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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

EU VI O SENHOR-CANÇÃO NOVA


SEXTA - 27 de Dezembro de 2013  - Evangelho - Jo 20,2-28
No primeiro dia da semana, bem cedo, “quando ainda estava escuro”, ou seja, em meio à incerteza e dúvidas sobre o cumprimento das promessas da Ressurreição de Jesus, vai uma mulher ao sepulcro. Por que uma mulher? Jesus quer nos ensinar, com isso, que são os excluídos os primeiros a acolher a Boa Nova. Até nisso se cumprem as palavras do Mestre.
“Maria Madalena” hoje sou eu, é você, quando excluído, censurado, caluniado e acusado de pecador público ou por qualquer outro motivo. Assim como ela – com amor e carinho porque muito foi perdoada – procura, busca e vai ao sepulcro e vê que a pedra estava tirada do sepulcro, assim eu e você temos esta missão.
Ela corre à procura de Simão Pedro e do outro discípulo – aquele a quem Jesus amava – e lhes diz: “Retiraram o Senhor, e não sabemos onde o puseram”. A única diferença é que, enquanto Maria Madalena foi duvidando, nós já não temos motivo para duvidar porque ela nos ensina a dizer: “Rabôni!” que significa: “meu Mestre” e a irmos anunciá-Lo: “Vi o Senhor, e eis o que Ele me disse”.
A cena comovente do encontro de Maria Madalena com Jesus evidencia a mudança de relacionamento entre o discípulo e o Mestre, operada a partir da Ressurreição. A nova condição de Jesus exigia um novo tipo de relacionamento.
Maria Madalena expressou o carinho que nutria pelo Mestre nos vários detalhes de seu comportamento. A notícia do desaparecimento do Corpo do Senhor deixou-a perplexa. Com isso, perdia um sinal seguro da presença do Amigo querido, mesmo reduzido a um cadáver. Sem Ele, não teria um lugar preciso ao qual se dirigir quando quisesse prantear a perda irreparável do Amigo. Por isso, mesmo que todos tivessem se afastado, ela permaneceu sozinha, à entrada do túmulo, chorando.
Seu diálogo com os anjos ocorreu de maneira espontânea, sem ela se dar conta de estar falando com seres celestes. Só lhe importava saber “onde puseram o meu Senhor”. Da mesma forma aconteceu o diálogo com o Ressuscitado. Num primeiro momento, Maria pensou tratar-se de um jardineiro. Demonstrando uma admirável fortaleza de ânimo mostrou-se disposta a ir, sozinha, buscar o cadáver do Mestre para recolocá-lo no sepulcro. Tão logo reconheceu a voz do Mestre, tentou agarrar-se a Ele. Jesus, porém, exortou-a a mudar de comportamento. Doravante, o sinal de amizade que o Senhor queria dela era que se tornasse missionária de Sua Ressurreição. Já se fora o tempo em que podia tocá-Lo fisicamente.
Embora fosse apenas uma pecadora famosa em sua cidade, Maria, nascida em Magdala – na Galileia – teve uma participação importantíssima na passagem de Jesus pela terra. Ela foi perdoada publicamente por Ele, que a formou como exemplo de que Seu Pai acolhia a todos, desde que chegassem ao arrependimento. Além disto, foi ainda a escolhida para ser a primeira testemunha da Ressurreição de Jesus.

Que, no dia de hoje, a exemplo de Maria Madalena – e com ela – digamos: “Eu vi o Senhor!”

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