SEXTA FEIRA DA 3ª SEMANA DA
QUARESMA 13/03/2015
1ª Leitura Oséias 14, 2-10
Salmo 80/81, 9 a 11 “Escuta, ó
povo, a minha advertência: Sou eu, o Senhor, teu Deus.”
Evangelho Marcos 12, 28b - 34
" Um Escriba Fiel..."
Nem todos os Escribas, Fariseus e
Doutores da Lei eram cabeças duras e não aceitavam os ensinamentos de Jesus,
alguns tinham o coração mais aberto e nutriam pelo Mestre grande admiração e
carinho. Assim, não se pode generalizar, em todas as classes e categorias de
pessoas há as sensatas e as insensatas, os que crêem e os que são indiferentes,
os que buscam algo novo e vislumbram isso em Deus, e os que se prendem
simplesmente a matéria, rejeitando qualquer experiência mística.
O escriba que hoje Marcos apresenta
no evangelho é alguém bem intencionado, embora a pergunta seja um tanto
capciosa. A Lei de Moisés tinha 613 mandamentos, sendo 365 negativos e 248
positivos, que eram as obrigações de um Israelita. Entre os 613 qual era o
primeiro em termos de importância, é o que quer saber aquele Homem das
Letras...
Jesus não revoga 611 mandamentos,
ao contrário, de forma magistral apresenta uma belíssima síntese de todo
conteúdo Mosaico. "Ouve, Israel, o Senhor, Nosso Deus, é o único Senhor:
amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o
teu Espírito e de todas as tuas forças. Eis aqui o segundo: Amarás o teu
próximo como a ti mesmo. Outro mandamento maior que este não existe.
O Escriba não só concorda com a
afirmativa de Jesus, como vai repeti-la e fazer uma hermenêutica: se estes dois
mandamentos não forem praticados, inútil será diante de Deus qualquer
sacrifício ou holocausto! Por esta razão Jesus vai dizer a ele "Não estás
longe do Reino de Deus".
Ficamos longe do Reino de Deus,
quando deturpamos os ensinamentos do evangelho a nosso bel prazer, ficamos
longe do Reino de Deus quando fazemos uma interpretação equivocada sobre a Lei
do amor, imaginando que são dois amores ou duas formas de amar, em momentos
diferentes e circunstâncias diferentes. Ficamos longe do Reino de Deus quando
pensamos que nossas práticas piedosas e nossas celebrações são manifestações do
nosso amor a Deus, achando que isso é mais que suficiente.
Enfim, ficamos longe de Deus quando
deixamos de amar o próximo, mas nos iludimos com nossa prática religiosa,
achando que estamos amando a Deus. Quando assim agimos, som os mentirosos e
enganadores, segundo São João! Quanto mais perto do próximo, mais perto de Deus
e do seu Reino. (Diácono José da Cruz – Paróquia Nossa Senhora Consolata –
Votorantim SP – E-mail cruzsm@uol.com.br)
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