Domingo, 13 de julho de 2014
15º Domingo do Tempo Comum
Santo Henrique (Memória facultativa).
Outros Santos do Dia: Anacleto (papa, mártir, convertido por São Pedro, 96), Clélia Barbieri (Fundadora das Irmãs Mínimas de Nossa Senhora das Dores, morreu com apenas 23 anos – 1870 -. É a fundadora mais jovem da Igreja), Esdras (profeta bíblico do Antigo Testamento, s. V aC), Eugênio (bispo) e Companheiros (mártires de Cartago, s. V), Joel (profeta bíblico do Antigo Testamento, s. VII aC), Maura e Brígida (mártires de Beauvais, s. V), Mirópio (mártir na Ilha de Quios, 250), Serapião (mártir, s. III), Silas (discípulo e companheiro de São Paulo, s. I), Teresa de Jesus dos Andes (virgem), Turiavo (bispo de Bretanha, França, 749).
Outros Santos do Dia: Anacleto (papa, mártir, convertido por São Pedro, 96), Clélia Barbieri (Fundadora das Irmãs Mínimas de Nossa Senhora das Dores, morreu com apenas 23 anos – 1870 -. É a fundadora mais jovem da Igreja), Esdras (profeta bíblico do Antigo Testamento, s. V aC), Eugênio (bispo) e Companheiros (mártires de Cartago, s. V), Joel (profeta bíblico do Antigo Testamento, s. VII aC), Maura e Brígida (mártires de Beauvais, s. V), Mirópio (mártir na Ilha de Quios, 250), Serapião (mártir, s. III), Silas (discípulo e companheiro de São Paulo, s. I), Teresa de Jesus dos Andes (virgem), Turiavo (bispo de Bretanha, França, 749).
Primeira leitura: Isaías 55,10-11
A chuva faz a terra germinar.
Salmo responsorial: Salmo 64(65),10.11.12-13.14 (R. Lc 8,8)
A semente caiu em terra boa e deu fruto.
Segunda leitura: Romanos 8,18-23
A criação está esperando ansiosamente o momento de se revelarem os filhos de Deus.
Evangelho: Mateus 13,1-23
O semeador saiu a semear.
A chuva faz a terra germinar.
Salmo responsorial: Salmo 64(65),10.11.12-13.14 (R. Lc 8,8)
A semente caiu em terra boa e deu fruto.
Segunda leitura: Romanos 8,18-23
A criação está esperando ansiosamente o momento de se revelarem os filhos de Deus.
Evangelho: Mateus 13,1-23
O semeador saiu a semear.
O livro do profeta Isaías se divide em
três partes: a primeira pode ser chamada o livro da denúncia; a segunda, o
livro do anúncio e a terceira, o livro da consolação. O texto de hoje pertence
a esta última secção do livro e nos dá já uma pista para a interpretação da
passagem. Isaías III nos apresenta uma comparação que sublinha o papel
fundamental da palavra de Deus para que se verifique a eficácia de sua obra ou
ação.
A palavra de Deus é a chuva que torna
fecundos inclusive terrenos áridos e compactos. Descreve-se o ciclo completo da
água, desde sua precipitação em forma de gotas das nuvens, passando pela ação
benéfica no terreno cultivado, até seu retorno ao céu, pronta para recomeçar de
novo seu ciclo. De igual forma, a palavra de Deus, que parte caudalosa da boca
de Deus, torna fértil o campo cultivado e realiza o propósito para o qual foi
enviada.
Esta comparação ajuda a compreender que
a palavra que Deus nos comunica não cai no vazio, mas que se dirige aos “termos
cultivados”, ou seja, a todas as pessoas que com devoção e carinho preparam sua
mente e seus afetos para que seja eficaz a palavra recebida de Deus por meio
dos profetas. Deste modo, a comparação pode ser resumida em dois elementos muito
importantes: a palavra se dirige aos “terrenos cultivados” onde a semente já
repousa e a palavra retorna à sua fonte de origem.
