12 de Novembro - Evangelho - Lc 17,7-10
Nesta parábola Jesus faz uma avaliação entre o relacionamento entre um
rico fazendeiro e um pobre empregado.
Na nossa sociedade existem muitos patrões e muitos empregados, cujos
relacionamentos nem sempre são humanos ou justos. Quantas empregadas domésticas
já não foram usadas como objetos de prazer pelos patrões e ou pelos seus
filhos! Isso é um verdadeiro desrespeito pelos menos favorecidos e uma demonstração
de abuso de poder econômico, e aproveitamento dos mais fracos.
Lembro-me de quando saiu os novos direitos das empregadas domésticas,
estava eu em uma reunião na casa de um amigo da classe média forte, juntamente
com outros irmãos do mesmo nível dele. Naquela reunião, deveríamos tratar
dos preparativos para a novena da Semana Santa, quando abismado percebi que a
conversa se desviou para o assunto do momento, que era os novos direitos da
empregada doméstica. Todos revoltados com os novos encargos a que a nova lei
lhes exigiria para com a empregada. Fiquei escandalizado com aquela situação,
com aquela falta de caridade e de respeito ao próximo. Dias depois fiquei
sabendo que somente dois daquele grupo onde fui parar, eram
daquela paróquia. Os demais, na verdade não
pertenciam àquela comunidade.
Você é empregador? E é cristão? Então trate os seus
empregados como seres humanos que têm deveres a cumprir, mas também têm
direitos. Existe um ditado que é muito usado entre os empregadores. "Se a
gente der os pés, eles querem as mãos". Sabemos que a necessária distância
precisa ser mantida entre você e seus empregados, para que futuros problemas no
relacionamento sejam evitados. Mas você não precisa ser desumano(a) com eles.
Basta somente um relacionamento respeitoso, no qual vocês se
entendam com mútuo respeito, com justiça e sem exploração.
É fato sabido que os empregados se afeiçoam muito com os bons patrões,
chegando a dar muito mais de si só pelo fato de serem tratados como gente.
Também é conhecido o tipo de patrão que se faz de bonzinho só para explorar de
forma disfarçada seus colaboradores assalariados. Não seja você um desses.
A mensagem de Jesus hoje está nos alertando para sermos justos com os nossos
empregados. Não temos a obrigação de absorver os seus problemas pessoais, se
não o quisermos. Não temos a obrigação de ser íntimos com eles. Mas devemos lhes
pagar o seu justo e merecido salário e tratá-los com a distância necessária, e
ao mesmo tempo com devido respeito e amor ao próximo.
Por outro lado, você que é empregado, seja honesto, não cause prejuízo
ao seu patrão ou a sua firma, nunca roube absolutamente nada, não desvie o
dinheiro que não lhe pertence. Não se esqueça que Deus que vê tudo
irá lhe julgar.
Sal
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