DIA 6 SEGUNDA -Mt 4,12-17.23-35
Jesus inicia a sua missão fazendo um
apelo e convite ao mesmo tempo à conversão, passando pelas ruas dos nossos
bairros, nossas cidades, nos estados, províncias e países. Assim como nas
regiões descritas deste Evangelho, Suas palavras continuam a ressoar não só no
mundo, mas em cada coração humano, pois sua Palavra é verdade eterna:
“Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo”.
Este convite à conversão constitui a
conclusão vital do anúncio feito pelos apóstolos depois de Pentecostes. Nele, o
objeto do anúncio fica totalmente explícito: já não é genericamente o “Reino”,
mas sim a obra mesma de Jesus, integrada no plano divino predito pelos
profetas. Ao anúncio do que teve lugar com o Jesus Cristo morto, ressuscitado e
vivo na glória do Pai, segue-lhe o premente convite à “conversão”, a que está
ligada o perdão dos pecados.
Tudo isto aparece claramente no discurso
que Pedro pronuncia no pórtico de Salomão: “Deus deu cumprimento deste modo ao
que tinha anunciado por boca de todos os profetas: que seu Cristo padeceria.
Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que vossos pecados sejam apagados”
(At 3,18-19). Este perdão dos pecados, no Antigo Testamento, foi prometido por
Deus no contexto da “Nova Aliança”, que Ele estabelecerá com seu povo (cf. Jr 31,31-34).
Deus escreverá a Lei no coração. Nesta
perspectiva, a conversão é um requisito da aliança definitiva com Deus e ao
mesmo tempo uma atitude permanente daquele que, acolhendo as palavras do
anúncio evangélico, passa a formar parte do Reino de Deus em seu dinamismo
histórico e escatológico.
Os destinatários da mensagem de Jesus
são todos os que se abrem à Palavra, para escutá-la com sinceridade, e alcançam
a paz, a salvação e a vida. Ele continua a revelar-se para nossa humanidade,
quando fazemos o esforço necessário para nossa conversão.
Após receber o batismo de João, Jesus
inicia uma nova fase em sua vida. Deixa a sua cidade de origem, Nazaré, onde
morava com sua família, e vai morar em Cafarnaum, às margens do mar da
Galileia.
Jesus percorre a Galileia, onde se
encontravam gentios e judeus. O grande número de doentes e enfermos era a
expressão das precárias condições de vida do povo oprimido, com o qual Jesus se
relacionava e comungava. A Ele acorrem, também, as multidões provenientes das
regiões exclusivamente gentílicas, vizinhas da Galileia. Fica bem em evidência
o caráter universal do anúncio de Jesus, visando à libertação de toda opressão
e ao favorecimento da vida.
A vinda de Cristo exige uma contínua
conversão, um mudar de caminho.
É a partir de cada um de nós que começa
o mundo novo. É a partir do coração novo de cada um, que o mundo poderá ter um
novo coração!
Deixemos, pois, que Ele aja em nossa
vida para que tenhamos Vida e Vida em plenitude.
Padre Bantu Mendonça
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