O evangelho de Mateus complementa esta
imagem tão poderosa e sugestiva com a “parábola do semeador”. Nessa parábola,
os elementos decisivos são a excelente qualidade da semente e a disposição do
terreno. O semeador lança uma semente de excelente qualidade e o faz com
generosidade e esperança de quem ama seu campo de cultivo.
Não poupa esforços nem sementes;
coloca-as inclusive em lugares onde não caberia esperar nenhum resultado, já
que seu interesse não é conservar mas esperar que esta semente faça frutificar
todos os setores de seu terreno. O outro elemento decisivo, o terreno, responde
de diferentes maneiras, segundo a “qualidade” da terra. A boa disposição de
cada pedaço de terreno constitui o fator decisivo para o êxito da empresa. A
semente é boa, porém o terreno responde de maneira desigual.
A interpretação da parábola que aparece
na parate seguinte do evangelho, nos dá algumas chaves poderosas de
compreensão. A disposição do terreno se refere à atitude das pessoas. Algumas
não se deixam cultivar e oferecem uma terra não apta, onde a semente se perde
por excesso de dureza, por descuido, superficialidade ou por negligência. Tanto
o grupo representado pelos bons terrenos, como o grupo representado pelos
terrenos não receptivos, faz parte do mesmo campo de cultivo. Os dois estão na
mesma geografia, na mesma história e no mesmo momento. Não há desculpa válida
para justificar a falta de acolhida e de resposta.
Esta parábola se refere a uma realidade
da comunidade cristã sobre a qual já se havia feito uma profunda reflexão. Na
comunidade, representada pela totalidade do terreno, se encontram terrenos
menores, isto é, pessoas, com diferentes atitudes e projetos. Não se pode saber
de antemão que resposta cada um vai dar. A única coisa que se sabe é que o
semeador reparte com generosidade sua fértil semente. No desenvolvimento do
processo do cultivo, sabe-se quem é apto e quem não é. Porém, não nos baseamos
em critérios arbitrários, mas no fruto que cada um consegue produzir. A
expressão “dar frutos” tem um valor muito preciso na Bíblia e se refere sempre
à resposta positiva do ser humano ao projeto de Deus. Porém, não a qualquer
projeto apresentado em nome de Deus, mas à proposta dos profetas que Jesus de
Nazaré chamou de “reinado de Deus”. Isto é, uma experiência humana onde seja
possível o amor solidário, a liberdade para fazer o bem e a justiça
responsável.
A parábola do semeador nos coloca em
contato com a profecia consoladora de Isaías. A palavra de Deus age na historia
humana nas pessoas que cultivam o terreno surpreendente do amor solidário, da
escuta atenta do irmão e do serviço generoso e desinteressado aos excluídos. A
palavra de Deus se faz fecunda nas comunidades e pessoas que assumem uma
atitude responsável ante a história e não permitem que a “boa nova do
Evangelho” se converta em refrão convencional nem em clichê de
espiritualizações alienadoras e supérfluas, mas que procuram sempre que a
palavra do profeta seja eficaz na história.
Paulo, na carta aos Romanos, nos propõe
esta mesma reflexão: a criação, o terreno fértil que Deus criou para o ser
humano na historia (Gn 1,4-25), aguarda com impaciência a realização da obra de
Cristo em toda a humanidade. A proposta de Jesus nos abre à esperança de um
futuro no qual a humanidade se reconhece na justiça e no amor solidário e não
na morte e na guerra.
Oração: Senhor, que a luz de tua Palavra seja sempre guia em nossa vida e que
teu amor germine em nós para que possamos dar frutos de vida entre nossos
irmãos, de modo que todos alcancemos a liberdade, a alegria e a paz. Nós te
pedimos, por Jesus Cristo, teu filho e irmão nosso. Amém.
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