DIA 14 SEXTA - Evangelho - Mc 7,31-37
Aos surdos faz ouvir e aos mudos
falar.
Este Evangelho trás para nós a belíssima cena de Jesus curando o homem surdo e que falava com dificuldade.
O texto começa dizendo: “Jesus saiu de novo...” Jesus caminhava, ia atrás do povo, não ficava parado. Ele não ficava esperando que as pessoas fossem até ele. O amor nos dá esse dinamismo. Como é importante nós também aproveitarmos a nossa saúde e tempo disponível para nos movimentarmos, indo até as pessoas que precisam da Água Viva, da Boa Nova de Cristo!
Quando Jesus atravessava uma região, trouxeram-lhe “um homem surdo, que falava com dificuldade”. Geralmente os surdos têm deficiência na conversa, porque a nossa fala depende da audição.
Na área espiritual é a mesma coisa: as pessoas que não ouvem a Palavra de Deus, acabam não ouvindo também os apelos da realidade que as cerca, e conseqüentemente tornam-se mudas, não falando a palavra certa na hora certa. Não ficam indignadas com nada; passam pela vida sem influenciar, indo na onda da sociedade de consumo.
Uma Comunidade que não ouve corretamente a Palavra de Deus, confrontando com a realidade do seu meio, também se torna muda, não fala nem faz nada de transformador, em direção ao Reino Deus.
Jesus, no seu primeiro discurso na sinagoga de Nazaré, disse que veio para abrir os olhos dos cegos, dar audição aos surdos e libertar os oprimidos, anunciando o ano da graça do Senhor (Cf Lc 4,18-19).
Muitas pessoas são como aquelas que Jesus citou na parábola do samaritano: passam ao lado do irmão ferido e fecham os olhos para não ver. Ou então, como o rico da parábola: vivem uma vida inteira ao lado do Lázaro e não se tocam. Não existe nada mais forte para tapar os ouvidos, os olhos e a boca das pessoas, do que o apego às riquezas.
Jesus “olhando para o céu, suspirou e disse: ‘Efatá’, que quer dizer: Abre-te!” Recordando esta cena, no nosso batismo o padre fez um gesto parecido: colocou a mão nos nossos ouvidos e na nossa boca, e disse: “Efatá!”
Quando o povo hebreu era escravo no Egito, Deus apareceu para Moisés e disse: “Eu vi a opressão de meu povo no Egito, ouvi os gritos de aflição diante dos opressores e tomei conhecimento de seus sofrimentos, e desci para libertá-los” (Ex 3,7-8). Deus tem os olhos e os ouvidos abertos. Assim como chamou Moisés, ele chama os seus filhos e filhas, em todos os tempos e lugares, a fim de libertarem o seu povo. Deus ama o seu povo, e não quer vê-los como ovelhas sem pastor.
“Jesus afastou-se com o homem para fora da multidão”. É interessante que a primeira coisa que Jesus fez com o homem foi afastá-lo para longe da multidão. O primeiro objetivo foi ter um contato mais pessoal com ele. Nós não podemos ficar só “na multidão”, mesmo que essa multidão seja de cristãos.
O segundo objetivo de Jesus é para que o homem, depois de curado, pudesse voltar para o meio do povo, ouvindo e falando sem dificuldade, inclusive para ajudar os outros.
Os nossos bispos, reunidos em Aparecida, disseram: “Vivemos uma mudança de época, e seu nível mais profundo é o cultural. Dissolve-se a concepção integral do ser humano, sua relação com o mundo e com Deus” (DA 44). Portanto, a nossa missão é grande, como “discípulos e missionários de Jesus Cristo, para que o povo tenha mais vida nele”.
Havia, certa vez, uma menina que morava na roças. E um pássaro muito bonito começou a entrar no quarto dela. Ela comprou ração apropriada e espalhou em cima do guarda-roupa, e também uma tacinha de água, já preparada para não transmitir dengue.
Assim, o belo passarinho fez amizade com ela. Parecia que os dois eram velhos amigos. Todos os dias ele aparecia. Suas penas eram brilhantes e seus olhinhos encantadores.
Com medo de perder o amiguinho, a garota o prendeu numa gaiola. Poucos dias depois, suas penas perderam o brilho e ele passou a contar diferente, um canto parecido com choro. Passava o dia todo olhando para a janela.
Quando percebeu o erro que havia cometido, mais que depressa a menina abriu a gaiola e a ave foi-se embora, para nunca mais voltar.
Que Cristo abra os nossos ouvidos e olhos para contemplarmos a natureza, mas sem prejudicá-la!
O exemplo de Maria Santíssima é maravilhoso. Ela não foi surda nem muda, mas ouviu o apelo de Deus, entendeu-o direitinho e o cumpriu com generosidade. No magnificat, ela mostrou que ouvia também os anseios do povo, e falava com coragem. Que ela nos ajude a nos aproximarmos de seu Filho, a fim de que ele, dizendo “Efatá!”, nos cure da surdez e da conseqüente dificuldade em falar.
