DIA 11 SÁBADO -Jo 3,22-30
João Batista afirmava sua satisfação por
Jesus ter se manifestado e afirmava:é necessário que Ele cresça e eu diminua.
Através destes relatos percebemos que
João Batista não apenas tinha sido escolhido para anunciar a vinda de Jesus,
onde o Reino de Deus seria estabelecido, como também ele verdadeiramente cria e
fazia-se notória sua posição referente ao novo tempo de Deus que estava para
vir sobre a terra por intermédio de Jesus.
Algum tempo depois, João Batista foi
preso (Lc 3:20) e uma mudança repentina aconteceu em relação a sua convicção de
que Jesus era o Filho de Deus. Percebemos isto pois “quando João ouviu, no
cárcere, falar das obras de Cristo, mandou por seus discípulos perguntar-lhe:
És tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro? Alguma coisa que
João Batista ouviu sobre as obras de Jesus causou-lhe dúvidas em seu coração
com respeito a verdadeira identidade de Jesus.
Depois dos discípulos de João terem ido
até Jesus com este questionamento, Jesus falou sobre esta questão dizendo:
“Pois veio João, que não comia nem
bebia, e dizem: Tem demônio! Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizem:
Eis aí um glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores! Mas a
sabedoria é justificada por suas obras.” (Mt 11:18-19)
João Batista veio com uma mensagem forte
de arrependimento e separação deste mundo, enquanto Jesus se misturou com o
povo e vivia com pecadores anunciando e manifestando o evangelho do Reino.
João Batista tinha um padrão mental de
comportamento que colidiu frontalmente com aquilo que Jesus fazia. Sem dúvida
nenhuma, quando João Batista ouviu sobre como Jesus vivia, isto lhe causou um
desconforto e gerou-lhe dúvidas no coração uma vez que a forma de Jesus atuar
era completamente diferente do padrão de João Batista.
Apesar de João Batista crer firmemente e
anunciar a vinda de Jesus, ele não conseguiu entender o novo paradigma que
Jesus havia estabelecido e chegou a duvidar que Jesus era o Filho de Deus. Foi
ele quem anunciou Jesus, mas praticamente não participou deste novo tempo, pois
não conseguiu se alinhar com aqueles novos conceitos trazidos por Jesus.
Quantos estão esperando ansiosamente por
este novo tempo que está por vir, mas não o experimentarão, porque será muito
diferente daquilo que estão vivendo hoje e não conseguirão transicionar para as
coisas desta nova unção. O tempo chegará e eles não experimentarão.
Quem não estiver disposto a mudar e
entrar num modelo completamente bíblico, deixando de lado tradições e costumes
religiosos e eclesiásticos, imaginando que não é necessário mudar para
experimentar o grande avivamento dos últimos tempos, verá ele acontecer ao seu
redor, mas não participará dele.
Os seguidores do Precursor, que ficaram
fora da comunidade cristã, consideravam-no como a luz, mais do que como
lâmpada, ou verdadeiramente como o Messias; criavam disputas sobre os ritos de
purificação, perguntando-se qual seria o mais eficaz para retirar os pecados,
ao ponto de lamentar-se pelos sucessos obtidos por Jesus. As afirmações de João
Batista a respeito de si mesmo e nos confrontos com Cristo são, por um lado, o
reflexo desse clima de tensão e, por outro, a reafirmação do juízo que o
movimento batista deveria fazer sobre as relações entre os dois mestres.
Para o quarto evangelista, João não é o
último dos profetas, o Precursor ou Elias, mas a testemunha que fala, mais do
que grita, porque viu. Ele revela a natureza e a dignidade de Jesus, que gosta
de fazer-se conhecer através daqueles que o experimentaram. Assim
transfigurado, João Batista passa a fazer parte dos testemunhos que defendem
Jesus contra o mundo, como o Pai, a Escritura, as obras, o Espírito. Ele
testemunha no sentido messiânico da própria pessoa e do batismo que confere. E
o faz diante da autoridade de Jerusalém e de um grupo mais consistente,
representante do povo de Israel: diante destes reconhece o Messias que recebe a
plenitude do Espírito e leva dois discípulos a segui-lo. A afirmação sobre si
mesmo em três respostas cada vez mais breves e incisivas é, na realidade, uma
afirmação sobre Cristo. João não é o Messias, não é Elias, que uma tradição
popular mantinha ainda vivo, pronto para aparecer no momento oportuno, não é o
grande profeta de quem falara Moisés (Deuteronômio 18,18). Ele é simplesmente a
voz que foi enviada para preparar os corações para a vinda de Jesus, em relação
ao verdadeiro Messias ainda oculto ele é como um servo.
Lembra-te sempre que a Humildade e
simplicidade são o segredo da felicidade! Pois para João Batista à medida que
Jesus Crescia e sua fama se espalhava por todos os lugares, deu-se conta de que
sua missão estava sendo cumprida e era fundamental ir sedendo lugar ao
esposo:Assim também o que está acontecendo com Jesus me faz ficar completamente
alegre que Ele cresça e eu diminua. Aprendamos com ele a virtude da humildade e
da simplicidade para que sejamos felizes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário