15 de Dezembro- Segunda - Evangelho - Mt 21,23-27
AMEAÇADOS
PELO MESSIAS
Os sumos sacerdotes e anciãos do
povo, que se aproximaram de Jesus para inquirir com que autoridade ele agia,
pertenciam à facção dos saduceus. Este partido era, em sua maioria, formado
pela elite religiosa e civil de Jerusalém, privilegiada pelo sistema excludente
que se implantara em Israel. Para garantir seus privilégios, os saduceus
contavam com o apoio dos romanos que dominavam toda a Palestina. Sua concepção
religiosa conservadora levava-os a rejeitar qualquer mudança, por significar
perigo para eles.
A popularidade de Jesus deixava-os
incomodados. Temiam que este liderasse uma revolta para usurpar-lhes o poder.
Temiam, igualmente, uma reação dos romanos diante de uma rebelião popular.
Temiam, enfim, pelos destinos da religião entregue nas mãos de um revolucionário.
Por isso, julgaram por bem verificar quais seriam as reais intenções de Jesus.
Importava-lhes saber que espécie
de autoridade ele se atribuía a si mesmo, como se identificava: como messias
religioso, guerrilheiro político, ativista social, e qual seria a origem do
poder que se autoconferia. No fundo, queriam saber se Jesus era, de fato, um
concorrente deles, ou alguém inofensivo.
Como os antigos profetas, o Mestre
não tinha respaldo de instituição alguma. Sua atuação decorria da consciência de
ter sido enviado diretamente por Deus, fonte de sua autoridade. Mas, como
convencer disto os seus adversários?
Oração
Pai, tira de mim toda e qualquer
suspeita sobre teu Filho Jesus, cuja autoridade vem de ti e está sempre a
serviço de teu Reino.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório –
Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE).
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