DIA 13 QUINTA - Evangelho - Mc 7,24-30
Os cachorrinhos, debaixo da mesa, comem
as migalhas que as crianças deixam cair.
Este Evangelho narra a cena de uma mulher pagã que pede a Jesus a cura de sua filha. De início, Jesus recusa, dizendo que foi enviado primeiro para o povo de Israel. E ele fala uma frase que, à primeira vista, parece dura, mas era um dito popular: “Não está certo tirar o pão dos filhos e jogá-lo aos cachorrinhos”.
Entretanto, a mulher não se deixa vencer, e tem uma saída criativa. Ela responde na hora: “Os cachorrinhos, debaixo da mesa, comem as migalhas que as crianças deixam cair”. Jesus fica comovido e atende o pedido dela.
Ter fé é vencer os obstáculos, venham de onde vierem, até da parte do Enviado de Deus, como foi o caso. Exemplos de obstáculos que podem se chocar com a nossa fé: Aparente recusa de Deus em nos atender, como o caso de uma doença, que a pessoa pede para Deus curar e a doença até piora, ou perduras durante anos; um vício que a pessoa já tentou vencer e não conseguiu; uma tentação forte, diante da qual a pessoa se sente pequenina e impotente; alguma dificuldade de relacionamento em casa ou no trabalho, em que, quanto mais a pessoa se esforça, parece que ainda piora...
Jó (Cf seu livro na Bíblia) é um grande exemplo para nós nesse ponto. Exemplo de persistência.
A nossa fé não fica parada. Ela é como uma planta: ou cresce ou morre. E ela cresce na direção da fidelidade, isto é, da fé que ultrapassa os obstáculos.
Aquela mulher era pagã, isto é, não pertencia à descendência de Abraão, que era o povo eleito, com o qual Deus fez a primeira Aliança. Entretanto, ela tinha uma fé correta e bonita.
Pagãos para nós são os não batizados. É uma situação cuja superação é aberta a todos e é facílima: basta receber o batismo. Para os judeus do tempo de Jesus, ser pagão era um estigma indelével, uma barreira intransponível, pois dependia da raça, o que ninguém consegue mudar. Mas aquela primeira Aliança era provisória. Tinha o objetivo de preparar a vinda do Messias. Com a chegada de Jesus, ela foi abolida e passou a valer a nova e eterna Aliança, com todos os homens e mulheres do mundo, Aliança que é baseada não mais em raça, mas na fé em Jesus Cristo. Como disse S. Paulo: “Não há mais judeu nem grego, escravo ou livre, todos vós sois um em Cristo”.
Entretanto, apesar de o povo de Israel ter sido infiel à sua Aliança com Deus, Deus foi fiel. Mesmo depois que a Aliança foi superada, Jesus inicialmente deu preferência ao povo de Israel. Mas Jesus sempre acolhia bem os pagãos que o procuravam. Inclusive, várias vezes elogiou a fé deles, como a do centurião romano: “Nunca encontrei tamanha fé em Israel”.
A mensagem principal deste encontro de Jesus com a mulher nascida na Fenícia é a força que tem a oração perseverante e feita com fé. Ela é a nossa força; é mais forte que as estruturas, até religiosas. Pela oração, nós somos capazes de “transportar montanhas”, como disse Jesus. Contra tudo e contra todos, continuar pedindo a Deus as coisas, com fé, mesmo que dê a impressão de que até Deus virou as costas para nós. E argumentar com Deus, como fez a mulher: “Os cachorrinhos, debaixo da mesa, comem as migalhas que as crianças deixam cair”.
A mesma mensagem vemos em algumas parábolas de Jesus: a da viúva pedindo para o juiz a solução do seu caso judicial, a do vizinho que altas horas da noite batia na porta do outro, pedindo pães para a visita que acabara de chegar a sua casa; o que estava deitado certamente falou para a esposa: “Vamos lá atendê-lo, senão ninguém dorme nesta casa”.
Dizem que o Pe. Vítor Coelho, quando era criança, foi mandado embora do Seminário Santo Afonso, em Aparecida, por traquinagens. Mas ele se sentou do lado de fora, na escada da portaria do seminário, e ali ficou com a sua malinha. De dó, o diretor voltou atrás. Dó e também para ficar livre do constrangimento. Já pensou tomar refeição, ou rezar na capela, com um menino lá fora querendo entrar?
Deus pede para fazermos a mesma coisa com ele. Ele nos atenderá, mesmo que tenha de mudar as suas Leis e os seus planos. A oração é uma porta aberta ao infinito. Ela não tem fronteiras.
A cena das Bodas de Caná foi parecida com esta do Evangelho de hoje. Nas duas, Jesus atende ao pedido, apesar de ainda não ter chegado a sua hora, por causa da fé de quem pede, fé transformada em persistência. Nos dois casos, Jesus inicialmente é um pouco ríspida, justamente para testar a fé. E as duas mulheres, Maria e esta, vencem com nota dez!
Peçamos a Maria Santíssima: “Ensina teu povo a rezar, Maria Mãe de Jesus, que um dia teu povo desperta e na certa vai ver a luz!”
