Bom dia!
Vamos começar essa reflexão com que propõe a CNBB:
“(…) O Evangelho que nos é proposto para a reflexão a partir
da liturgia de hoje é altamente questionador no que diz respeito à nossa fé e à
nossa vivência religiosa. Para quem crê verdadeiramente, o importante não é a
prática exterior, pois esta prática só encontra seu verdadeiro sentido quando é
uma expressão do que realmente se crê e se vive, caso contrário, caímos na
insensatez: celebramos o que não vivemos nem construímos, e revelamos valores
que não são nossos, nem são importantes para nós. O Evangelho de hoje exige de
nós coerência entre o que celebramos e o que vivemos, para que as nossas
celebrações não sejam ritos vazios e estéreis, mas espírito e verdade”.
(reflexão proposta pelo site da CNBB)
Estamos em missão e isso nos remete ao verbo “ir”. Isso
inclui IR dentro de nós mesmos também.
Um dos nossos freis recentemente trouxe uma frase de são
Francisco de Assis para trazermos o verdadeiro sentido de estar em missão:
“Pregue o Evangelho em todo tempo. Se necessário, use palavras”.
Usamos muito as palavras e elas por vezes nos condenam.
Falar bem não quer dizer sinal ou grau de conversão, pois existem pessoas
simples de falas simples cujo exemplo de vida é mais encantador que as palavras
que saem da boca do homem (mulher) demagogo (a).
Talvez o que mais precise ser mudado por dentro são as
atitudes que temos e respondemos perante aos irmãos, em especial aqueles que
nos perseguem pela fala, das calunias e das difamações. É um exercício
tremendamente complicado abandonar o sentimento natural de responder ao que nos
ofende e ao invés disso, trocá-lo pela oração por este que insiste em não
crescer.
“(…) Não faleis mal dos outros, irmãos. Quem fala mal de seu
irmão ou o julga, fala mal da Lei e julga-a. Ora, se julgas a Lei, não és
cumpridor da Lei, mas sim, seu juiz. Um só é o legislador e juiz: aquele que é
capaz de salvar e de fazer perecer. Tu, porém, quem és, para julgares o teu
próximo”? (Tiago 4, 11-12)
Não querem crescer? Sim!
Alguém que se apega ao mal, a inveja, ao orgulho, ao rancor,
(…) perpetua traços infantis em si próprios. Esses gestos são comuns a todo ser
humano, mas revelam o quanto somos ainda imaturos as decepções ou aquilo que
não conseguimos ainda ser e ter. Muita gente se apega a pequenos detalhes na
vida e conduta dos outros como forma de ter algo melhor que ela, ou seja,
precisa encontrar algo que possa dizer que NISSO SOU MELHOR QUE ELA!
O fariseu se encanta com as palavras e a oratória do mestre,
mas sua pequenez fica presa nas mãos sujas de Jesus. É como dissesse que nisso
sou melhor que Ele. Nota agora o traço infantil do sábio fariseu?
Quantos traços infantis ainda temos?
Se hoje resolvo e dia após dia reitero a minha vontade de
ser mais maduro em usar menos as palavras e mais as ações, talvez de fato
conseguirei elevar minha fé ao tamanho do grão de mostarda e assim, mover
montanhas que impedem do irmão ver a Deus em nós.
“(…) Tudo isso é por causa de vós, para que a graça, tendo
aumentado num maior número de pessoas, faça transbordar a ação de graças para a
glória de Deus”. (II Coríntios 4, 15)
Reflitamos isso!
Um imenso abraço fraterno.
Nenhum comentário:
Postar um comentário