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quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Precisamos urgentemente semear novamente e ver crescer a honestidade em nós -Alexandre Soledade


Bom dia!
Passada a primeira fase das eleições onde alguns saíram vencedores e outros vencidos que análise faço da decisão que tomei nas urnas? Acho incrível como as pessoas tentam justificar o injustificável. A justificativa do voto vira um enredo de comédia.
“Não tem político sério” – dizem umas; “são todos iguais” – rebatem outras; mas, a mais interessante que ouvi foi: “Se eu olhar com muita seriedade não votaria em ninguém, POR ISSO mesmo sabendo que ele (supostamente) roubou, e que todos roubam, voto nele mesmo assim porque pelo menos fez alguma coisa” – como diria meu colega ESSA FOI PRA ACABAR!!!
Quem é esse povo que elege raposas para tomar conta do galinheiro? Esse é o mesmo povo que mata os profetas ainda hoje. “(…) Ai de vocês! Pois fazem túmulos bonitos para os profetas, os mesmos profetas que os antepassados de vocês mataram. Com isso vocês mostram que concordam com o que os seus antepassados fizeram, pois eles mataram os profetas, e vocês fazem túmulos para eles”.
Precisamos urgentemente semear novamente e ver crescer a honestidade em nós. Um povo que pensa assim não perdeu a esperança como dizem, e sim, esta dando passos lagos para cultivar sentimentos e valores deturpados. Reparem o que li num email esses dias:
“(…) Esse é o ser humano… Saqueiam cargas de veículos acidentados nas estradas esquecendo até do motorista nas ferragens. – Estacionam nas calçadas, muitas vezes debaixo de placas de proibição. – Subornam ou tentam subornar quando são pegos cometendo infração. – Trocam votos por qualquer coisa: areia, cimento, tijolo, dentadura, emprego . – Falam no celular enquanto dirigem. – Param em filas duplas, triplas, em frente as escolas – Dirigem após consumirem bebida alcoólica. – Furam filas nos bancos , utilizando-se das mais esfarrapadas desculpas. – Espalham mesas , churrasqueiras nas calçadas. – Pegam atestados médicos sem estar doentes, só para faltar ao trabalho. – Fazem gato de luz, de água e de tv a cabo. Compram recibos para abater na declaração do imposto de renda para pagar menos imposto. – Mentem sobre a cor da pele para ingressar na universidade através do sistema de cotas. – Quando viajam a serviço pela empresa, se o almoço custou 10 pedem nota de 20. – Estacionam em vagas exclusivas para deficientes. – Compram produtos piratas com a plena consciência de que são piratas. – Emplacam o carro fora do seu domicílio para pagar menos IPVA…”.
Experimenta algum padre, pastor, bispo, ministro, (…) qualquer um falar isso na sua homilia ou reflexão… Uma grande parcela de “fieis” procuraria outra igreja, pois não querem ouvir essa dura verdade… Somos um povo sofredor, pois poucos se empenham de todo coração, de toda sua alma e com todas as suas forças para vencer o mal que insiste em nos encantar.
“(…) Achegou-se dele um dos escribas que os ouvira discutir e, vendo que lhes respondera bem, indagou dele: Qual é o primeiro de todos os mandamentos? Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é este: Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor; amarás ao Senhor Eis aqui o segundo: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Outro mandamento maior do que estes não existe. Amarás teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu espírito e de todas as tuas forças”. (Marcos 12, 28-31)
É triste, mas mentimos demais para nos safar; “amamos” coisas, mesmo que sejam incorretas, mas que nos dêem vantagens… Se Jesus nascesse hoje, também teria problemas conosco.
“(…) Vivemos uma mudança de época cujo nível mais profundo é o cultural. Dissolve-se a concepção integral do ser humano, sua relação com o mundo e com Deus; aqui está precisamente o grande erro das tendências dominantes do último século… Que excluem Deus de seu horizonte, falsificam o conceito da realidade e só podem terminar em caminhos equivocados e com receitas destrutivas. Surge hoje com grande força uma sobrevalorização da subjetividade individual. Independentemente de sua forma, a liberdade e a dignidade da pessoa são reconhecidas…”. (§ 44 Documento de Aparecida)
Voltando ao tema central, em quem você votou no primeiro turno? Quais foram os motivos que o levaram a escolher esse e não aquele candidato? Pensei num hospital ou num cargo com meu voto? Pensei em educação pública e de qualidade para os jovens ou nas cinco bolsas de cimento que ganhei?
Jesus era “bom” quando calado curava, mas quando abria a boca e criticava as injustiças era severamente criticado. Ai de Nós!
Um imenso abraço fraterno.




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