Os cachorrinhos, debaixo da mesa, comem as migalhas que as crianças deixam cair.
Este Evangelho narra a cena de uma mulher pagã que pede a Jesus a cura de sua filha. De início, Jesus recusa, dizendo que foi enviado primeiro para o povo de Israel. E ele fala uma frase que, à primeira vista, parece dura, mas era um dito popular: “Não está certo tirar o pão dos filhos e jogá-lo aos cachorrinhos”.
Entretanto, a mulher não se deixa vencer, e tem uma saída criativa. Ela responde na hora: “Os cachorrinhos, debaixo da mesa, comem as migalhas que as crianças deixam cair”. Jesus fica comovido e atende o pedido dela.
Ter fé é vencer os obstáculos, venham de onde vierem, até da parte do Enviado de Deus, como foi o caso. Exemplos de obstáculos que podem se chocar com a nossa fé: Aparente recusa de Deus em nos atender, como o caso de uma doença, que a pessoa pede para Deus curar e a doença até piora, ou perduras durante anos; um vício que a pessoa já tentou vencer e não conseguiu; uma tentação forte, diante da qual a pessoa se sente pequenina e impotente; alguma dificuldade de relacionamento em casa ou no trabalho, em que, quanto mais a pessoa se esforça, parece que ainda piora...
Jó (Cf seu livro na Bíblia) é um grande exemplo para nós nesse ponto. Exemplo de persistência.
A nossa fé não fica parada. Ela é como uma planta: ou cresce ou morre. E ela cresce na direção da fidelidade, isto é, da fé que ultrapassa os obstáculos.
Aquela mulher era pagã, isto é, não pertencia à descendência de Abraão, que era o povo eleito, com o qual Deus fez a primeira Aliança. Entretanto, ela tinha uma fé correta e bonita.
Pagãos para nós são os não batizados. É uma situação cuja superação é aberta a todos e é facílima: basta receber o batismo. Para os judeus do tempo de Jesus, ser pagão era um estigma indelével, uma barreira intransponível, pois dependia da raça, o que ninguém consegue mudar. Mas aquela primeira Aliança era provisória. Tinha o objetivo de preparar a vinda do Messias. Com a chegada de Jesus, ela foi abolida e passou a valer a nova e eterna Aliança, com todos os homens e mulheres do mundo, Aliança que é baseada não mais em raça, mas na fé em Jesus Cristo. Como disse S. Paulo: “Não há mais judeu nem grego, escravo ou livre, todos vós sois um em Cristo”.
Entretanto, apesar de o povo de Israel ter sido infiel à sua Aliança com Deus, Deus foi fiel. Mesmo depois que a Aliança foi superada, Jesus inicialmente deu preferência ao povo de Israel. Mas Jesus sempre acolhia bem os pagãos que o procuravam. Inclusive, várias vezes elogiou a fé deles, como a do centurião romano: “Nunca encontrei tamanha fé em Israel”.
A mensagem principal deste encontro de Jesus com a mulher nascida na Fenícia é a força que tem a oração perseverante e feita com fé. Ela é a nossa força; é mais forte que as estruturas, até religiosas. Pela oração, nós somos capazes de “transportar montanhas”, como disse Jesus. Contra tudo e contra todos, continuar pedindo a Deus as coisas, com fé, mesmo que dê a impressão de que até Deus virou as costas para nós. E argumentar com Deus, como fez a mulher: “Os cachorrinhos, debaixo da mesa, comem as migalhas que as crianças deixam cair”.
A mesma mensagem vemos em algumas parábolas de Jesus: a da viúva pedindo para o juiz a solução do seu caso judicial, a do vizinho que altas horas da noite batia na porta do outro, pedindo pães para a visita que acabara de chegar a sua casa; o que estava deitado certamente falou para a esposa: “Vamos lá atendê-lo, senão ninguém dorme nesta casa”.
Dizem que o Pe. Vítor Coelho, quando era criança, foi mandado embora do Seminário Santo Afonso, em Aparecida, por traquinagens. Mas ele se sentou do lado de fora, na escada da portaria do seminário, e ali ficou com a sua malinha. De dó, o diretor voltou atrás. Dó e também para ficar livre do constrangimento. Já pensou tomar refeição, ou rezar na capela, com um menino lá fora querendo entrar?
Deus pede para fazermos a mesma coisa com ele. Ele nos atenderá, mesmo que tenha de mudar as suas Leis e os seus planos. A oração é uma porta aberta ao infinito. Ela não tem fronteiras.
A cena das Bodas de Caná foi parecida com esta do Evangelho de hoje. Nas duas, Jesus atende ao pedido, apesar de ainda não ter chegado a sua hora, por causa da fé de quem pede, fé transformada em persistência. Nos dois casos, Jesus inicialmente é um pouco ríspida, justamente para testar a fé. E as duas mulheres, Maria e esta, vencem com nota dez!
Peçamos a Maria Santíssima: “Ensina teu povo a rezar, Maria Mãe de Jesus, que um dia teu povo desperta e na certa vai ver a luz!”
Os cachorrinhos, debaixo da mesa, comem as migalhas que as crianças deixam cair.
Padre Queiroz
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