nossa omissão diante das "coisas erradas" que presenciamos e,
"lavamos as mãos" porque achamos que não compete a nós e não temos "nada
a ver com isto". Diante de Pilatos Jesus não se justificou nem tampouco se
acovardou, mas somente esclareceu: "O meu reino não é deste mundo".
Realmente, o nosso reino não é deste mundo e as dificuldades que
enfrentamos nesta vida temporal são apenas pontes que nos levam a atravessar o
vale para chegarmos ao reino definitivo. Somos os Pedro, Pilatos, Judas
e Malco da nossa geração. Somos como Anás, Caifás e até como os
guardas e a encarregada que guardava a porta do lugar onde Jesus estava. Todos
nós temos o nosso posto, a diferença, porém, está no modo como
enfrentamos os desafios da nossa missão. Com os olhos voltados para o alto para
beber o cálice que nos é apresentado ou olhando somente para a terra
tentando nos livrar dos desafios e vivendo como qualquer um dos mortais, só
para esta vida. Faça hoje a sua leitura com bastante atenção e
perceba os pontos que para você devem ser mais importantes e que servem de
exemplo e mensagem para a sua vida atualmente:- As atitudes e as palavras de Jesus; a atitude dos discípulos,
principalmente Judas e Pedro; as atitudes das autoridades; a omissão de
Pilatos; a manifestação do povo, da multidão que antes proclamava Jesus Rei; a
atitude dos soldados, enfim faça um paralelo dos acontecimentos da Paixão de
Jesus com a sua vida cotidiana.
AS SETE PALAVRAS DE
JESUS NA CRUZ
1
– PAI, PERDOA-LHES, POIS NÃO SABEM O QUE FAZEM.
2
– HOJE, ESTARÁS COMIGO NO PARAÍSO.
3
– MULHER, EIS O TEU FILHO; FILHO EIS A TUA MÃE.
4
– MEU DEUS POR QUE ME ABANDONASTES?
5
– TENHO SEDE!
6
– TUDO ESTÁ CONSUMADO.
7
– PAI, EM TUAS MÃOS ENTREGO O MEU ESPÍRITO!
Helena
Serpa
Obrigado!!!
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