Bom dia!
Sim! Deus dará tudo que for pedido, mas como diria Paulo,
nem tudo nos convém. De forma alguma estou contradizendo a promessa de Jesus,
mas acredito que o Senhor tenha o fino trato de saber o que nós realmente
precisamos e se os nossos motivos valem o resultado. Daí surge os grandes
dilemas que envolvem a nossa fé.
“(…) Tudo me é permitido, mas nem tudo convém. Tudo me é
permitido, mas eu não me deixarei dominar por coisa alguma“. (I Coríntios 6,
12)
Minha avó sempre afirma que se fosse mais jovem faria muitas
coisas diferentes, fatos talvez que foram mal pensados e talvez realizados e
idealizados pelo ímpeto dos nossos quereres; alimentados pela velocidade que
propõe e pede a juventude.
A física explica que um objeto no topo de uma cachoeira esta
repleto de energia potencial, ou seja, prestes a acontecer e gerar movimento.
Quantos de nós também no topo da idade ou da maturidade não fomos nada além de
potenciais por causa do nosso ímpeto, de nosso orgulho, da nossa vaidade?
Muitos não conseguiram transformar todo o potencial em movimento.
A pedra no topo da cachoeira somos nós. Se dermos um “passo”
passaremos a ganhar movimento, e este será inevitável e sem volta. Mover-se
denota vontade, perseverança e opinião. Quantas pessoas precisam muito de algo,
mas não se movem? Quantos passam silenciosamente por sofrimentos que seriam
resolvidas, ou pelo menos atenuados com um pedido de perdão, um abraço,
atenção?
Não são os pedidos realizados que demonstram nossa fé, mas
sim a nossa fé por si só e essa só acontece quando transformamos essa energia
potencial em movimento, em ação, em oração, em louvor, em acolhimento, (…). Foi
a fé persistente que moveu o coração do homem para mesmo cansado levantar-se e
abrir a porta. Essa fé que move a Deus não se compra sendo assim difícil de
acreditar naqueles que “vendem” na TV esse Deus comercial.
“(…) A oração é uma busca constante de viver na presença de
Deus e procurar estar em diálogo com ele para que ele nos ajude em nossas
necessidades, mas devemos nos lembrar das palavras de São Tiago: pedis sim, mas
pedis mal, pois não sabeis o que pedir. MUITAS VEZES PEDIMOS, E PEDIMOS MUITO,
MAS NÃO PEDIMOS O QUE DEVERÍAMOS, NOSSOS PEDIDOS SÃO MESQUINHOS, MATERIALISTAS
E VISAM SIMPLESMENTE A SATISFAÇÃO DE INTERESSES PESSOAIS E IMEDIATOS, não
sabemos pedir os verdadeiros valores, que são eternos, não pedimos a salvação,
o perdão dos pecados nossos e dos outros, não pedimos pela ação evangelizadora
da Igreja, pela superação das injustiças que causam guerras e tantos
sofrimentos, mas principalmente, não pedimos a ação do Espírito Santo em nossas
vidas”. (Reflexão proposta da CNBB)
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