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domingo, 29 de dezembro de 2013

Precisamos nos deixar purificar pelo Espírito Santo - Padre Fernando Santamaria


DIA 10 SEXTA Lc 5,12-16


Jesus é a manifestação do Homem Novo, rico em compaixão. No Mistério de Cristo, a Epifania (manifestação) foi constante, pois, a todo momento, com palavras, atos, atitudes e silêncio, Ele revelou o Reino de Deus que manifesta o amor capaz de instruir, alimentar, curar e libertar o ser humano em todo o tempo e lugar.
Proponho, hoje, a meditação do Evangelho da liturgia de Lc 5, 12-16, no qual tentaremos perceber esta Misericórdia Divina em meio às misérias humanas, que são tantas e de tantas formas.
Na Boa Nova, a Epifania cristológica tem espaço de participação para todos, mesmo para os mais desprezados e incompreendidos do seu tempo, como era o caso dos leprosos. Pessoas vítimas de variadas doenças de pele, para além da lepra e que eram condenadas ao ostracismo religioso e social, ou seja, tinham que se excluir de um “normal” convívio humano. Tanta gente hoje, devido aos males, como do alcoolismo e das drogas, acabam experimentando coisas semelhantes, isto por reação dos outros ou como atitude dos próprios.
Mas voltemo-nos ao texto evangélico para percebermos a fé ousada daquele que se manifestou, como mais do que vítima ou culpado de uma fatalidade: «Estando Jesus numa das cidades, apareceu um homem coberto de lepra. Ao ver Jesus, ele caiu com o rosto em terra e suplicou-lhe: Senhor, se queres, tens o poder de purificar-me”» (Lc 5, 12). Uma atitude de reconhecimento da Pessoa e Missão de Cristo que não foi tomada por todos aqueles que se aproximavam fisicamente de Jesus, pois, infelizmente, eram sem fé.
Muitos, com certeza, consideravam aquele homem “castigado” por Deus, até o próprio Cristo seria alvo desta visão estreita do relacionamento do Senhor com o sofrimento humano, isto, no Calvário, no auge de sua teofania salvífica: «A outros ele salvou. Salve-se a si mesmo, se, de fato, é o Cristo de Deus, o Eleito!» (Lc 23, 35). Mas quantas vezes o sofrimento humano é tanto, que a própria pessoa se pergunta: “O que eu fiz para merecer tamanha desgraça?”.
Voltemo-nos novamente para o Evangelho e contemplemos o que Jesus fez perante aquele crente sofredor: «Estendendo a mão, Jesus tocou nele e disse: “Quero, sejas purificado”. E imediatamente a lepra desapareceu» (v. 13). Primeiramente, o Senhor não se afastou do homem gravemente enfermo. Em seguida, aproximou-se a ponto de tocá-lo. Para as normas religiosas do Seu tempo, o contato físico com um leproso significava estar contaminado… Assim, Jesus revela que o amor de Deus vai além de uma rígida norma do puro e impuro.
Para Jesus, o encontro com aquele doente, com fé, permitiu a manifestação do poder de Deus e assim poderá sempre acontecer, como ensina a sã doutrina católica: «Só a fé pode aderir aos caminhos misteriosos da onipotência de Deus. Esta fé gloria-se nas suas fraquezas para atrair a si e o poder de Cristo (cf. 2Cor 12,9; Fl 4, 13)» (CIC 273). Isto não significa que o Senhor curou nem curará todas as doenças de todos os tempos, e ninguém pode exigir-lhe isto! Mas, sem dúvida, podemos todos esperar, com fé, que sejamos cada vez mais purificados de toda e qualquer relação, ou antirrelação com o Deus Vivo e Verdadeiro: «Quero, sejas purificado» (Lc 5, 13).
Neste novo ano – e Ano da Fé – precisamos nos deixar purificar, pelo Poderoso Espírito Santo, de toda visão e lepra de ignorância quanto a presença e ação de Deus no mistério do sofrimento que possa nos atingir ou tocar as pessoas à nossa volta ou até distantes de nós.
Ora, nós estamos distantes dos que mais sofrem… E, às vezes, o que sabemos nos vem de boca à boca ou pelos meios de comunicação, mas, muitas vezes, fragmentado, quando não distorcido. Mas Jesus Cristo, revelação plena da presença e compaixão divina, não sabe “por escutar”, mas por viver conosco e em cada sofredor. D’Ele não vem mal algum, mas, com certeza, a graça necessária para que tudo concorra para o nosso bem e dos outros.
A Palavra de Deus é que nos garante: «Sabemos que tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu desígnio» (Rm 8, 28). Sem esta certeza fica difícil evangelizar!

Padre Fernando Santamaria – Comunidade Canção Nova

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