XXVIII DOMINGO DO TEMPO COMUM
Dia 13 de Outubro de 2013
Evangelho de Lc 17,11-19
Quantos de nós perdemos tempo na vida,
reclamando do que não temos, ao em vez de nos ocuparmos em agradecer a Deus pelo muito que temos!
Deus
nos presenteia a todo o momento, a começar pela nossa vida! A vida é, pois, o
nosso maior presente, um presente que devemos partilhar com outro!
A
todo instante, Jesus nos convida a sermos propagadores do seu amor no mundo,
possibilitando o outro de fazer também a experiência do
encontro com Ele.
Como
seguidores de Jesus, comprometidos com o evangelho, não podemos
ficar indiferentes às inúmeras graças que recebemos
de Deus e nem deixar que irmãos nossos, desconheçam a verdade que
liberta!
Podemos
ter fé, mas se não aplicarmos na nossa vida, os ditos e feitos de Jesus, não
daremos testemunho do seu amor, no meio em que vivemos, portanto, o reino de
Deus não vai acontecer através de nós. O Reino de Deus só acontece através
de nós, quando assim como Jesus, nos tornamos fonte de vida para o outro,
eliminando as trevas de sua vida!
Muitas
vezes, o que aflige o nosso irmão, não são os problemas em si, e sim, a falta
de disposição
para enfrentá-los, por não verem nenhuma perspectiva de saírem de suas
dificuldades. É aí, que deve entrar as mãos de Deus em nossas mãos, afim
de que possamos restaurar uma vida que se aniquila por falta de
motivação.
Muitos irmãos, não conseguem sair de situações difíceis, por falta
de alguém que lhe mostre o Deus da vida, o Deus que é maior do que o seu
problema!
Podemos perceber no evangelho de hoje, o quanto é importante propagar o
amor de Deus no mundo! Foi graças a esta propagação, que dez leprosos,
citados no evangelho, encontraram o caminho para se libertarem de
um mal que lhes causava, além das feridas no corpo, feridas profundas na alma.
Condenados pela sociedade, a viverem
excluídos do convívio social, sem o contato com a família,
estes dez leprosos, sobreviviam nas periferias, num total abandono. É
nesse contexto que Jesus, caminhando para Jerusalém, encontra com estes
leprosos! Certamente, eles já tinham ouvido falar do poder de Jesus, isto
é, o amor e a misericórdia de Jesus, já havia sido propagados
naquelas redondezas, o que despertou neles, a esperança de serem curados por
Jesus, que naquele momento, significava uma luz no fim do túnel!
Cientes
de suas limitações, eles não ousaram em aproximar de Jesus, mas de longe
gritaram: “Jesus, Mestre, tem piedade de nós!”. Jesus é muito breve neste
encontro, apenas ordena-os a irem até os sacerdotes, pois só eles, poderiam
liberá-los para o convívio social, após constatar a sua cura, cura, que
Jesus sabia acontecer, ao longo do caminho!
Em
obediência a Jesus, os leprosos, cheios de esperança, tomam o
caminho indicado por Jesus e durante o percurso, percebem que estão
curados! Um deles, logo que se viu livre da lepra, retorna ao
encontro do Sacerdote Maior, aquele que lhe concedera a cura: Jesus!
Prostrado à seus pés, ele recebe também a cura interior, ou seja a sua
Salvação. Este, era um samaritano, considerado inimigo dos judeus, foi o único
que ao sentir tocado pela intervenção de Deus em seu corpo, quis também
experimentá-la no seu interior. Uma atitude que podemos constatar com a
sua decisão de retornar à Jesus.
Antes
de receber a cura, o samaritano grita Jesus de longe, curado, ele toca em
Jesus, numa atitude de reconhecimento de que Jesus é o próprio Deus! É este
reconhecimento que o levou a ficar totalmente libertado de tudo que o
escravizava: doença, preconceito, abandono...
A
salvação é um presente que Deus oferece a todo aquele que crê em Jesus e que se
dispõe a segui-lo. É por isso que este samaritano, vindo de um povo que
não honrava a Deus, recebeu a cura física e interior e simultaneamente a
salvação, o que nos mostra, que não é pela região que se dá testemunho de
fé, e sim, pela crença no poder misericordioso de Jesus! Enquanto que os
outro nove, vindos de um povo judeu, se contentaram somente com a
cura do corpo, se negando voltar para receber a cura interior.
Jesus
questiona: “ e os outros nove, onde estão?” Este questionamento de Jesus,
não significa que Ele queria ouvir um agradecimento verbal, o que
incomodou Jesus foi o fato deles não interessarem pela
cura interior, perdendo a oportunidade de experimentar a ação de Deus em
suas vidas, numa cura total, ou seja, a cura do corpo e da alma.
A
nossa gratidão a Deus, não deve se resumir num simples:”Obrigado Senhor! Não é
erguendo as mãos para o alto e nem proferindo palavras bonitas, que
demonstramos a nossa gratidão a Deus, e sim, nas nossas pequenas ações de
bondade do dia a dia.
Mais
importante do que o encontro com Jesus, é permanecer com Ele, o que os
nove leprosos não fizeram!
E
nós, com quem identificamos: com o Samaritano? Ou com os nove leprosos
que não voltaram para ficarem com Jesus?
TENHA
UM BELO DOMINGO!
FIQUE
NA PAZ DE JESUS! - Olívia
Muito bom o seu comentário, me ajudou muito.
ResponderExcluirMuito obrigado: Julcélio