Aos surdos faz ouvir e aos mudos falar.
Este Evangelho trás para nós a belíssima cena de Jesus curando o homem surdo e que falava com dificuldade.
O texto começa dizendo: “Jesus saiu de novo...” Jesus caminhava, ia atrás do povo, não ficava parado. Ele não ficava esperando que as pessoas fossem até ele. O amor nos dá esse dinamismo. Como é importante nós também aproveitarmos a nossa saúde e tempo disponível para nos movimentarmos, indo até as pessoas que precisam da Água Viva, da Boa Nova de Cristo!
Quando Jesus atravessava uma região, trouxeram-lhe “um homem surdo, que falava com dificuldade”. Geralmente os surdos têm deficiência na conversa, porque a nossa fala depende da audição.
Na área espiritual é a mesma coisa: as pessoas que não ouvem a Palavra de Deus, acabam não ouvindo também os apelos da realidade que as cerca, e conseqüentemente tornam-se mudas, não falando a palavra certa na hora certa. Não ficam indignadas com nada; passam pela vida sem influenciar, indo na onda da sociedade de consumo.
Uma Comunidade que não ouve corretamente a Palavra de Deus, confrontando com a realidade do seu meio, também se torna muda, não fala nem faz nada de transformador, em direção ao Reino Deus.
Jesus, no seu primeiro discurso na sinagoga de Nazaré, disse que veio para abrir os olhos dos cegos, dar audição aos surdos e libertar os oprimidos, anunciando o ano da graça do Senhor (Cf Lc 4,18-19).
Muitas pessoas são como aquelas que Jesus citou na parábola do samaritano: passam ao lado do irmão ferido e fecham os olhos para não ver. Ou então, como o rico da parábola: vivem uma vida inteira ao lado do Lázaro e não se tocam. Não existe nada mais forte para tapar os ouvidos, os olhos e a boca das pessoas, do que o apego às riquezas.
Jesus “olhando para o céu, suspirou e disse: ‘Efatá’, que quer dizer: Abre-te!” Recordando esta cena, no nosso batismo o padre fez um gesto parecido: colocou a mão nos nossos ouvidos e na nossa boca, e disse: “Efatá!”
Quando o povo hebreu era escravo no Egito, Deus apareceu para Moisés e disse: “Eu vi a opressão de meu povo no Egito, ouvi os gritos de aflição diante dos opressores e tomei conhecimento de seus sofrimentos, e desci para libertá-los” (Ex 3,7-8). Deus tem os olhos e os ouvidos abertos. Assim como chamou Moisés, ele chama os seus filhos e filhas, em todos os tempos e lugares, a fim de libertarem o seu povo. Deus ama o seu povo, e não quer vê-los como ovelhas sem pastor.
“Jesus afastou-se com o homem para fora da multidão”. É interessante que a primeira coisa que Jesus fez com o homem foi afastá-lo para longe da multidão. O primeiro objetivo foi ter um contato mais pessoal com ele. Nós não podemos ficar só “na multidão”, mesmo que essa multidão seja de cristãos.
O segundo objetivo de Jesus é para que o homem, depois de curado, pudesse voltar para o meio do povo, ouvindo e falando sem dificuldade, inclusive para ajudar os outros.
Os nossos bispos, reunidos em Aparecida, disseram: “Vivemos uma mudança de época, e seu nível mais profundo é o cultural. Dissolve-se a concepção integral do ser humano, sua relação com o mundo e com Deus” (DA 44). Portanto, a nossa missão é grande, como “discípulos e missionários de Jesus Cristo, para que o povo tenha mais vida nele”.
Havia, certa vez, uma menina que morava na roças. E um pássaro muito bonito começou a entrar no quarto dela. Ela comprou ração apropriada e espalhou em cima do guarda-roupa, e também uma tacinha de água, já preparada para não transmitir dengue.
Assim, o belo passarinho fez amizade com ela. Parecia que os dois eram velhos amigos. Todos os dias ele aparecia. Suas penas eram brilhantes e seus olhinhos encantadores.
Com medo de perder o amiguinho, a garota o prendeu numa gaiola. Poucos dias depois, suas penas perderam o brilho e ele passou a contar diferente, um canto parecido com choro. Passava o dia todo olhando para a janela.
Quando percebeu o erro que havia cometido, mais que depressa a menina abriu a gaiola e a ave foi-se embora, para nunca mais voltar.
Que Cristo abra os nossos ouvidos e olhos para contemplarmos a natureza, mas sem prejudicá-la!
O exemplo de Maria Santíssima é maravilhoso. Ela não foi surda nem muda, mas ouviu o apelo de Deus, entendeu-o direitinho e o cumpriu com generosidade. No magnificat, ela mostrou que ouvia também os anseios do povo, e falava com coragem. Que ela nos ajude a nos aproximarmos de seu Filho, a fim de que ele, dizendo “Efatá!”, nos cure da surdez e da conseqüente dificuldade em falar.
Aos surdos faz ouvir e aos mudos falar.
Padre Queiroz
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