14-05-2017
Jo 14,1-12
A fama de Jesus é comparada com a de João Batista
O Evangelho narra a denúncia que João Batista fez ao rei
Herodes, por viver com Herodíades, a esposa do seu irmão Filipe. E narra a
conseqüência desse seu profetismo, que foi o martírio.
Naquele tempo, o povo imitava o rei. O que o rei fazia, isso era o
certo. E alguns reis se julgavam quase como deuses, passando por cima da Lei de
Deus e dos princípios morais. “A lei sou eu”, disse uma vez um rei.
Herodes se ajuntou com a cunhada, desprezando a Lei de Deus sobre a
família, e não estava nem aí. A vida continuou normal no palácio e no reino,
sem ninguém abrir a boca, de medo. Medo principalmente de Herodíades que era
inteligente, perspicaz, cruel e dominadora do amante.
Mas felizmente havia no seu reino um profeta corajoso, que era João
Batista. Foi até ele e disse: “Não te é permitido tê-la como esposa”.
Não foi bem Herodes, mas a sua amante Herodíades que se vingou. E
João Batista tornou-se um mártir da família.
Nós somos convidados a imitar João Batista, como profetas e
profetizas. Pois o profeta não só anuncia o caminho de Deus, mas também
denuncia as situações contrárias. E ele não pode ser teórico, tem de colocar os
pingos nos “is” e dar nomes aos bois. E se atingir algum poderoso ou poderosa,
o que fazer? O profeta e a profetiza falam sempre a verdade, doa a quem doer.
O pecado do sexo degrada a pessoa e gera outros pecados. Veja o
caso de Davi com Betsabéia, narrado em 2Sm 11-12.
Logo após o Evangelho de hoje, S. Mateus narra a multiplicação dos
pães. São os dois banquetes, tão comuns na sociedade, o da vida e o da morte.
Os banquetes da morte são palcos de conspirações contra aqueles que promovem a
vida. A justiça do mundo nunca é objetiva e muito menos isenta. Ela vive
condenando inocentes, apresentando “crimes” inventados para ocultar os
verdadeiros motivos. Que bom seria se houvessem muitos João Batistas na nossa
sociedade!
Aqueles que pretendem implantar no mundo um sistema de morte, antes
querem apagar a Luz, que é Jesus e seus enviados. “Nele estava a vida, e a vida
era a luz dos homens. E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram
dominá-la” (Jo 1,4-5).
O mundo continua não suportando a Luz, que é Jesus, porque vive nas
trevas da mentira, da ganância, da corrupção e do pecado. Nós cristãos até
aprendemos a “fechar um olho”, porque temos medo de perder cargos,
oportunidades, a vida. Como João Batista faz falta!
Certa vez, havia um circo numa cidade, e este circo pegou fogo. Foi
terrível. Era à tardezinha, e o palhaço já estava com o rosto pintado e a
maquiagem pronta para o espetáculo.
Como a equipe não conseguia apagar o fogo, o palhaço saiu pelas
ruas gritando, desesperado, pedindo ajuda para apagar o fogo.
Mas as pessoas, ao vê-lo, em vez de atender ao seu apelo, davam
risada, pensando que era mais uma palhaçada dele.
Assim, não houve jeito. Em pouco tempo o circo se transformou em um
montão de cinzas.
O nosso comportamento influi fortemente no peso das nossas palavras
e do nosso testemunho. Se uma pessoa não dá bom exemplo de vida, quando fala de
Jesus Cristo, não convence muito. Que sejamos profetas autênticos, como foi
João Batista.
Maria Santíssima, imaculada, exerceu um profetismo completo. Por
isso é a Rainha dos profetas. Que ela nos ajude!
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