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sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Jesus não era credenciado...-Diac. José da Cruz

SEGUNDA FEIRA DA 3ª SEMANA DO ADVENTO 14/12/2015
1ª LEITURA NÚMEROS 24, 2-7. 15 – 17ª
SALMO 24(25) “Ensinai-me as vossas veredas”
EVANGELHO MATEUS 21,23-27

                                                     Jesus não era credenciado...
A Aristocracia sacerdotal do Judaísmo via a cada dia que passava o prestígio de Jesus crescer a olhos vistos em meio do povo. Jesus não era de Casta Sacerdotal, e não tinha nada em sua pessoa ou história, que o credenciasse a ensinar e a pregar ao povo. Em uma linguagem bem de hoje, não era credenciado, não tinha patente, não tinha autorização dos detentores do poder religioso, para fazer pregação.
A pergunta foi bem essa “Quem te autorizou a pregar e ensinar, com que direito exerces essa função que pertence aos Mestres e Doutores de Israel”. Se quisermos comparar a situação de Jesus, a uma de nossas comunidades, ele era um simples leigo, não exercia nenhum ministério, nem ordenado e nem leigo, não coordenava nada e era um simples participante da assembleia. Porém, quando abria a boca para ensinar e pregar, encantava a todos. Se fosse hoje, alguém iria dizer, “Prega melhor que o Padre”.
Certamente esses “buchichos” corriam á solta no meio do povão, e logo os detentores do poder religioso resolveram acabar com a festa. Jesus não responde á questão, antes, porém, coloca uma condição para respondê-la. E assim, propõe uma questão ainda mais difícil para seus interlocutores. “De onde vinha o Batismo de João, do céu ou dos homens” Em palavras mais simples, vinha de Deus ou das Instituições?
Em uma linguagem cabocla, ficaram no “mato sem cachorro”, sem saída. Qualquer resposta iriam dar-se mal. Eles próprios concluíram. E assim, confessaram a própria ignorância, quando responderam que não sabiam, o que era inconcebível, já que os sabichões sabiam tudo e sempre tinham uma resposta para qualquer questão de ordem religiosa.
Não tendo eles dado uma resposta, não poderiam exigir nada de Jesus e este ficou desobrigado de responder, com que autoridade fazia todas aquelas coisas, que deixavam o povo fascinado com sábias e eloquentes palavras, revelando uma sabedoria incomum, e que nenhum Doutor da Lei ou Mestre em Israel havia ainda demonstrado.
Nós cristãos do mundo contemporâneo, somos constantemente questionados enquanto Igreja, por nosso posicionamento diante de certas questões da Pós- modernidade.Quando se trata da Vida e da Dignidade do Ser humano, Jesus é a autoridade máxima. Nosso testemunho terá de ser sempre firme e resoluto, pois o que pensamos e o que fazemos ou falamos, tem que estar sempre fundamentado em Cristo Jesus em quem professamos com firmeza e fidelidade a nossa Fé. Devemos sempre, em qualquer ambiente ou situação, falar e agir em nome Dele e de ninguém mais.


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