Bom dia!
Em um momento de oração que tive essa semana, algo vinha muito forte no
meu pensar: Por que é que as pessoas estão preferindo deixar de acreditar? A
pergunta até sugere que seja em Deus, mas vai muito além… Seria ação e reação?
Vemos jornais, revistas, internet; assistimos o avançar da violência e
como reação nos trancamos em casa, suspeitamos de tudo e de todos e de “brinde”
ganhamos os primeiros sinais depressivos, do pânico, do medo…
Vamos para o trabalho e tristemente nos deparamos com um trânsito que se
esqueceu de ser defensivo e passou a ser ofensivo. Pessoas que tem em seu poder
uma arma de ataque chamada carro, ônibus, moto, (…); se tem a impressão que
saem de suas casas, trabalho, (…) pensando em descontar suas insatisfações
(financeiras, familiares, sentimentais) no primeiro que lhe cruzar o caminho.
Como reação surge uma nova forma de tratamento: a de trânsito.
Conheço pessoas que se transformam ao volante. Pessoas que pararam de acreditar
e agora respondem com violência a violência. Um grande verdade: somos frutos de
como respondemos ao mundo.
Ser cristão dentro da igreja é muito fácil
Por que será que paramos de acreditar? Questionamos o trabalho e a vida
pessoal dos professores dos nossos filhos, pelo baixo rendimento de suas notas;
não queremos acreditar na nossa culpa e nossa falta de tempo em ensiná-los, em
cobrá-los, em cortar regalias, (…) Ficamos depressivos então pelo fato de não
conseguirmos encarar o que virá, pois não acreditamos mais que temos a
competência para isso. Que nosso orgulho nos fez ser “diferentes” de nossos
pais e agora não consigo segurar, pois tive medo de dizer não, não faça, não
pode, não deixo, (…)
“(…) Mas eu preciso seguir o meu caminho hoje, amanhã e depois de
amanhã”.
Nesse momento tão crucial é que sentimos a falta de ter uma
espiritualidade madura; quando invejamos a fé daqueles que parecem
compenetrados e impassíveis enquanto o mundo, para nós parece que esta sendo
arrancado do chão.
Essa mesma frase de Jesus soa tão bem para aqueles que não perdoamos ou
para àqueles que fui juiz, promotor, testemunha e também jurado. Pessoas que
não vivem porque não as deixamos viver. Maridos e esposas que deixaram seus
lares, mas não foram (e talvez nunca sejam) perdoados; pessoas que se
arrependeram dos erros pediram para voltar, foram aceitos, mas nunca perdoados
de fato; vizinhos que um dia foram quase irmãos e por uma panela emprestada, um
carro novo invejado, por um emprego disputado, (…) a amizade e a fraternidade
foram pro espaço; pessoas que ouviram o que não queriam; uma critica desmedida
que não conseguem viver pela raiva (ou seria ódio) que guardam… Ruminam até
hoje.
Novamente: “(…) Mas eu preciso seguir o meu caminho hoje, amanhã e
depois de amanhã”.
Temos que enfrentar nossos medos e a nós mesmos de vez em quando.
Precisamos combater como diz uma história popular, um lobo que insiste em viver
dentro de nós e que se ainda tem força é porque o alimentamos.
“(…) Renunciai à vida passada, despojai-vos do homem velho, corrompido
pelas concupiscências enganadoras. Renovai sem cessar o sentimento da vossa
alma, e revesti-vos do homem novo, criado à imagem de Deus, em verdadeira
justiça e santidade”. (Efésios 4,22-24)
Precisamos voltar a acreditar, parar de nos esconder; de alimentar o mal
que habita em nós, seguir o nosso caminho e enfrentar nossa cruz por mais
pesada que seja.
Um imenso abraço fraterno.
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