05 de
novembro- Segunda Feira
SEGUNDA FEIRA DA 31ª SEMANA DO TC 05/11/2012
1ª Leitura Filipenses 2, 1-4
Salmo 130 (131) “Guardai-me, em paz, junto a vós, ó Senhor”
Evangelho Lucas 14, 12-14
“Festa Particular” – Diácono José da Cruz
A primeira impressão sobre esse evangelho, é que Jesus é um
grande estraga-prazeres, pois a coisa mais gostosa e gratificante, é quando
recebermos em casa os amigos e parentes que muito amamos, para sentar conosco á
mesa e passar horas deliciosas, que só reforçam o afeto para com eles e deles
para conosco. Jesus aqui não está
querendo acabar com essa nossa alegria de poder estar em torno de uma mesa, com
as pessoas queridas que nós amamos.
O recado é outro e tem um endereço certo, ele critica o Farisaísmo, um grupo
fechado para todos os outros, por que se julgam os únicos salvos ou merecedores
da Salvação, pela sua conduta exemplar, modelo para todos, e que diante de Deus
os fazem merecedores e bem quisto pelos homens.
No centro da reflexão está a gratuidade das relações humanas.
Quanto mais eu priorizar nas minhas relações, pessoas iguais a mim, na cultura,
no modo de pensar, na posição social, e até na expressão religiosa, mais longe
de Deus estamos, pois a Trindade Santa não é um Condomínio residencial, exclusivo
para alguns Santos. Ao encarnar-se na frágil natureza humana, Jesus, o Filho de
Deus, fez da comunhão trinitária o lugar de todos quantos queiram viver na
comunhão com Deus, não porque se fazem merecedores, mas por pura benevolência
de Deus que abre o seu coração para acolher a todos os homens.
Em Cristo Jesus Deus manifesta um amor sem medidas por todos e
por cada homem em particular, ainda que este não mereça ( são os pobres,
aleijados, coxos, cegos, imperfeitos) Deus convida a todos para viver esta comunhão.
Ora, se a nossa Igreja é reflexo dessa Trindade, jamais podemos
em comunidade ser um grupo fechado, exclusivo, particular. A Igreja que Jesus
instituiu não é assim, mas aberta a todos e isso Deus espera da nossa
comunidade.
Não façamos de nossa comunidade, pastoral ou grupo, uma festa
particular, mas tenhamos coração e alma
sempre abertos, para acolher a todos, mesmo aqueles que ainda não se
converteram, os pequenos que estão a procura de algo e tantas outras pessoas
que na comunidade estão, á nosso ver, fora dos “padrões” de cristianismo, pois
cada um de nós, também nem sempre está nos padrões de Santidade de Jesus, e nem
por isso o Pai cheio de amor deixa de nos acolher.
Nenhum comentário:
Postar um comentário