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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

O amor verdadeiro - Claudinei M. de Oliveira


Segunda- 4 de Novembro de 2013-Evangelho - Lc 14,12-14

           Para haver o amor verdadeiro não pode receber nada em troca. O amor não é mercadoria e nem pode fazer comércio de uma expressão que une e aproxima as pessoas por querer o bem na totalidade.  O amor congrega o mais peculiar da pessoa:  a doação. Doar-se de corpo e alma no projeto de vida é revelar o imenso amor da pessoa com o outro.

            Jesus pede no Santo Evangelho que não convide os amigos próximos e nem parentes para um banquete. Entretanto, convide alguém que realmente precisa de atenção e comida. Assim Jesus expressou: convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos!  Eles são pobres, abandonados, desprovidos de bens e serviços e clama por amor.

            Ao convidar os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos o Reino da Justiça estará acontecendo no âmbito do amor gratuito, pois eles não pedem nada em troca e nem vão retribuir com presentes, o que vão fazer e dizer na mais pura simplicidade e alegria: "Deus lhe pague".

            Contudo, as palavras de Jesus não param por ai: quem são os pobres que precisam  ser convidados para o banquete? Respondo: são homens e mulheres maltratados pela opressão, pessoas distantes da palavra de Deus para a libertação, indigentes jogados no lixo pelo sistema massacrante do capital, sujeitos à espera de uma mão amiga para alavancar das sarjetas da vida. Masquem são os aleijados? São todos aqueles acorrentados, presos pelas injustiças, violentados pelo domínio de espaço, inertes a espera de aconchego. E os coxos? São os decepados nas suas entranhas para convir  uma realidade de excelência a outro. E os cegos? São os tapados pelas ideologias dominantes que não enxergam a realidade de morte, são os adoradores dos interesses alheios que fazem os caprichos de uma classe que extermina sem piedade. Enfim, são cristãos que precisam alimentar da palavra de Deus  afim de fortalecer na caminhada do Pai.

            Quem ama estas pessoas de coração aprendeu a gratuidade de Nosso Pai. Ele não mediu esforços para livrar o homem do pecado, enviou seu filho como prova de amor, enxergou o sofrimento e morte de cruz de seu Amado. Este Deus nos pede a humildade para acolhermos em nossas casas os necessitados da palavra e da comida.

            Enfim, o amor gratuito revela o tamanho da fé e da esperança que nos envolve. Sejamos um missionário que convida todos para um banquete especial, um banquete da alegria, um banquete na casa do Pai. Que sejamos este missionário do Amor, Amém!


Claudinei M. de Oliveira

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