28 de Março de 2015-Evangelho - Jo 11,45-56
A mensagem central de hoje e de todo o Evangelho
de São João é que “Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho Unigênito, para
que não morra todo aquele que nele crê, mas, tenha a vida eterna” (Jo 3, 16). A
presença de Jesus, como luz do mundo, divide inevitavelmente os seres humanos
entre os que se decidem pela Luz e, por isso, ficam do lado da vida, e os que
se decidem pelas trevas, ficando do lado da morte.
Assim, os fariseus, escribas e sacerdotes não descansaram enquanto
não conseguiram um jeito de anular a pessoa de Jesus Cristo. Preocupados com a
sua fama e a multiplicação dos milagres, estavam sem saber o que fazer. Foram
muitos os enfrentamentos entre eles e Jesus, onde questionavam a pessoa de
Cristo. Até que finalmente, os pontífices e os fariseus convocaram o conselho.
E desde aquele momento resolveram tirar-lhe a vida.
Decidiram matar Jesus. Resolveram matá-lo por Ele fazer o bem.
Curar e ressuscitar pessoas, aconselhar-nos a seguir o caminho reto, a não nos
preocupar com o dia de amanhã, e a não ter medo, mas crer n’Ele e no Pai. E o
que mais indignou os pontífices ou sumo sacerdotes, foi Ele dizer que era o
Filho de Deus. Para os judeus, isso foi blasfêmia, mas na verdade, eles queriam
apagar o concorrente. Então aquele conselho foi um pré-julgamento de Jesus,
onde o Filho de Deus foi, de antemão, condenado.
Também nós condenamos e até mesmo “queimamos” os nossos
concorrentes, arrumando um jeito de diminuir as suas qualidades: sejam no
emprego, por ciúmes daqueles colegas que são mais capazes que nós, seja aquele
cara forte que arrasa quando chega na área.
Jesus era consciente de que um efeito ainda que não desejado do seu
trabalho, fosse ser causa de divisão entre os partidários do imobilismo e os
que lutam por um mundo novo. Por isso inflamou a ira dos funcionários do templo
e de todos os que se consideravam donos da verdade.
Aproximando-nos da festa da Páscoa, vamos ao encontro do Senhor da
nova e eterna aliança. A Quaresma é ocasião oportuna para reforçarmos nossa
decisão pela luz, que é Cristo, e ajudarmos os que estão nas trevas a optar
pela luz e abandonar a morte.
Que esta quaresma, tempo favorável da graça de Deus, nos dê as
forças necessárias para renovar nossos corações, e assim possamos viver a
Páscoa do Senhor, que deseja devolver-nos a alegria de viver.
Precisamos tomar mais cuidado para não fazer como os líderes
judaicos. Ter mais cuidado com os nossos pensamentos e palavras. E, lembrar,
acima de tudo o que nos disse o Ressuscitado: “Não julguem e não serão
julgados! Não condenem e não serão condenados!”
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