11 de Março - Quarta - Evangelho
- Mt 5,17-19
Bom
dia!
O
povo, por longo período de anos, não teve a preocupação de documentar ou
guardar sua história em manuscritos ou outra forma concreta de arquivo ao não
ser o que era passado de boca a boca, de pai para filho. Apenas após a passagem
de Josias e Esdras, ouve uma preocupação em se compilar as tradições judaicas,
mas mesmo tendo sua história e normas guardadas no que chamaram de TORAH, a
tradição cultural continuava sendo passada de pessoa a pessoa.
Muitas
leis eram locais ou de interpretação conforme a localidade, realidade e
situação do povo, é o que popularmente chamamos de “cada caso tem um caso”. Por
vezes, as leis eram mais culturais do que escritas por Deus. Jesus aparece e
mostra que a lei continua correta, mas propõe que haja um NORTE na sua
interpretação, para que ela não fosse tendenciosa e usada de forma a oprimir,
ao invés de libertar e corrigir o seu povo. “(…) Não pensem que eu vim para
acabar com a Lei de Moisés ou com os ensinamentos dos Profetas. Não vim para
acabar com eles, MAS PARA DAR O SEU SENTIDO COMPLETO”.
Esse
sentido completo esta na presença de Jesus no meio deles. Se buscarmos a
passagem que diz que a fé sem obras é morta, Deus nos ensina e demonstra
através da vinda de Jesus que Ele é um Deus que vai além dos ensinamentos ou
das tábuas da lei, Ele é presente e sua presença é que torna completa a lei
“(…)
Pois, qual é a grande nação cujos deuses lhe são tão próximos como o Senhor
nosso Deus, sempre que o invocamos? E que nação haverá tão grande que tenha
leis e decretos tão justos, como esta lei que hoje vos ponho diante dos olhos?
Mas toma cuidado! Procura com grande zelo não te esqueceres de tudo o que viste
com os próprios olhos, e nada deixes escapar do teu coração por todos os dias
de tua vida (Deuteronômio 4, 7-9a)
A
presença de Deus é que torna nossa pregação forte e ungida; Sua presença é que
dará sucesso às nossas obras inclusive em nossas pastorais. Não conseguirei
tocar o coração de ninguém com palavras lindas se não forem inspiradas por Deus
e aí que esta o grande diferencial do cristão e aquele que decora a passagem.
Deus
não habita no coração demagogo e prepotente e tão pouco naquele que usa da
palavra para promoção pessoal e receber “tapinhas nas costas”; Deus fica
ofuscado quando tentamos “aparecer” mais que sua presença ou quando fazemos a
superprodução esquecendo-nos da humildade que ainda encanta… Baseando-se nesse
meu breve argumento, será que é correto usar Deus nos discursos políticos ou na
justificação dos nossos erros?
Quantas
pessoas conhecemos que sua cristandade não vai além do belo discurso?
Uma
ação, uma mensagem, uma palavra se não tem a essência de Deus, não convence,
não exorta, não corrige, não alimenta… Qualquer ação cristã precisa ter sentido
completo. Se vamos trabalhar pra Deus, que seja mergulhando de cabeça; se vamos
falar em Seu nome, que seja de toda alma, de todo coração e com todas as nossas
forças.
Nosso
Deus é muito próximo. Tudo o que fazemos em Seu nome e por Ele, será abençoado.
Um
imenso abraço fraterno!
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