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terça-feira, 20 de novembro de 2012

Se vocês têm ouvidos para ouvirem, então ouçam - Alexandre Soledade



Lc 15,1-10
- O sal é uma coisa útil; mas, se perde o gosto, deixa de ser sal. É jogado fora, pois não serve mais nem para a terra nem para o monte de esterco. Se vocês têm ouvidos para ouvirem, então ouçam.
Certa ocasião, muitos cobradores de impostos e outras pessoas de má fama chegaram perto de Jesus para o ouvir. Os fariseus e os mestres da Lei criticavam Jesus, dizendo:
- Este homem se mistura com gente de má fama e toma refeições com eles. Então Jesus contou esta parábola:
- Se algum de vocês tem cem ovelhas e perde uma, por acaso não vai procurá-la? Assim, deixa no campo as outras noventa e nove e vai procurar a ovelha perdida até achá-la. Quando a encontra, fica muito contente e volta com ela nos ombros. Chegando à sua casa, chama os amigos e vizinhos e diz: "Alegrem-se comigo porque achei a minha ovelha perdida."
- Pois eu lhes digo que assim também vai haver mais alegria no céu por um pecador que se arrepende dos seus pecados do que por noventa e nove pessoas boas que não precisam se arrepender.
Jesus continuou:
- Se uma mulher que tem dez moedas de prata perder uma, vai procurá-la, não é? Ela acende uma lamparina, varre a casa e procura com muito cuidado até achá-la. E, quando a encontra, convida as amigas e vizinhas e diz: "Alegrem-se comigo porque achei a minha moeda perdida."
- Pois eu digo a vocês que assim também os anjos de Deus se alegrarão por causa de um pecador que se arrepende dos seus pecados.

Brinco com as pessoas mais próximas que esse evangelho é um dos mais sintéticos sobre o amor de Deus. Revela um pai que fica na janela esperando a volta do filho que se perdeu ou daquele que, pela imaturidade ou no calor de emoções, tomou decisões impensadas e cujas consequências hoje paga.
Mas quem é esse que Deus espera?
Temos muitas vezes uma ideia inicial errônea. Imaginamos tanta gente que nos cerca, mas esquecemos de lembrar da pessoa mais próxima que conhecemos e deveríamos cuidar– a nós mesmos.
Somos nós que perdemos tempo querendo saber da vida do irmão e não perceber a inveja penetrando silenciosamente o nosso coração; somos nós que apontamos para as pessoas, restando a elas a resignação ou o ostracismo, se na verdade ao invés do dedo, Deus ficaria contente ao ver nossa mão estendida a aquele que necessita que muitas vezes não sabe, não aprendeu ou não tem coragem para pedir ajuda
“(...) Todos nós somos pecadores, mas Deus nos ama tanto que age sempre com misericórdia para conosco, perdoando o que nos pesa na consciência e sempre dando-nos condições para que nos convertamos e possamos viver na sua amizade, afinal de contas, o verdadeiro Pai não quer vier os seus filhos e filhas dispersos pelo mundo e entregues ao poder do pecado e da morte. Tudo isso faz com que uma das maiores alegrias de Deus seja a conversão dos pecadores. Como Deus, também nós devemos agir com misericórdia para com os que erram e dar-lhes condições para que possam converter-se e, assim, vivam a plena alegria de quem se sente eternamente amado por Deus”. (reflexão segundo a CNBB)
Talvez o maior pecado esteja em não permitir que o outro levante ou por orgulho achar que sou melhor que aquele que hoje olha a vida de baixo para cima. “Pois eu lhes digo que assim também vai haver mais alegria no céu por um pecador que se arrepende dos seus pecados do que por noventa e nove pessoas boas que não precisam se arrepender”.
É estranho na concepção que o mundo nos ensinou, ou seja, de ser o primeiro a qualquer custa, mas extremamente magnífico enxergar o irmão sob a ótica de Jesus. O olhar que procura a solução e não enfatiza o problema. É algo bem próximo ao que Dom Bosco TRABALHOU e chamou de PREVENTIVO.
Percebamos uma síntese do método:
1.     pela vontade de os educadores estarem entre os jovenspartilhando a sua vida, olhando com simpatia para o seu mundo, atentos às suas verdadeiras exigências e valores;
2.     pelo acolhimento incondicional, força promocional e capacidade incansável de diálogo;
3.     pelo critério preventivo que crê na força do bem presente em cada jovem, também no mais carente e procura desenvolvê-la mediante experiências positivas;
4.     pela centralidade da razão, que se torna bom senso das exigências e das normas, flexibilidade e persuasão nas propostas;
5.     pela centralidade da religião, entendida como desenvolvimento do sentido de Deus congénito a toda a pessoa e esforço de evangelização cristã;
6.     pela centralidade da amorevolezza (amor, “amorabilidade”, amabilidade), que se expressa como amor educativo que faz crescer e cria correspondência;
7.     por um ambiente positivo tecido de relações interpessoais, vivificado pela presença amorosa, solidária, animadora e ativadora dos educadores e do protagonismo dos próprios jovens;
E qual é nosso papel nesse evangelho?
A nós cabe ajudar a mulher a procurar a moeda e não somente ve-la desesperada e ficar dizendo “eu não disse? Eu te avisei!”. É estar com o pastor procurando a ovelha que se perdeu e se já me faltam as forças não somente ficar a olhar as que estão no cercado, mas ter uma atitude pro ativa vendo os defeitos da cerca, falhas na segurança, perigos em volta...
Quem não vê a igreja dinâmica corre o risco de perder o sabor.
Quem perdeu o sabor não é estranho vê-la tratando o irmão como apenas aquele outro (a)
Um imenso abraço fraterno.



Alexandre Soledade de Paiva Ramos

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