A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos.
Este Evangelho narra duas coisas. A primeira é a cura do homem possuído
pelo demônio e que era mudo. A tentação quer nos emudecer, a fim de nos impedir
de falar a verdade e denunciar a mentira e a injustiça. Há várias maneiras de
tornar uma pessoa muda. Vai desde a repressão, a ameaça, até a “lavagem
cerebral”, que hoje é muito usada na mídia. Nós acabamos “engolindo” as
informações do jeito que nos são apresentadas, sem nos dar conta de que elas
foram montadas de acordo com determinados interesses de grupos dominante. Esse
é o demônio que torna a pessoa muda. Ele precisa ser expulso.
Jesus sentia compaixão do povo, que vivia e vive tão enganado. Ele fez a
sua parte e pediu-nos que fizesse a nossa, ao menos rezando para que o Senhor
mande mais operários para cuidar do Reino de Deus.
E o evangelista narra uma estratégia de alienação do povo usada pelos
fariseus: “É pelo chefe dos demônios que ele expulsa os demônios”. Como não
tinham como levar o povo a desacreditar em Jesus, apelaram dizendo que ele age
impulsionado pelas forças do mal. Acontece que essa mentira não “cola”, pois
demônio não expulsa demônio. Um reino dividido contra si mesmo, logo se acaba.
A segunda coisa que o Evangelho narra é o forte apelo de Jesus a
rezarmos pedindo operários para a colheita, pois a messe é grande e os
trabalhadores são poucos. E ele mesmo dá o exemplo: “Jesus percorria todas as
cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino,
e curando todo tipo de doença e enfermidade”.
Rezar é tão fácil, e no entanto nós nos esquecemos de atender a esse
pedido de Jesus. Estamos no ano sacerdotal, celebrando 150 anos de morte de S.
João Maria Vianney, padroeiro dos sacerdotes. O objetivo do ano sacerdotal é
nos levar a rezar mais pelos sacerdotes e pelas vocações sacerdotais. Vamos
pedir ao Senhor que nos envie mais sacerdotes e que santifique os padres que
temos.
Certa vez, dois rapazes brasileiros foram passear no Japão. Um deles
sabia falar um pouco de japonês e se tornou intérprete do outro que não sabia. Lá,
justamente o que não sabia japonês gostou de uma garota japonesa. Voltando para
o Brasil, ele estudou japonês e aprendeu essa língua difícil, unicamente para
corresponder-se com a menina. No fim, os dois se casaram.
Quando nós amamos uma causa, fazemos tudo por ela. Jesus amava a sua
vocação, por isso se dedicava a ela dia e noite. “Jesus percorria todas as
cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino,
e curando todo tipo de doença e enfermidade”. O amor é assim, torna fácil o que
é difícil. Muita gente se admira de o padre não se casar; o amor vai além, e é
mais forte do que o casamento em si.
Que Maria Santíssima, a Rainha dos sacerdotes, nos ajude a orar muito
pela vocação sacerdotal, pois “a messe é grande, mas os trabalhadores são
poucos. Pedi, pois, ao dono da messe que envie trabalhadores para a sua
colheita!”
A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos.
REZAR É TÃO FÁCIL, E NO ENTANTO NÓS NOS ESQUECEMOS DE ATENDER A ESSE PEDIDO DE JESUS.
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