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terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Natal-A Palavra se fez homem e habitou entre nós-Claretianos

Quarta-feira, 25 de dezembro de 2013
Natal de N. Sr. Jesus Cristo
Santos do Dia:Anastácia de Roma (virgem e mártir), Eugênia de Roma (virgem, mártir, filha de São Filipe, também mártir), Pedro, o Venerável (abade de Cluny).
Primeira Leitura: Is 52,7-10
Verão os confins da terra a vitoria de nosso Deus.
Salmo responsorial: Salmo 97
Os confins da terra contemplaram a vitoria de nosso Deus.
Segunda Leitura: Hb 1,1-6
Deus nos falou pelo seu Filho
Evangelho: Jo 1,1-18
A Palavra se fez homem e habitou entre nós.
Hoje celebramos a festa do nascimento de Jesus de Nazaré, porém na realidade, nesta festa há muitos componentes de gêneros muito diversos e não seria bom tratá-los todos como dimensões teológicas racionalmente interpretáveis. Há também elementos culturais, sociais, históricos, afetivos.... Esta mistura torna desaconselhável lançar mão de uma só lupa ou um único critério teológico racional. Talvez seja esta uma festa em que é preciso deixar de lado essa perspectiva teológico-racional e e assumir o papel da criança e celebrar com a ingenuidade que todos temos dentro de nós.
A leitura de Isaias é um canto de louvor pela libertação próxima de Jerusalém. Duas imagens marcam a leitura: uma é a dos mensageiros que dos montes de Judá trazem a notícia da libertação próxima e gritam: Javé reina! A segunda imagem é a dos sentinelas que prorrompem em júbilo porque veem o retorno de Javé a Sião e exclamam alegres como o Senhor consolou seu povo e resgatou Jerusalém. É que no contexto em que foi escrito o livro de Isaias, a maioria do grupo de Israel se encontra exilado na Babilônia, são escravos dos Assírios.
Contudo, vê em como muito positivo o fato de que Dario assuma o poder, pois o povo coloca nele sua esperança de libertação, pois ele será o “resgatador”, que permitirá o retorno do povo à terra. Esta realidade é iminente, por isso o escritor canta já a alegria do retorno à terra. Para nós hoje, esses pés do mensageiro anunciam o nascimento do Senhor, e nós, como os sentinelas, proclamamos alegres a presença do salvador que se faz vida no meio de nós.
O salmo responsorial corresponde a um hino de alegria, dirigido a Javé porque realizou maravilhas e porque revelou a justiça às nações, recordando-se da lealdade de Deus a Israel. O salmista convida toda a criação (mar, rios e montes) a aclamar Javé que chega para julgar o mundo com justiça e os povos com equidade. Esta felicidade pode ser compartilhada com o salmista quando recebemos Jesus que chega e nasce. É o Deus mesmo que se converte em Boa Noticia, anuncio de salvação para todos os povos, que assume nossa condição humana e por isso estamos alegres e cantamos cheios de júbilo e esperança.
A carta aos hebreus reforça ainda mais a alegria desta celebração do Natal do Senhor Jesus. Expressa que “muitas vezes e de muitas maneiras falou Deus no passado a nossos pais por meio dos profetas, porém nestes últimos tempos nos falou por meio de seu Filho a quem instituiu herdeiro de tudo. Irmãos, estamos nos últimos tempos, pois a revelação chegou à sua plenitude em Jesus Cristo. Ele é a imagem de Deus invisível, quem o vê, vê o Pai; pois assumiu a condição humana e ao nascer em um estábulo, como um homem pobre; Deus manifestou solidariedade para com todos os  homens da terra e por meio de Jesus mostrou o caminho da salvação.
A liturgia de hoje, a da missa do dia, mais solene, proclama o prólogo do evangelho de João. Um texto bem solene e muito especial. Faríamos mal lê-lo como qualquer outro dos relatos evangélicos de Natal, em torno do nascimento de Jesus, como os evangelhos da infância. O texto de João pode ter sido escrito anos mais tarde, o último entre os textos evangélicos canônicos hoje conhecidos, em torno do ano 100 d.C. Não podemos entender esse texto como um relato “descritivo” transmitindo a informação sobre “como aconteceram as coisas”, ou uma informação transmitida a João evangelista por revelação direta. Hoje a ciência bíblica enfoca este texto com outra luz, conhece melhor sua natureza e sabe que se trata de outra coisa.
Em todo caso, é um texto chave, um dos poucos textos dos quais se pode dizer que foram simplesmente decisivos para a configuração concreta do desenvolvimento do cristianismo. Muitos opinam que, falando de uma maneira quase literária, foi Paulo o criador do cristianismo, mais que os evangelhos sinóticos, por exemplo. Outra opinião também comum é a de quem fundou o cristianismo tenha sido João, ao fundamentar com esta visão fantástica, genial que catapultou a reflexão sobre Jesus à sua dimensão máxima. Para além dos motivos para considerar este texto importante ou não, a dimensão de encarnação, a divinização, são como uma coluna vertebral do cristianismo, e uma das marcas registradas de sua espiritualidade e de seu compromisso histórico.
Na dimensão concreta da historicidade já sabemos: não temos nenhuma noticia histórica da data do nascimento de Jesus. O dia 25 de dezembro foi tomado da festa romana do nascimento do deus Sol, pois a partir desse dia – hoje sabemos que não exatamente – começa a aumentar o tempo de insolação (no hemisfério norte, obviamente); o sol superava seu período anterior invernal, de morte e diminuição. Se chamamos Jesus de “Sol da Justiça”, que melhor data para marcar seu nascimento que o dia do nascimento do Sol astronômico, que no mundo romano era considerado divino.
Pode ser interessante examinar a letra de alguns dos cantos tradicionais mais comuns. Pode-se observar que em muitos casos sua letra é teologicamente pobre e insustentável. “Porém, funciona”, isto é: no sentimento religioso, a racionalidade tem pouco a dizer. O religioso é pluridimensional; é também afetivo, estético, furtivo, contemplativo... e sim, também intelectual e racional. Porém hoje, Natal, quem manda é o Menino Jesus e o menino que carregamos dentro de cada um de nós. Podemos nos sentir totalmente livres.

Oração: Ó Deus, Pai nosso, que em Jesus nos deste tua Palavra, feita carne e sangue, força e ternura, morte e ressurreição; nós te pedimos que nos dês a força necessária para seguir seus passos pelo caminho que ele traçou para chegar a ti, abraçando em nosso caminhar para ti, a todos os irmãos e irmãs. Por Jesus Cristo, nosso Senhor.

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