18 de Abril de 2015-Evangelho - Jo 6,16-21
Depois de
Jesus ter alimentado, milagrosamente, o povo que estava como “ovelha sem pastor”,
manda Seus discípulos navegarem de volta a Genesaré, enquanto Ele despedia as
multidões.
Após isso,
o Senhor subiu o monte, a sós, para orar. Era uma situação difícil. Ele tinha
que se fortalecer mediante a oração para agir sabiamente conforme a vontade do
Pai. No crepúsculo do monte, Jesus viu os discípulos ao longe remando,
vigorosamente, na escuridão, pois enfrentavam um forte vento contrário.
Em altas
horas da madrugada, Seus discípulos O viram andando sobre a água, em vias de
ultrapassar o seu barco. Assustados, pensaram que fosse um fantasma. E
gritaram, com medo. Nunca haviam visto um fantasma, mas um homem de verdade não
podia andar sobre a água assim! Assustados, ficam sem rumo a tomar. Quantas
vezes também passamos por “tempestades” nesta vida e, com perplexidade, lutamos
para vencer os problemas que nos parecem insolúveis.
Não devemos nos desesperar, porque
sabemos que nosso Salvador sabe da nossa situação e virá nos socorrer a tempo.
Saiba que o Senhor não se divertiu com a aflição dos discípulos, mas,
imediatamente, os tranquilizou:“Coragem!
Sou eu. Não tenham medo”. Pedro se animou tanto – ao vê-Lo andando sobre
a água assim – que pediu permissão para fazer o mesmo e ir até Ele.
Aqui vemos
a fé de Pedro: estava disposto a fazer uma coisa que era naturalmente
impossível, mesmo arriscando sua própria vida naquelas águas perigosas,
convicto de que o Senhor Jesus lhe daria o amparo necessário se Ele assim
quisesse! A fé é provada pelas obras.
O Senhor disse a Pedro,
simplesmente: “Venha!”. O apóstolo desceu do barco e andou sobre
a água para ir ter com o Mestre. Não ficou na intenção, mas demonstrou a
legitimidade da sua fé. Nossa fé é, muitas vezes, forte na teoria, mas fraca na
prática. Sejamos como Pedro, obedecendo às ordens do Senhor: notem que ele
pediu que o Senhor o mandasse ir, ele não foi por conta própria. O Senhor
aproveitou a ocasião para nos dar uma lição. Pedro estava andando sobre a água,
confiante no poder de Cristo para sustê-lo. “Mas, quando reparou no vento, ficou com medo
e, começando a afundar, gritou: ‘Senhor, salva-me!'”
Pedro
sentiu o poder do vento e teve medo, porque começou a duvidar. Sabia que ele
próprio não tinha condições para andar na água, duvidou do poder do Senhor e,
em consequência, começou a afundar.
A lição é
que, quando o Senhor nos chama para Si, podemos estar certos de que Ele é
poderoso para afastar todos os obstáculos do caminho. Deixemos todo embaraço e
pecado, que tão de perto nos rodeia, e corramos, com fé e paciência, a carreira
que nos está proposta, olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual –
pelo gozo que Lhe estava proposto – suportou a cruz, desprezando a afronta para
que todos nós fôssemos salvos pela Sua Morte e Ressurreição.
Pedro não procurou nadar – o que
parece que ele sabia fazer -, mas, sabiamente, recorreu logo ao Senhor Jesus.
Não foi preciso uma oração comprida, cheia de lindos termos de linguística e
citações bíblicas, senão ele teria se afogado antes mesmo de terminar; mas
curta, objetiva, para a pessoa certa: “Senhor, salva-me!”
No momento
mais difícil da sua vida, com grande fé, este deve ser o seu grito: “Salva-me,
Senhor!”
Padre Bantu Mendonça
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