30º DOMINGO do TEMPO COMUM
27 de Outubro
A arrogância do fariseu e a humildade do cobrador
de impostos.
Mais uma vez Jesus nos chama a humildade.
SEGUNDA LEITURA
Paulo percebendo
que era chegada a sua hora, escreve uma espécie de despedida, na qual afirma
que logo seria oferecido como sacrifício. Paulo se acha realizado e satisfeito
por ter cumprido a sua missão na Terra. "Combati o bom combate, completei a corrida"
Quanto a mim, não
posso dizer o mesmo. Pois ainda não cumpri a minha missão. Por isso rogo a Deus
em nome de Jesus que me conceda a graça de ter a minha saúde recuperada, para
que eu viva por mais uns tempos e continue com este trabalho de evangelização pela
internet, junto com meus amigos Internautas Missionários. Contudo, que seja feita a vossa
vontade, ó Pai. Vos peço uma boa morte e que eu
seja conduzido à glória eterna. Amém.
Paulo disse
ainda. "...guardei a
fé"...
Minha irmã, meu
irmão. Faça de tudo para guardar a sua
fé. Mantenha a sua fé pois ela é um bem precioso. O mais preciosos dos bens que
devemos guardar. Não permita que
aventuras por mais prazerosas que possam ser,
afastem você do caminho para Deus.
Pois isso, com certeza não vale a pena.
EVANGELHO
A parábola que Cristo nos apresenta
neste domingo, é destinada a todos aqueles que se consideram justos e
perfeitos, e por isso são até arrogantes por se acharem portadores do poder de
Deus e portanto, melhores que os outros.
E por isso desprezam as demais
pessoas por não serem como eles. Infelizmente nós vemos isso acontecer direto na nossa
comunidade.
A
figura do fariseu representa também todos aqueles que "se acham"
poderosos por terem o poder econômico, por pertencerem à classe média ou alta,
e costumam pensar: Eu não sou como esses aí, que são pobres porque são "burros"
ou preguiçosos e vagabundos.
Prezados
irmãos. O desenvolvimento da tecnologia, o progresso da medicina, assim como o
acúmulo de riqueza nas mãos de poucos, conduziu uma parcela da humanidade a
pensar que ele não precisa de Deus. Muitos pensam que podem resolver todos os seus problemas com
seus próprios recursos, e por si só podem
ser feliz, sem necessidade de fazer orações.
Só que estão se esquecendo de um detalhe muito importante: Não é isso
que os conduz à vida eterna.
Na verdade, o
fariseu da parábola não rezou, mas, simplesmente ficou se exibindo, se vangloriando, ele não rezou a
Deus, mas sim, louvou a si próprio. E mais. Além de louvar a si próprio, ainda
insultou, humilhou o irmão que estava rezando de verdade no fundo do templo. O fariseu, na verdade, é incapaz de uma verdadeira
comunhão com Deus: ele somente tem a si próprio ante seus olhos, ele é o seu
próprio Deus, como acontece com todos os arrogantes e auto-suficientes da
sociedade.
O fariseu nos faz
lembrar de todos aqueles que rezam com um ar de arrogância e de "poder"
baseando-se no cargo que ocupam na
Igreja. Na verdade eles também, como o fariseu, não estão rezando, ou rezam
apenas com os lábios. E com sua atitude de demonstração de perfeição total,
deixam bem claro que os demais que não agem como eles, não estão com nada, não
são dignos da amizade com Deus, como eles o são.
Que tolice! Isso é
bem diferente de Jesus o qual tinha tudo para nos acusar, e no entanto, quando
nos olha, é com um olhar de ternura e compaixão para nos perdoar nos estendendo
a sua mão...
É importante não
confundir humildade com sentimentalismo.
O sentimentalismo daquele ou daquela que reza choramingando, numa
atitude por vezes simulada, de quem se mostra
estar falando humildemente com Deus.
Cuidado! Deus vê tudo, até nossos pensamentos e emoções. É impossível
enganá-lo.
