29/março/2015 --
Domingo de Ramos
Evangelho: (Mc 11,1-10)
Naquele
tempo, quando se aproximaram de Jerusalém, na altura de Betfagé e de Betânia,
junto ao monte das Oliveiras, Jesus enviou dois discípulos, dizendo: “Ide até o
povoado que está em frente e, logo que ali entrardes, encontrareis amarrado um
jumentinho que nunca foi montado. Desamarrai-o e trazei-o aqui! Se alguém disser: ‘Por que fazeis isso?’, dizei:
‘O Senhor precisa dele, mas logo o mandará de volta”. Eles foram e encontraram
um jumentinho amarrado junto de uma porta, do lado de fora, na rua, e o
desamarraram. Alguns dos que estavam ali disseram: “O que estais fazendo,
desamarrando esse jumentinho?” Os discípulos responderam como Jesus havia dito,
e eles permitiram. Levaram então o jumentinho a Jesus, colocaram sobre ele os
seus mantos, e Jesus montou. Muitos estenderam seus mantos pelo caminho, outros
espalharam ramos que haviam apanhado nos campos. Os que iam à frente e os que
vinham atrás gritavam: “Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor! Bendito
seja o reino que vem, o reino de nosso pai Davi! Hosana no mais alto dos céus!”
COMENTÁRIO
Já estamos vivendo o Domingo de Ramos, o dia
que nos introduz na Semana da Paixão do Senhor. A Liturgia de hoje nos oferece
dois evangelhos de Marcos; um para a bênção dos ramos (Mc 11,1-10) e outro para
a Liturgia da Palavra (Mc 15,1-39). Para nossa meditação, vamos nos ater ao
evangelho da bênção dos ramos (Mc 11,1-10), que relata a entrada triunfal de
Jesus em Belém.
Ao entrar em Jerusalém, Jesus é aclamado Rei.
No entanto, Jesus é um Rei diferente. Ao contrário dos outros reis que andavam
em carros de guerra, Jesus é um Rei manso, humilde e pacífico.
Um Rei capaz de lavar os pés dos seus súditos,
sem perder sua majestade. Um Rei que deixou claro que veio para servir. O povo se aglomera para recebê-lo e o
reconhece como seu Rei, seu Salvador. Por isso, estende seus mantos à sua
passagem.
Certamente, enquanto o povo gritava Hosana!
“Salva-nos!” os poderosos ficaram preocupados e agitados. A presença de Jesus
sempre preocupa, é uma ameaça para aqueles que vivem às custas do suor do povo.
A simples presença de Jesus já é motivo para sonharmos com a liberdade.
A Campanha da Fraternidade deste ano nos fala
de serviço. O lema é: “Eu vim para servir”. E, realmente, é isso que Jesus
sempre pregou. Quem vive suas palavras deve colocar-se a serviço da sociedade,
a serviço dos irmãos.
As atividades libertadoras realizadas por
Jesus desafiam o poder opressor. A vinda do Rei-pobre exige opção, exige uma
definição, ou o recusamos ou o aceitamos, não existe meio termo. Esse é o
grande desafio. Ficar com o verdadeiro ou com o falso. Ficar com o antigo ou
aceitar a Nova Aliança.
Veja o que é preciso para ficar com Jesus: Primeiramente
é preciso abrir mão do poder e assumir o serviço. É uma decisão difícil, que
nos coloca numa posição incômoda. Não é fácil aceitar o convite do Salvador.
A proposta de mudança Jesus, é uma proposta
radical. Se trouxermos para os nossos dias, significa abrir mão dos grandes
lucros e pensar com mais seriedade nos idosos, nos aposentados e desempregados.
O Rei é justo e exige preocupação com os
dependentes químicos, com os enfermos e com os preços abusivos dos remédios.
São mudanças que exigem desprendimento e renúncia; exigem humildade,
solidariedade e amor ao próximo.
Paz é muito mais do que ausência de guerra.
Por tudo isso, não podemos permitir que se repita a mesma cena de dois mil anos
atrás. É bom lembrar que os mesmos que exaltaram Jesus, também o condenaram.
Exaltar Jesus é aderir ao seu Projeto.
Aderir ao Cristo significa mudar. Quem não
muda e não assume o compromisso batismal, é como aquele que hoje estende o seu
manto e grita “Hosanas!” e que, em menos de uma semana depois, se posiciona no
meio da multidão para gritar: “Crucifica-o! Crucifica-o!”
Jesus espera ouvir-nos gritando Hosanas e
apresentando-o ao mundo! Todos precisam conhecer o Verdadeiro Rei, conhecer a
Boa Nova da sua presença entre nós. É hora de reconhecer o Rei na pessoa dos
pequenos e sofredores. Através dos humildes, Jesus nos convoca para o seu
exército.
O convite está feito. Recusar ou aceitá-lo é
uma questão de livre escolha.
(1785)
jorge.lorente@miliciadaimaculada.org.br
- 29/março/2015
sr. Jorge, obrigada por nos proporcionar crescimento espiritual com essa maravilhosa reflexão sobre a Liturgia do Domingos de Ramos. Também quero fazer chegar até o senhor e sua família as nossas orações e votos de recuperação plena para a sua nora que se encontra hospitalizada em SP. Moro em Fortaleza CE mas pedi aos meus familiares que moram aí, para ajudarem a conseguir doadores de sangue, como foi solicitado. Com um fraterno abraço despeço-me. Stela Emídio Cavalcante
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