10 de Abril - Sexta - Evangelho
- Jo 21,1-14
Bom
dia!
Talvez
em vida Jesus não causasse tanto “alvoroço” no dia-a-dia dos apóstolos como
depois que ressuscitou. Suas palavras, seus gestos, seus milagres cativavam
durante três anos até mesmo os mais duros e sisudos como Pedro, mas cada
aparição que acontecia após o sepulcro eram celebradas e vivenciadas com mais
energia e amor.
Vamos
analisar alguns fatos interessantes:
1)
Pedro lança-se na água. “(…) Quando Simão Pedro ouviu dizer que era o Senhor,
vestiu a capa, pois havia tirado a roupa, e se jogou na água”.
Não
foi a primeira vez que esse apóstolo se lançou na água. Relembremos o dia que
os discípulos, ao atravessarem o mar da Galiléia, foram surpreendidos pela
tempestade e seus ventos e viram Jesus andar sobre as águas e Pedro também o
quis fazer. Da primeira vez queria talvez ver acontecer o milagre em si
próprio, talvez uma auto-afirmação que tudo que estava vivendo era real,
palpável, (…). Desta vez, não importa mais o milagre e sim a presença. Após
perdê-lo, o que ele mais queria era ficar perto.
Nós
deveríamos ser mais assim: Não presos ao milagre e sim a presença Dele.
2)
Jesus já esta com a fogueira acesa e assando os peixes: “(…) Quando saíram do
barco, viram ali uma pequena fogueira, com alguns peixes em cima das brasas”.
Ao
saltar na água, apenas a procura da presença de Jesus, Pedro esquece do que
esta fazendo. Ele não se importa com que esta no barco, apenas se veste. Zelota
e muito respeitoso, não gostaria de estar na presença do seu senhor sem
sentir-se apresentável. Dessa vez não pediu para andar sobre os poucos cem
metros que o separavam da margem e de seu senhor.
Na
caminhada também deveríamos enxergar assim: Na presença de Jesus apenas se
preocupar em estar apresentável, ou seja, com o coração livre, sem pensar no
que deixou ou no que acontece.
Uma
pergunta: Onde estamos na hora da missa?
Parece
redundante a pergunta, mas não é! Quantos de nós às vezes esta com o corpo
sentado no banco da igreja, mas a cabeça esta longe, preocupado com o dia de
amanhã, com as contas a serem pagas? É preciso acreditar que ao se lançar no
mar da fé despreocupado encontraremos Jesus já antecipando o banquete.
Quantas
vezes um problema rondou nossos pensamentos, mas a fé foi tão superior a
vontade de ver o milagre, que sem mesmo perceber, tudo já caminhava para a
resolução?
“(…)
E Deus, que vê o que está dentro do coração, sabe qual é o pensamento do
Espírito. Porque o Espírito pede em favor do povo de Deus e pede de acordo com
a vontade de Deus. Pois sabemos que todas as coisas trabalham juntas para o bem
daqueles que amam a Deus, daqueles a quem ele chamou de acordo com o seu
plano”. (Romanos 8, 27-28)
Na
próxima vez que for rezar, pule no mar da fé sem reservas! E quanto ao próximo
encontro, aguarde-o com muita alegria.
Um
imenso abraço fraterno.
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