Não estamos nos
referindo àquela oração feita na hora do desespero, em que as lágrimas ou
prantos acontecem de forma incontrolável. Isso é outra realidade, que inclusive
toca de forma muito forte a Deus, pela sinceridade com a qual nos pomos em sua
presença sem nenhum tipo de fingimento. Ali está o verdadeiro "Eu", o
eu profundo sem aparências. Ao contrário
de quando rezamos em público, que sempre escapa um pedacinho daquele
"EU" que eu gostaria de ser.
Mas isso Deus nos perdoa. Faz parte da nossa fraqueza humana!
Infelizmente, para
se fugir do sentimentalismo, às vezes caímos na arrogância, externando uma
atitude semelhante àquela do fariseu da parábola.
Assim, prezados
irmãos, poderíamos perguntar: A nossa postura durante a oração, deve estar num
meio termo, entre a arrogância e o sentimentalismo? Bem. Seria melhor dizer,
nada de arrogância e nada de sentimentalismo, mas sim, falar e agir
humildemente de forma natural com Deus.
Quem eram os fariseus?
Nos
tempos de Jesus os “fariseus” formavam um dos grupos mais interessantes e com
mais destaque na sociedade palestina. Eles eram os defensores intransigentes da
“Torah” e dos preceitos não escritos, praticados no dia a dia. Os fariseus
procuravam cumprir escrupulosamente a Lei e esforçavam-se por ensinar a Lei ao
Povo: Acreditavam que só assim o Povo chegaria a ser santo e o Messias poderia
vir trazer a salvação a Israel. No entanto, o seu fanatismo em relação à
“Torah” os conduziu a praticar uma religiosidade mutilada, isto é, amar a Deus
e ignorar ou mesmo explorar o irmão, principalmente o pobre. Por isso Jesus várias vezes, os criticou.
Quem eram os publicanos?
Os “publicanos” estavam a serviço
dos romanos e faziam a cobrança dos impostos. A maioria deles utilizava do seu
cargo para enriquecer de modo injusto, por isso eram odiados pelos judeus que
os consideravam impuros, sendo portanto, proibidos de fazer penitência. Se um publicano, antes de aceitar o cargo,
fazia parte de uma comunidade farisaica, era imediatamente expulso dela e não
podia ser reabilitado, a não ser depois de abandonar esse cargo. Quem exercia
tal ofício, estava privado de certos direitos cívicos, políticos e religiosos;
por exemplo, não podia ser juiz nem prestar testemunho em tribunal, sendo
equiparado a um escravo.
Desse
modo, o publicano era o típico pecador: Por colaborar com o invasor romano, por
explorar os pobres, por praticar injustiças, por enriquecer ilicitamente, e
principalmente por não cumprir a Lei.
Foi por isso que o publicano da parábola, consciente
da sua indignidade,disse apenas: “meu Deus, tende compaixão de mim que sou
pecador”!
Caríssimos. Que nossas orações sejam feitas com
humildade, e que as comecemos sempre com
um pedido de perdão sincero, de um ser reconhecedor de sua insignificância
diante do poder infinito de Deus!
Vai e faça o mesmo!
Um bom domingo.
José Salviano.
Como você mesmo disse. QUE SEJA FEITA A VONTADE DE DEUS. Acredite, acredite...................
ResponderExcluirSabemos que a vontade de Deus é seus filhos sejam felizes. Confie Nele, e seja feliz mesmo no sofrimento.
Como? A fé nos leva a fazer coisas aparentemente impossiveis. Para Deus nada é impossível.
Um abraço fraterno de quem está orando em comunidade por você.
O a reflexão do evangelho deste domingo vem dar sequência à reflexão do evangelho domingo passado. em que a viúva insiste com o juiz para julgar o seu caso. Naquele domingo Jesus nos mostrou a importância da perseverança na oração. No evangelho de hoje Jesus nos mostra que devemos ter coerência nas nossa orações. Muitas vezes pensamos está chegando mais perto de Deus nas nossas orações ao passo que nos afastamos dele. Se as nossas orações não são frutos da nossa fé em Deus e na sua misericórdia, pode ser que elas não sejam atendidas ou que Deus não as escute.
ResponderExcluir