13 de Março - Sexta - Evangelho
- Mc 12,28b-34
Bom
dia!
Certa
vez Jesus disse que o problema não é oque entra pela boca, mas sim o que sai
dela, mas, em meu pensamento, estendo esse entendimento às nossas ações: Não
importam as horas depositadas em preces ou o tempo aplicado em louvores se não
consigo transformar as minhas palavras em ações. Tais ações revelam “pra fora”
o quanto a mensagem me muda por dentro.
“(…)
Este povo somente me honra com os lábios; seu coração, porém, está longe de
mim. Vão é o culto que me prestam, porque ensinam preceitos que só vêm dos
homens (Is 29,13). Depois, reuniu os assistentes e disse-lhes: Ouvi e
compreendei. Não é aquilo que entra pela boca que mancha o homem, mas aquilo
que sai dele. Eis o que mancha o homem”. (Mateus 15, 8-11)
Mas
que esse prefácio tem haver com o evangelho de hoje? Releia
“(…)
Devemos amar a Deus com todo o nosso coração, com toda a nossa mente e com
todas as nossas forças e também DEVEMOS AMAR OS OUTROS como amamos a nós
mesmos. Pois é melhor obedecer a estes dois mandamentos DO QUE TRAZER ANIMAIS
PARA SEREM QUEIMADOS NO ALTAR E OFERECER OUTROS SACRIFÍCIOS a Deus”.
Quem
prega a Palavra, consegue segui-la fora da igreja ou pelo menos se esforçar
para isso? Aquele (a) que conduz louvores a Deus na comunidade consegue ser o
mesmo no trabalho, na faculdade, na escola, em meio aos amigos? O servo, o
catequista, o ministro, o padre (…) se esforçam “com todo o coração, com toda a
alma, com toda a mente e com todas as forças” para implantar o reino de Deus em
sua vida?
Veja
a reflexão proposta pela CNBB em seu site:
“(…)
Muitas pessoas acham que para serem salvas, é suficiente cumprir todas as suas
obrigações de ordem religiosa como a participação nas celebrações e atos
devocionais. O escriba do Evangelho de hoje afirma que amar a Deus e ao próximo
é melhor do que as práticas religiosas, no caso os holocaustos e os
sacrifícios, e Jesus confirma isso ao afirmar que ele não está longe do reino
de Deus. A NOSSA VIDA RELIGIOSA SÓ TEM SENTIDO ENQUANTO É UM REFLEXO DO AMOR
VIVIDO CONCRETAMENTE, OU SEJA, ENQUANTO É MANIFESTAÇÃO DA NOSSA SOLIDARIEDADE.
Caso contrário, a religião se reduz a práticas mágicas, bruxarias, rituais
vazios, que nada acrescentam a ninguém e não nos aproxima de Deus”
A
quaresma é um tempo propício para essas reflexões. Sei que são fortes, mas
devemos fazê-las. Não dá mais pra ver a quaresma como apenas a retirada de um
alimento de minha vida se de fato o que deve sair não nos esforçamos
verdadeiramente em retirá-lo?
Nossa
fala deve acompanhar nossa mudança! Não da pra ter uma um linda oratória, mas
por dentro ainda ser “pão bolorento”.
Devemos
nos esforçar ainda mais em busca do amor e só assim conseguir abandonar o
rancor, a raiva, a inveja, a preguiça, o ódio, a intolerância, o preconceito,
(…). Creio eu que todo aquele que de fato se esforçar em busca da mudança será
recompensado com o paraíso, pois creio eu, que para os que se empenham, ele não
esta longe “(…) Jesus viu que o mestre da Lei tinha respondido com sabedoria e
disse: – VOCÊ NÃO ESTÁ LONGE DO REINO DE DEUS”.
Um
imenso abraço fraterno!
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