4º DOMINGO DO ADVENTO 20/12/2015
1ª LEITURA MIQUÉIAS 5, 1-4
SALMO 79/80 “Restaurai-nos, ó Senhor; mostrai-nos serena a vossa
face e seremos salvos”
2ª LEITURA HEBEREUS 10, 5-10
EVANGELHO LUCAS 1, 39-45
“Na Esperança
dos Pobres, Deus mesmo está presente”
Há algo que passa quase despercebido nessa liturgia, a primeira
leitura faz uma referência á pequenina Belém, de onde surgirá o Messias, na
profecia de Miquéias. O texto não exalta o grande Rei Davi com sua força e seu
grande poder durante o seu reinado, mas foca em primeiro lugar aquilo que ele era
em Belém, antes de ser ungido: um simples Pastor, o versículo 3 confirma isso
quando afirma que “Ele não recuará, apascentará com a Força do Senhor...em um
segundo momento diz também...com a majestade de do nome do Senhor.Mas a ação
primeira mencionada pelo Profeta é o verbo apascentar...
Era essa a verdadeira função de um Rei, apascentar seu povo,
conduzi-lo, dar-lhe toda segurança, guiá-lo por caminhos e situações seguras, e
defendê-lo diante dos perigos. No último parágrafo da primeira leitura, o
profeta fala que ele, o Messias, estenderá o seu poder até os confins da terra,
e ele mesmo será a Paz.Aqui a palavra Poder, não é aquele que manda e domina (
desses o nosso povo já está por aqui), mas sim a possibilidade de fazer o bem
ao seu povo.
É nessa mesma linha de Davi que virá o Messias, o Rei Davi andou
exagerando ao ocupar o trono, andou metendo
os pés pelas mãos, esquecendo-se da função primeira de um Rei, que era a
de proteger e defender o seu povo, igual nossos governantes de hoje....
Isabel olha para Maria, e iluminada pelo Espírito Santo percebe
nela a presença desse Rei Messias, que como Davi tinha origem humilde em Belém,
alguém de origem Divina, que iria atender todos os anseios de Vida e Liberdade
do seu povo. Está agora explicado por que João Batista deu uma pirueta no
ventre de Isabel, ali estava o Resgatador, o Redentor, o Libertador, o Deus dos
pobres e pequenos, presente na Esperança e na Fé de Maria Santíssima. A
Saudação inicial de Maria é uma bela oração e se resume no desejo a Isabel do
“Shalon da Paz”.
Na celebração, quando saudamos os irmãos e irmãs, não se trata de
um mero cumprimento aos mais amigos e conhecidos, mas de uma invocação, para
que o Cristo da Paz esteja habitando o mais profundo do outro, e quando isso de
fato ocorre, a saudação nos alegra e ajuda a aumentar o sonho e a esperança do
Reino que Jesus semeou....Lembrando sempre que o lugar preferido de Deus,
manifestado em Jesus, é no coração e na vida dos mais simples e pobres, como
Davi, Pastor de Belém, e como Maria, aquela que se fez Serva de Deus e do seu
povo....(IV Domingo do Advento – Lucas 1, 39-45)
Reflexão inspirada pelo Espírito Santo. Maravilhosa,, divina! Me ajudou em muito a preparar a reflexão para o culto comunitártio. Parabéns! Feliz Natal!
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