18- Sexta - Evangelho
- Mt 1,18-24
Bom
dia!
Uma
amiga minha diz que Deus usa dos anjos para nos nortear, mas nossa vida diária
e os fatos que já nos aconteceram nela, principalmente nas relações sociais que
temos e tivemos, fazem a gente duvidar constantemente. É o tal do pé atrás!
Deus
quer algo de mim e de você! Tenha certeza disso!
Assim
como o anúncio do nascimento de Jesus foi uma surpresa para Maria e José, o de
João Batista também foi. Zacarias já tinha seus anos avançados, tinha o
respeito da comunidade, seus preceitos e suas crenças. Não é surpresa alguém
com tamanha experiência não acreditar no que dizia aquele anjo. Temos convívios
com pessoas e elas metem. É normal do ser humano duvidar.
Benjamin
Franklin dizia que “a tragédia da vida é que nos tornamos velhos cedo demais e
sábios tarde demais.”. Se fossemos sábios, ou aceitássemos a sabedoria mais
cedo não ficaríamos mudos aos olhos do mundo como Zacarias ficou. Padre Jonas
diz em uma música que “tarde te encontrei” como reconhecimento que deveria ter
começado mais cedo seu trabalho com a plena vitalidade da juventude.
(…)
e meu coração alegrou-se nela. Meus pés andaram por caminho reto: desde a minha
juventude tenho procurado encontrá-la. (Eclesiástico 51,20)
Como
citei acima, em virtude de nossas relações sociais criamos “pés atrás” quanto a
muitas coisas, sendo assim podemos dizer que somos, de certa forma, produto do
meio que estamos ou fomos inseridos. Esse meio tem muita influencia inclusive
sobre como enfrentamos os problemas mais corriqueiros como os mais difíceis.
O
povo esperava a muito tempo pela vinda do messias tão prometido e a opressão
imposta pelos conquistadores ao longo dos anos, nesse caso os romanos,
facilitava uma cultura de descrença coletiva. Esse dia então chega com o
anúncio da vinda daquele que aplainaria os caminhos do messias.
Um
sacerdote ancião, inserido num povo amedrontado, oprimido e de fé fragilizada
recebe a noticia que sua esposa estéril daria a luz a um filho. Muitos porém
podem questionar a falta de fé de Zacarias, mas e a nossa fé como anda? Coisas
e fatos bem mais simples deixam ou deixaram de acontecer, pois não passam ou
passaram pela nossa razão.
Quantos
anjos Deus pôs em nossas vidas e também, por medo ou descrença, duvidamos?
A
mulher que era estéril que dá a luz é um fato extraordinário provocado pela mão
de Deus, aí poderíamos nos perguntar: Deus fez isso para provar seu poder,
provando assim para o descrente Zacarias que podia fazê-lo? Não! Alguma vez já
se perguntou da fé de Isabel?
Zacarias
era sim um homem bom e honesto, mas como qualquer pessoa vacilou por um
instante. Recordo José, que precisou ser alertado em sonho que tudo aquilo que
Maria dizia era verdade. O mundo nos ensina a sermos descrentes e a forma que
nos relacionamos neste mundo nos faz credenciam como capazes ou não.
Se
não temos sucesso profissional e financeiro temos mania de dizer que não somos
tão bons como aqueles que têm. Se minhas decisões me levaram a ter dívidas
impagáveis ou que impeçam meu crescimento, não são frutos da minha suposta
falta de inteligência, mas talvez da minha capacidade de não crer que poderia
fazer.
Por
mais que o meio que nos cerca nos ofereça motivos para desacreditar, preciso
vencer o mau prognóstico, às vezes até oriundo dos nossos familiares, é
continuar acreditando, pois nossa capacidade vem de Deus.
“(…)
É por Cristo que temos tal confiança perante Deus. Por nós mesmos, não somos
capazes de pôr a nosso crédito qualquer coisa como vinda de nós; A NOSSA CAPACIDADE
VEM DE DEUS…“. (II Coríntios 3, 4-5)
Se
entendermos e acreditarmos que tudo é possível e nossa capacidade vai além de
nossa fé, faremos o impossível.
Por
fim reflita:
“Devemos
navegar algumas vezes a favor do vento e outras contra ele – mas temos de navegar
sempre, e não nos deixar levar pelo vento, nem jogar a âncora”. Oliver W.
Holmes
Um
imenso abraço fraterno.
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