27 de julho-DOMINGO-Evangelho
- Mt 13,44-52
O Senhor
não diz quem foi o homem que encontrou o tesouro, nem tampouco como ele o
encontrou, se arando, cavando ou plantando no campo, não sabemos. Também não
sabemos qual foi o tesouro encontrado. O que sabemos apenas é que certo homem
encontrou um tesouro, que estava escondido num campo.
Era uma
coisa comum tanto na época do Antigo Testamento quanto do Novo Testamento
esconder tesouros debaixo da terra por causa das guerras e revoluções
frequentes na época. Era mais seguro guardar um tesouro escondido no campo do
que deixá-lo em casa, pois este, estando em casa, poderia ser roubado por
ladrões ou levado pelos invasores como despojo. Acontecia, porém, que na
maioria das vezes, o proprietário do tesouro morria sem revelar a ninguém onde
o havia escondido. Assim, esse bem escondido no campo poderia ou não ser
encontrado por alguém.
O Senhor
fala de algo conhecido por Seus ouvintes. Ele não está usando uma figura irreal
e fantasiosa ao falar do tesouro escondido. Está falando de algo real e
conhecido. E também possível de acontecer.
O homem
que encontrou o tesouro no campo não estava à caça de tesouros escondidos. Ele
o encontrou por acaso. E qual foi a sua reação ao encontrá-lo? A primeira coisa
que ele fez foi escondê-lo de volta. E depois, tomado por grande alegria por
tê-lo encontrado, ele volta para sua casa, vende todos os seus bens e compra
aquele campo no qual o tesouro estava escondido. Agora o campo era seu
juntamente com o tesouro nele escondido.
O Senhor
Jesus, também, conta a história de um negociante de pérolas que estava à
procura das melhores joias desse gênero. Pérolas tinham um grande valor no
primeiro século da era cristã, assim como tem o diamante em nossos dias. Elas
serviam como símbolo de status e posição entre os ricos. Apenas estes as
possuíam. A própria Bíblia, no Novo Testamento, fala das pérolas como objeto de
grande valor naquela época. Por serem valiosas, estas eram muito procuradas por
seus negociantes. Estes faziam longas viagens em busca das melhores e mais
valiosas pérolas.
O homem
da parábola é um negociante que está em busca das melhores pérolas. Jesus não
diz aonde ele foi, mas tão somente diz que ele encontrou em sua busca a pérola
que tanto procurava: a pérola de grande valor. Uma oportunidade única na sua
vida. Ele não sossegou enquanto não a obteve. O que então ele fez para
adquiri-la? Cristo diz que aquele negociante, tendo achado uma pérola de grande valor,
vendeu tudo o que possuía, e a comprou. A pérola que tanto procurava agora era
sua.
Comparando
ambas as parábolas, observamos um ponto de semelhança entre elas. Esse ponto de
semelhança está na atitude dos dois homens depois de terem encontrado o tesouro
e a pérola: ambos reconheceram o imenso valor do que haviam encontrado e com
alegria não hesitaram em vender tudo que tinham para obter o que tinham
encontrado.
Certamente
seus parentes e conhecidos desaprovaram a atitude deles por não saberem o que
eles estavam fazendo. Mas ambos os homens sabiam muito bem o que estavam
fazendo. Eles descobriram que aquilo que encontraram era muito mais valioso do
que tudo quanto poderiam ter. Por essa razão, eles não pensaram duas vezes, mas
com o coração resoluto e alegre e sem nenhum sentimento de perda desfizeram-se
de tudo quanto possuíam para obter o tesouro e a pérola que encontraram.
Este é o
ponto central da parábola por meio do qual Jesus quer nos ensinar uma verdade
acerca do Seu Reino. Nada e ninguém pode ser comparado ao valiosíssimo Tesouro,
que é Jesus Cristo, Nosso Senhor. Canta de alegria, venda tudo o que tem e
“compre” Jesus!
Encontrei Jesus! Ele é o meu
Libertador, meu Senhor, meu Amigo e Amor. Ninguém O tirará de mim. Jamais O
deixarei, vai comigo em meu coração. Ele é o Caminho, que me conduz ao Pai, a
Verdade certa, a vida que me faz viver. Ele é a luz que ilumina o meu caminho,
a força na minha fraqueza, a alegria na tristeza.
Vale a pena, por Jesus, tudo vender para
possuí-lo.
Padre Bantu
Mendonça
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