SÁBADO DA 33ª SEMANA DO TC
23/11/2013
1ª Leitura 1ª Macabeus 6,
1-13
Salmo 9,15 a “ Para que nas
portas das Filhas de Sião, eu publique os vossos louvores”
Evangelho Lucas 20, 27-40
“Lá vem os Saduceus com suas
historinhas...” -Diac.
José da Cruz
Quem é que já não teve a tentação de imaginar o céu como uma
continuidade dessa vida? Os Fariseus vêm até Jesus com uma Histórinha maluca e
até cômica. Eram sete irmãos e um deles tomou uma certa mulher como esposa,
entretanto ele morreu. Como era costume e com base na Lei de Moisés, um dos
irmãos a tomou como esposa, mas um dia esse também “Bateu a Cacholeta”. Imediatamente um outro
irmão dos cinco restantes, desposou a tal viúva que deveria ser “Fogo”... O
terceiro também não aguentou o “tranco” e veio a falecer. Bom, os sete irmãos,
cada um a seu tempo, desposou essa mulher e daí vem a perguntinha inoportuna e
sem cabimento: Na Vida Eterna ela será esposa de qual deles?
Seria um despropósito imaginarmos que vamos levar conosco para a Vida
Eterna nossos probleminhas de relacionamento desta vida. Primeiro, que se não
resolvemos aqui nossos problemas existenciais ou de relacionamento, não vai ser
lá que vamos resolver.
A Vida Plena de comunhão com Deus
comporta uma continuidade mas também uma descontinuidade: seremos nós mesmos,
mas de um outro jeito! Nesta vida terrena as nossas relações, ao mesmo tempo em
que nos aguça para o amor, também denuncia a nossa incapacidade de um amor
total como o de Jesus, entretanto, ao atingirmos a plenitude do céu não haverá
mais limites ou qualquer impossibilidade nesse sentido, porque estaremos em
Deus e com Deus, que é a Plenitude da plenitude.
O Céu é uma comunidade. Estaremos em comunhão com as pessoas mas o elo
dessa comunhão não será mais o nosso empenho e esforço, as relações serão
perfeitas porque Deus mesmo será o nosso elo de comunhão, em Deus seremos Tudo
em Todos.
Então para que servem as nossas relações neste mundo, principalmente a
vida conjugal apresentada neste evangelho? Exatamente para exercitarmos a
vivência desta comunhão que jamais deve buscar a si, mas ao outro, fazer o
outro feliz, ao passo que o outro, deverá ter tomado a decisão de ser sempre
feliz, , independente se o outro irá fazê-lo feliz ou não pois no céu, para ser
feliz não dependeremos mais uns dos outros, mas apenas de Deus e por isso, essa
esperada e sonhada felicidade, já está de certo modo garantida em Jesus Cristo.
Os Saduceus só conseguem imaginar o céu dentro de categorias humanas, se
fosse assim, o céu de Deus não seria um lugar tão bonito e perfeito!
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