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quinta-feira, 5 de março de 2015

A tradição cultural-Alexandre Soledade

11 de Março - Quarta - Evangelho - Mt 5,17-19

Bom dia!
O povo, por longo período de anos, não teve a preocupação de documentar ou guardar sua história em manuscritos ou outra forma concreta de arquivo ao não ser o que era passado de boca a boca, de pai para filho. Apenas após a passagem de Josias e Esdras, ouve uma preocupação em se compilar as tradições judaicas, mas mesmo tendo sua história e normas guardadas no que chamaram de TORAH, a tradição cultural continuava sendo passada de pessoa a pessoa.
Muitas leis eram locais ou de interpretação conforme a localidade, realidade e situação do povo, é o que popularmente chamamos de “cada caso tem um caso”. Por vezes, as leis eram mais culturais do que escritas por Deus. Jesus aparece e mostra que a lei continua correta, mas propõe que haja um NORTE na sua interpretação, para que ela não fosse tendenciosa e usada de forma a oprimir, ao invés de libertar e corrigir o seu povo. “(…) Não pensem que eu vim para acabar com a Lei de Moisés ou com os ensinamentos dos Profetas. Não vim para acabar com eles, MAS PARA DAR O SEU SENTIDO COMPLETO”.
Esse sentido completo esta na presença de Jesus no meio deles. Se buscarmos a passagem que diz que a fé sem obras é morta, Deus nos ensina e demonstra através da vinda de Jesus que Ele é um Deus que vai além dos ensinamentos ou das tábuas da lei, Ele é presente e sua presença é que torna completa a lei
“(…) Pois, qual é a grande nação cujos deuses lhe são tão próximos como o Senhor nosso Deus, sempre que o invocamos? E que nação haverá tão grande que tenha leis e decretos tão justos, como esta lei que hoje vos ponho diante dos olhos? Mas toma cuidado! Procura com grande zelo não te esqueceres de tudo o que viste com os próprios olhos, e nada deixes escapar do teu coração por todos os dias de tua vida (Deuteronômio 4, 7-9a)
A presença de Deus é que torna nossa pregação forte e ungida; Sua presença é que dará sucesso às nossas obras inclusive em nossas pastorais. Não conseguirei tocar o coração de ninguém com palavras lindas se não forem inspiradas por Deus e aí que esta o grande diferencial do cristão e aquele que decora a passagem.
Deus não habita no coração demagogo e prepotente e tão pouco naquele que usa da palavra para promoção pessoal e receber “tapinhas nas costas”; Deus fica ofuscado quando tentamos “aparecer” mais que sua presença ou quando fazemos a superprodução esquecendo-nos da humildade que ainda encanta… Baseando-se nesse meu breve argumento, será que é correto usar Deus nos discursos políticos ou na justificação dos nossos erros?
Quantas pessoas conhecemos que sua cristandade não vai além do belo discurso?
Uma ação, uma mensagem, uma palavra se não tem a essência de Deus, não convence, não exorta, não corrige, não alimenta… Qualquer ação cristã precisa ter sentido completo. Se vamos trabalhar pra Deus, que seja mergulhando de cabeça; se vamos falar em Seu nome, que seja de toda alma, de todo coração e com todas as nossas forças.
Nosso Deus é muito próximo. Tudo o que fazemos em Seu nome e por Ele, será abençoado.
Um imenso abraço fraterno!



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