23-05-2017
Jo 16,5-11
Bom dia!
Reparemos nas reflexões da semana que dia após dia, caminhamos para
celebrar pentecostes novamente.
O paráclito é anunciado por Jesus como consolo e edificador da fé
dos cristãos. É Ele que virá, mas era preciso que Jesus fosse. O projeto de
redenção humana inicia com a entrega, morte e ressurreição de Jesus e culmina
com o cumprimento da promessa na grande efusão apresentada a Maria e os
apóstolos.
É preciso lembrar que numa das aparições de Jesus a seus amigos Ele
oferta, em conjunto com a paz, o próprio Espírito Santo. Esse primeiro contato
com o consolador talvez tenha passado despercebido, pois vinha talvez
apresentar primeiramente a eles a realidade que viviam, abrindo seus olhos para
o projeto salvífico de Deus.
“(…) Disse-lhes outra vez: A paz esteja convosco! Como o Pai me
enviou, assim também eu vos envio a vós. Depois dessas palavras, soprou sobre
eles dizendo-lhes: Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os
pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão
retidos“. (João 20, 21-23)
Em um segundo momento, fechados em um cenáculo, temerosos e
tristes, acontece a manifestação visível do que parecia improvável. Os sinais
relatados no dia de pentecostes assustavam as pessoas, pois conheciam as
limitações humanas de cada um que estava ali escondido. Era impossível
acreditar que aquilo acontecia com pessoas simples, do povo e não no templo em
meio aos doutores da lei.
Talvez seja essa a dinâmica da presença do Espírito Santo em nossas
vidas. Talvez Ele, após conhecermos Jesus em seu primeiro contado deseje nos
abrir os olhos, nos revelar a verdade, apresentar a realidade do mundo e
apresentar uma nova proposta. “(…) Quando o Auxiliador vier, ele convencerá as
pessoas do mundo de que elas têm uma idéia errada a respeito do pecado e do que
é direito e justo e também do julgamento de Deus“.
É talvez então nessa hora, de olhos abertos, mesmo que ainda
descrentes, em meio a tantos críticos, céticos, descrentes, (…) que Ele movido
pela misericórdia divina se manifesta e age.
Mas quem é esse povo que ainda hoje acredita nesse mover do
Espírito? Aqueles que já reconhecem e valorizam o primeiro contato com Ele.
São aqueles que movidos por algo surpreendente renovam a esperança
de querer continuar; aqueles que conseguem ver sem máscaras o mundo que criamos
cheios de quereres, egoísmo, ataques, desamor; aqueles que reprovam o pecado,
mas conseguem enxergar com docilidade a figura frágil do pecador; aqueles que
insistem em rezar por seus algozes; são aqueles que são felizes.
Hoje, e de forma crescente, as pessoas perdem um pouco a noção do
que é errado. Trapacear, levar vantagem, “ser esperto” são ensinados cada vez
mais cedo as crianças. “Colar” era uma exceção ao aluno que não estudava ou não
entendia, agora é valorizado como regra para poder “sair da escola”.
Precisamos voltar a nos abrir ao primeiro encontro com o Espírito
Santo. Talvez ele passe novamente despercebido, mas deixará pelo menos a paz.
Quem sabe nadar pode dizer bem qual é diferença de se nadar de
olhos abertos e fechados. Que apesar do local tão agradável e convidativo, só
se consegue ir para o outro lado de olhos abertos.
Deixemos o Doce Espírito nos abrir os olhos e nossos corações. Se
abra ao encontro!
Um Imenso abraço fraterno
Eu todos os dias faço a leitura do dia e complemento com os comentários dessa equipe para complementar meus ensinamento e por em prática muito obrigado, que o Senhor Deus continue derramando benção a todos na Paz de Cristo, Jair Ferreira.
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