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segunda-feira, 7 de julho de 2014

Um projeto esperançoso!-Fr. José Luís Queimado, CSsR

15 de julho-Terça-Evangelho - Mt 11,20-24
Um projeto esperançoso!
Corazim, Betsaida e Cafarnaum. Três pequenas cidades (ou vilarejos) à época de Jesus, mas todas confirmadas pelos estudos científicos de nossa época (Arqueologia). Por que, será, a indignação de Jesus com essas cidades? Sem falar que Jesus também lamenta a situação de Jerusalém, que, no tempo dos evangelistas, já havia sido atacada ou destruída (Mt 23, 37 e Lc 13, 34).
Ele sofre pelo endurecimento dos corações daquele povo. Jesus andava pelas vilas e cidades pregando a palavra de Deus, nas sinagogas. Mas muitos ainda não haviam aceitado a Boa-Nova que ele trazia. Era muita mudança, era muito radical!
Não podemos afirmar que os judeus não aceitaram Jesus e a sua mensagem, pois os primeiros discípulos eram genuínos judeus; a multidão que o seguia era judaica; Maria e José eram judeus; e, é claro, Jesus era um bom judeu. São João usa o nome de “judeus” para rivalizar com Jesus porque a realidade em que escreve o seu Evangelho é bem diferente da realidade em que o Mestre viveu!
De Betsaida, vieram André e Pedro (Jo 1, 44) e Filipe (Jo 12, 21). Cafarnaum foi a morada de Jesus (Mc 9, 33; Mt 4, 13), onde ele passou a maior parte de seu tempo, pregando, curando e ensinando àquela população. Corazim, citada quatro vezes no Evangelho de Mateus e Lucas, também parece ter sido lugar de grade apreço para o Mestre. São todas cidades do norte: da “rústica” Galileia, queridas por Jesus.
Jesus ama essas cidades e esse povo sofrido, que corre atrás de milagres e de comida. E isso aflige o coração de Jesus, pois eles não entendiam que o Amor de Deus era algo imensamente maior àquelas futilidades passageiras. Mas é claro que o povo não tinha culpa. Muitas vezes, pensamos conosco mesmos: “Se eu tivesse vivido na época de Jesus, eu seria muito mais feliz, pois jamais teria rejeitado a sua pessoa!”. É aí que nos enganamos! A cultura e a tradição são realidades muito fortes em nossas vidas. Por exemplo: chega um louco à comunidade na qual você participa, e diz que é Deus, e que vai mudar a sua vida se você o seguir, você o seguirá pensando ser ele o verdadeiro Deus? Exatamente! E por que as pessoas na época de Jesus deixariam a sua religião e cultura para seguir um galileu pobre e fazedor de milagres?
Jesus desafiou a confiança humana. Deus quis se revelar plenamente, mas não quis se impor para as pessoas. Ele esperava um ato de fé, uma escolha livre e incondicional pelo seu Amor e pelo seu Reino de Redenção. Por isso, não nos assustemos quando ouvirmos essas duras palavras escritas acima, pois Jesus sabia que seria incompreendido por muitos.
No entanto, outros poucos aceitaram essa loucura! Isso nos mostra que o projeto não era totalmente um absurdo, mas era esperançoso! Jesus chora pelas cidades que não o acolheram, mas também se alegra pelo pequeno grupo que foi capaz de professar o seu ato de fé!
Hoje, podemos dizer: ai de vós, São Paulo; ai de vós, Rio de Janeiro; ai de vós, Salvador; ai de vós, Belo Horizonte; ai de vós, Fortaleza; ai de vós, Curitiba; ai de vós, Brasília; ai de vós, Porto Alegre etc. Porque o amor quis muito habitar nas suas gigantescas pilhas de prédios, mas vocês não quiseram abrir as portas para ele entrar. Por outro lado, alguns de seus habitantes tiveram essa coragem. Por isso, louvemos a Deus por esses poucos, que não deixam a chama que flameja se apagar por completo! Por sorte humana, Deus-Amor ainda habita os esconderijos dessas cidades!
Fr. José Luís Queimado, CSsR    (jlqueimado@ig.com.br)
 

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