Dia 1º de janeiro de 2014
Jesus, o Príncipe
da paz, veio ao mundo para proporcionar a paz a humanidade. Em primeiro lugar,
é importante entender, que para haver paz na sociedade, é indispensável que
haja a paz individual, a paz interior, a paz de cada homem, de cada mulher
consigo mesmo. E esta paz é
conseguida com a consciência pura, limpa e livre de qualquer pecado, ou seja,
só teremos a paz interior quando estamos na amizade com Deus e com o irmão,
portanto , quando com a consciência tranqüila. E isso só acontece quando
praticamos os dois mandamentos: Quando amamos
a Deus e ao próximo como a nós mesmo.
A paz armada
daquele que carrega uma arma consigo para obrigar a todos a não perturbar a sua
paz, não é uma paz verdadeira. A paz
armada é uma "paz" tensa, estressante, inquieta, e de vida
curta. Pois é como estar sentado em cima
de um paiol de pólvora, rodeado de
pessoas caminhando com fogo nas mãos.
Por isso, a chamada paz armada é um prenúncio da guerra. Pois há
qualquer momento tudo pode explodir!
Essa é a paz que o
mundo de hoje nos oferece! Tiroteios,
explosões de caixas eletrônicos, podem acontecer a qualquer momento.
Infelizmente não existe mais nenhum lugar no mundo onde poderíamos encontrar a
paz.
E qual a causa, ou
as causas dessa inquietude, desse desassossego?
Em primeiro lugar,
é a falta de Deus nas mentes dos homens e mulheres. O ser humano atual
descartou a aproximação dom o Criador, e escolheu viver por seus próprios
recursos, e quando isso não funciona, ou não dá certo, recorrem ao uso ou
emprego das armas para obrigar os seus oponentes a lhes deixar em
"paz", lhes deixar a fazer o quem bem quiserem, sem nenhum
limite! Seguir a Deus significa observar
limites. E isso é contra a filosofia de vida de muitos dos homens atuais.
Em segundo lugar,
com a explosão demográfica, com o acasalamento sem limite dos jovens, com a
política de apoio à natalidade fora da família, e por causa da nossa fraca
catequese a qual não está sendo eficiente na conversão da juventude, temos
muito mais gente no mundo e menos comida, temos mais pessoas e menos dinheiro para comprar o que os
comerciais da TV nos manda comprar. De
um lado temos uma propaganda contínua que nos incentiva, nos obriga a comprar
muitas coisas. Do outro lado, temos salários vergonhosos de menos de mil reais.
Como uma jovem, um jovem poderá sustentar uma família, ou seja, como pode
sustentar a companheira mais filhos do prazer, se ganha um salário desses? Mas
o jovem tem de se sujeitar a trabalhar por uma pequena e insignificante remuneração, caso contrário ficará
desempregado, e presa fácil do comércio de drogas. Ele não quer entrar nesse mundo! Mas ele precisa de dinheiro rápido e fácil.
Sendo que nem todos têm a coragem de roubar.
Sem dinheiro, sem
Deus e se limites, a juventude não tem
alternativa. E a culpa é da nossa
catequese fraca que não sai dos limites paroquiais, para não dizer, que não vai
além das paredes da paróquia.
Essa é, portanto a
causa geradora da guerra urbana e também rural, em que estamos vivendo. Parece
que agora só nos resta rezar muito para que o mal na se espalhe de forma tão
rápida.
A
Igreja celebra hoje também a festa de Maria Mãe de Deus. É a solenidade da Santa
mãe de Deus. Maria foi aquela escolhida
que aceitou colaborar com o projeto do Pai de enviar ao mundo o seu
Filho, o Salvador. Maria foi aquela que
se prontificou a nos oferecer a salvação por meio de Jesus, o nosso Salvador.
Maria sendo mãe de Jesus que é o próprio Deus encarnado, ela é a mãe de Deus. E
se Maria é mãe de Jesus, o Filho de Deus e
o nosso irmão, pois também somos filhos de Deus, logo Maria também é
nossa mãe.
Maria é, portanto,
a mãe de todos os que aceitam o projeto do Pai.
O Evangelho de hoje nos mostra o casal
José e Maria, recebendo feliz a visita dos pastores, meditando em suas mentes tudo
o que disseram ou foi anunciado sobre o
Messias. Por outro lado, a reação dos pastores é uma atitude de ação de graças
e de testemunho, em que eles glorificam e louvam a Deus, porque está sendo
cumprido tudo o que foi anunciado pelos
profetas.
Conclusão: Que Deus nos ajude a sermos instrumentos de sua paz, e
que reconheçamos Maria mãe de Deus e nossa mãe, como intercessora dos nossos
clamores enquanto estivermos penando neste vale de lágrimas! Amém.
José Salviano.
Amém!
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