SÁBADO - 21 de Dezembro de 2013 - Evangelho
- Lc 1,39-45
Estamos cada vez mais próximos da Festa
do Natal. Deixemo-nos iluminar pela luz de Deus e por sua Palavra, pois é ela
que nos sustenta e inspira-nos sempre. Por isso, o povo de Sião canta de
alegria e se rejubila. Isabel compreendeu que Deus fazia comunhão com o povo
pobre e esquecido e entendeu por isso a saudação de Maria.
Alegremo-nos
profundamente. Nada de tristeza, porque Deus está conosco. Ele é o Emanuel que
sempre está no nosso meio.
As
narrativas sobre a infância de Jesus deixam perceber a sua origem humilde, em
uma casa pobre em Nazaré, longe de Jerusalém e de qualquer outra grande cidade
onde se concentram as elites privilegiadas. Por outro lado, no Evangelho de
Lucas, os paralelos feitos entre João Batista e Jesus, desde suas origens, são
elaborados de maneira a destacar a primazia deste em relação a João Batista. Na
época em que Lucas escreveu, o movimento dos discípulos de João Batista era
expressivo e se mantinha à parte do movimento dos discípulos de Jesus. Com este
destaque dado a Jesus, procurava-se trazer os discípulos de João para as
comunidades cristãs.
Na narrativa
de hoje, vemos o encontro de duas mulheres: Maria, esposa de um operário de
Nazaré, na Galiléia; e Isabel, esposa de um sacerdote do templo de Jerusalém.
Contudo, o critério de “status” social é esvaziado. É a jovem e pobre mulher da
Galiléia que é bendita entre as mulheres, trazendo em seu ventre o Senhor,
comunicador do Espírito Santo.
Duas mães de
idades diferentes encontram-se em um único hino de louvor a Deus. Para Maria, o
motivo do encontro é o desejo natural de comunicar o grande acontecimento que
ela conhece, prestar auxílio a quem está em necessidade e reconhecer o sinal
dado pelo Senhor através de Isabel, inserindo-se, assim, no grande plano de
Deus.
Maria
compreende e age. Sua adesão à vontade de Deus e sua obediência não traduzem
preguiça e dificuldade, mas sim alegria e decisão.
Quem segue
Deus e está cheio de Seu espírito caminha de coração alegre, de ânimo aberto,
mesmo por estradas fatigantes. Maria nos ensina isso nesta sua viagem em
direção à região montanhosa onde Isabel vivia.
Ela entra em
casa e, logo que saúda Isabel, fica cheia do Espírito Santo. Imediatamente,
dois mistérios acontecem: Deus entra no “cronos” e transforma-o em Kairós. A
maternidade de Maria é o mistério de sua grandeza pessoal pela fé, na força e
no poder da Palavra de Deus. A fé em Maria contrapõe-se à nossa incredulidade.
Deste modo, no início do aparecimento da salvação, mostra-se a fé como uma
adesão à Palavra que anima e dá fé, chama e beneficia, gera e cria uma nova
vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário