18 DE DEZEMBRO -
A
OBRA DO ESPÍRITO SANTO
A perícope evangélica da concepção virginal de Jesus tem sido
objeto de controvérsia. As interpretações são desencontradas tanto por
desconhecermos elementos fundamentais para compreendê-la, o que não acontecia
com as comunidades primitivas, quanto por projetarmos nossos preconceitos sobre
o texto bíblico.
O Evangelho detém-se na soleira do mistério insondável de
Deus, numa atitude de respeito e reverência, sem se importar com especulações
de caráter anatômico ou fisiológico. Só lhe interessam os elementos teológico-espirituais
deste dado da fé da Igreja.
Jesus não entra na História como resultado do esforço humano
de construir a própria salvação. Ele tem sua origem em Deus, em quem toda a sua
existência está alicerçada.
Sua origem evoca o relato da criação, no Gênesis, onde tudo
existe pela vontade soberana de Deus. Jesus, e com ele a salvação da
humanidade, é a derradeira obra divina.
Jesus é o dom de Deus a ser acolhido pela humanidade.
Torna-se, portanto, inútil qualquer esforço humano de construir a salvação
pelas próprias mãos. O ser humano só pode salvar-se por obra de Deus. Qualquer
outro caminho estará fadado ao fracasso.
A referência ao Espírito Santo aponta para um tipo de ação
inefável e misteriosa de Deus em relação à mãe do Messias. O mesmo Espírito
Santo, instrumento da ação divina desde os primórdios da Criação, fez-se também
presente quando do nascimento do Messias Jesus. A esta força divina é que se
deve sua presença no mundo.
Oração
Pai, ajuda-me a contemplar sua ação maravilhosa em relação à
concepção de teu Filho Jesus. Que eu reconheça nela tua oferta gratuita de
salvação para toda a humanidade.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório –
Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica).
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