09 de julho - Quarta-Evangelho
- Mt 10,1-7
Jesus caminhava por todas as cidades e
povoados daquela região e, junto com Ele, os doze escolhidos para serem
seus apóstolos, quer dizer, seguidores. Jesus os vinha preparando desde o seu
chamado, que eles atenderam sem titubear. Caminhavam junto a Ele felizes pelas
maravilhas que presenciavam, ouviam e viviam diariamente. Cegos enxergavam,
surdos ouviam, mudos falavam, lepra desaparecia, mortos ressuscitavam,
paralíticos andavam e, muito mais fatos os deixavam cada vez mais encantados.
Jesus se preocupava em curar todos os que necessitavam dos seus milagres, mas,
junto com as curas, Ele antes anunciava o Reino do Pai, que devia ser instalado
no coração daquele povo que estava longe de viver os Mandamentos enviados a
Moisés durante a caminhada para a terra prometida. Dizendo
aos apóstolos que a Messe era grande, mas os operários poucos, decidiu que era
hora de enviar os doze fiéis seguidores para a Missão que seria a de
“esparramar” por toda a parte, pelo anúncio da Palavra e testemunho, de tudo o
que aprenderam com relação ao Plano de Salvação que Ele anunciava e que foi
enviada pelo próprio Deus, para que ninguém se perdesse. E Pedro, André, Tiago,
o outro Tiago, João, Filipe, Bartolomeu, Tomé, Mateus, Tadeu, Simão e Judas,
após as recomendações de Jesus, partem para a Missão em todos os lugares. E,
tanta coisa aconteceu depois disso, que hoje, dois mil e nove anos depois, nós,
também somos chamados por Jesus, para levar atodos os lugares em que
vivemos , a partir de nossa casa, a Sua Mensagem de Amor, trazida pelos
Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João e, pelos discípulos que deram a vida
pelo anúncio da Palavra: Paulo e Pedro; pregando as verdades que Jesus
trouxe para o mundo que o Pai criou.
Jesus, ainda
hoje, continua chamando a todos para a Missão; ainda hoje. Todos seremos
capacitados por Ele, através do Espírito Santo, se decidirmos ser trabalhadores
da Messe: basta crermos nas Suas verdades, olhamos ao nosso redor e
constatarmos que o Cristo está no meio de nós e, convoca-nos a todo
instante, para as muitas missões que surgem à nossa frente. E, que o comodismo,
o medo, e a indiferença nos cegam e nos impedem, às vezes, de cumprirmos com a
parte que nos toca como missão. Ela não é difícil e muito menos impossível. Se
vivermos com o nosso coração cheio de amor; se confiarmos de verdade nas
palavras de Jesus, até um simples sorriso, um pequeno gesto, um momento de
atenção para com o próximo, serão parte de Missões que vamos cumprindo
inspirados pelo E. Santo, deixado por Jesus, como nosso advogado, como nosso
consolador, como nosso orientador, durante a nossa caminhada nesta vida.
E, assim, vamos conseguindo amar nossos irmãos, cumprindo o Mandamento Maior do
Senhor.
Ninguém
nasce por acaso e para nada. Todos nascemos com uma missão, basta que
estejamos atentos e, Jesus nos indicará a que viemos, como fez com os
Apóstolos, o momento, o jeito e a maneira de a cumprirmos, livremente e, se
quisermos. Mas cuidado, o estilo da missão de Jesus e dos discípulos é o oposto
daquele dos poderosos que o mundo de hoje idolatra. Não se baseia sobre a
vontade de dominar, a arrogância ou a ambição, mas sobre a proposta humilde
(não devem levar nada de material, mas devem contar com a providência divina e
com a hospitalidade fortemente praticada naquela época), respeitosa, atenta aos
mais fracos (curai os doentes), oferecida na gratuidade, sem buscar outras
recompensas. O Evangelho de Jesus é uma mensagem de vida verdadeira para quem
confia somente em Deus, que é Pai e também Mãe.
Como, podemos, nós, discípulos de Jesus,
seguir nossa missão em meio aos lobos do tempo atual? A missão é mais forte do
que o medo. Às vezes, somos tomados por pensamentos negativos, tipo “o que vão
pensar?” ou “o que vão dizer?”. É humano sentir medo, mas a missão deve superar
os nossos temores. Nenhum profissional tem medo de falar de sua profissão.
Então, por que deveríamos, nós cristãos, ter medo de falar de Cristo, da sua
pessoa, da sua verdade, da sua vida, do seu amor, do seu mistério? A fé e a
missão começam no coração e devem terminar nos lábios e nas ações. Não podemos
deixar que o receio atrapalhe a nossa missão cristã. Portanto, está lançado o
desafio. Cristo te chama para a sua missão.
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